15 de janeiro - terça feira
Diac. José da Cruz
Terça Feira da 1ª Semana do
TC 15/01/2013
1ª Leitura Hebreus 2,5-12
Salmo 8 “Destes domínio ao
vosso Filho sobre tudo o que criastes”
Evangelho Marcos 1,21b – 28
Sempre me perguntei como era
o ensinamento dos Mestres da Lei, ao meditar esse evangelho, pois o povo
acabara de encontrar algo novo, um pregador diferente que não precisava de
referências outras, para ter credibilidade.
Os Mestres da Lei também
falavam bonito, mas eles o faziam com a autoridade da tradição, da Lei, dos
Profetas e todos os Santos homens que o precederam. Não era uma autoridade
própria que os levava a falar, mas ensinamentos e exortações embasadas nas
escrituras, e nem poderia ser diferente e sempre confirmavam com um “Conforme
está escrito”, “Conforme falou o profeta”, “Conforme disse nosso Santo
Patriarca”. Sem essas referências, aquilo que falavam cairia no vazio, nunca
poderiam falar por eles mesmos...
Por acaso não fazemos isso
em nossas comunidades, quando queremos que aquilo que falamos, tenha
credibilidade e aceitação? “Foi o Padre que falou”, “Foi o Coordenador que
falou”, “Isso quem disse foi o Diácono, ou o Ministro da Palavra”. Se houver
algum questionamento, a gente sai ileso, porque não fomos nós que falamos,
apenas transmitimos o que outro falou. E quando falta incoerência daquele que
anuncia, somente o que o outro falou, e falta testemunho de vida, o pessoal
costuma dizer que se trata de “Bagre ensaboado”, sai sempre liso e nunca se
compromete com aquilo que anuncia...
Assim eram os nossos amigos
Mestres da Lei, que sabiam mas não viviam quase nada daquilo que pregavam e
ensinavam.
Jesus fala com autoridade
própria, Ele não precisa embasar aquilo que diz, na tradição das Escrituras, ou
na Lei e nos Profetas, ele até as cita em algumas passagens, mas para refrescar
a memória dos seus interlocutores. Mas o grande diferencial é que ele VIVE tudo
o que anuncia e ensina.
A sua autoridade vem do
alto, Nele Deus não manda mais recados, mas fala claramente. Por isso que na
sinagoga nesse dia, Deus confirmou essa autoridade única e legítima de Jesus,
quando até um espírito mal, que dominava um irmão presente naquela celebração,
reconheceu e se submeteu á sua autoridade “Eu sei quem tu és, Tu és o Santo de
Deus!”. Mas Jesus não se deixa levar por títulos, ainda que seja a mais pura
verdade, e intimou o espírito “Cala-te e sai dele”.
Sempre que anunciamos Jesus
Cristo, seu reino e seu Santo Evangelho, mas não o vivemos em nosso dia a dia,
incorremos no mesmo grave erro dos Doutores da Lei. Mas sempre que nos
esforçamos, por viver, pelo menos um pouco daquilo que cremos e anunciamos aos
outros, essa autoridade do alto está em nós, e nossas palavras movidas pela
Graça, tem sim o poder de tocar no coração dos ouvintes.
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