Dia 21 de Maio de 2013
Evangelho de Mc 9, 30-37
Vivemos numa sociedade materialista que ignora o “SER”, que tem
parâmetro o “TER”. Uma sociedade fixada na ideia da competitividade,
que tenta a qualquer custo nos desvirtuar dos bens eternos.
Contaminados por esta mentalidade calculista, chegamos a assimilar a
falta de esperteza e de dinheiro, como causa do nosso não êxito na
vida.
Mas Jesus vem nos mostrar o contrário, a sua proposta inovadora
convida-nos a fazer a diferença nesta sociedade, rejeitando estas
inversões de valores, buscando como prioridade os valores do Reino, sobre os
quais, devemos construir os pilares que nos darão sustentação durante a
nossa trajetória terrena.
Sem uma sintonia com Jesus, não vivenciamos as maravilhas do
reino de Deus, já presente aqui na terra. Maravilhas, tão próximas de
nós, mas que as vezes não enxergamos, por estarmos voltados para os
“valores” do mundo.
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, nos
alerta sobre o perigo que corremos quando não correspondemos aos
anseios de Jesus. Se não ficarmos atentos, o mundo nos corrompe e
corrompidos, nos distanciamos de Deus, tornando-nos pessoas frias, insensíveis,
de atitudes automáticas, prisioneiros dos nossos apegos.
Quando não acolhemos à proposta de vida nova, trazida por Jesus, fica
impossível nos libertar de tudo aquilo que nos escraviza.
A nossa preocupação primeira, não deve ser com a nossa promoção pessoal
e sim, com a promoção da vida na sua essência.
Podemos perceber nas entrelinhas do texto de hoje, que Jesus tinha
uma grande preocupação com a fragilidade dos seus primeiros seguidores!
Conhecedor das fraquezas humanas, Jesus tinha um cuidado especial com
aqueles que iriam dar continuidade à sua missão, após a sua volta para o
Pai, por isto Ele estava sempre orientando os discípulos, advertindo-os
sobre o perigo da auto-suficiência, de se deixarem levar pela vaidade, pelos
interesses pessoais. Era
de costume, Jesus se afastar temporariamente do povo, para
dedicar tempo na formação dos discípulos. Ele queria despertar
neles, uma nova mentalidade a respeito dos verdadeiros valores, da
necessidade do esvaziamento de si mesmos para tornar-se servidor,
conscientizando-os de que, para ser um seu
seguidor, era preciso priorizar os valores eternos.
É natural que os discípulos sentissem dificuldades em
entender tudo que Jesus lhes comunicara a respeito do desfecho de
sua trajetória terrena, pois eles ainda não haviam entrado na dinâmica do
Reino, continuavam apegados aos valores do mundo. Enquanto Jesus falava da sua
morte e ressurreição, eles estavam preocupados em saber quem seria o maior
entre eles, após a partida de Jesus.
Percebendo a inquietação de todos e sabendo de seus pensamentos,
Jesus chama os doze e pacientemente começa a falar: “Se alguém quiser ser
o primeiro, seja o último, aquele que serve a todos”. E para exemplificar, toma
consigo uma criança, coloca no meio deles e diz: “Quem acolher em
meu nome uma destas crianças, estará acolhendo a mim mesmo”. Naquele momento,
Jesus mostra para os discípulos e hoje a nós, um modelo de grandeza que
agrada a Deus. Aquele pequeno ser, representado por uma criança, passa a
ser um instrumento de questionamento aos que querem ser grande, segundo
os critérios do mundo.
O exemplo mais marcante que Jesus quis passar para os discípulos e hoje
para nós, é a importância de cultivarmos em nossos corações a
pureza de uma criança, e de nos tornar dependentes de Deus, assim como a
criança é dependente do adulto!
A chave dos ensinamentos de Jesus, que deve abrir o nosso coração, são
os pequenos, não somente a criança, mas todos aqueles que estão às margens, os
últimos aos olhos do mundo, estes, são sem dúvida, os primeiros aos olhos de
Deus!
Em toda a sua permanência física aqui na terra, Jesus nos deixa um
grande exemplo de humildade: mesmo sendo o próprio Deus, se fez pequeno, a sua
Nobreza, estava em ser “FILHO”! Um Filho completamente dependente do Pai!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia
Que lindo,verdadeiro e simples.
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