Dia 24
Mc 3,7-12
Alexandre Soledade
Bom dia!
Nessa semana, quem teve a oportunidade
de acompanhar os evangelhos viu o empenho do Senhor em realizar o projeto do
Pai (curas, milagres, a boa nova aos pobres) e o também “empenho” dos fariseus
e diversos homens da lei em encontrar meios de por Jesus em ciladas. Jesus se
desvencilha delas uma a uma, no entanto como no tempo em que o Senhor viveu,
somos também colocados a prova.
Então qual é a postura que deve ser
adotada por aqueles que, como os apóstolos, seguem o Senhor e por seu projeto
são perseguidos? O que por ventura nos torna especial para o Senhor ao ponto de
presenciarmos seus milagres enquanto projeta e apresenta novos planos que nunca
imaginávamos ter? O que ele espera de nós?
“(…) Então eu disse: Quem és, Senhor? O
Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem persegues. Mas levanta-te e põe-te em
pé, pois eu te apareci para te fazer ministro e testemunha das coisas que viste
e de outras para as quais hei de manifestar-me a ti. Escolhi-te do meio do povo
e dos pagãos, aos quais agora te envio para abrir-lhes os olhos, a fim de que
se convertam das trevas à luz e do poder de Satanás a Deus, para que, pela fé
em mim, recebam perdão dos pecados e herança entre os que foram santificados”.
(Atos 26, 15-18)
São Paulo deixa bem claro esse
sentimento que temos. Mudamos de lado, opinião, de jeito, forma de se vestir e
falar; abandonamos velhos hábitos, às vezes rapidamente outras vezes ao longo
do tempo; notam nossa mudança, reparam as diferenças e por fim passam ver Jesus
no nosso olhar.
Essa mudança não pode nos sufocar, pois
a missão deve ser prazerosa e bem planejada. Jesus quando pede para que se
encontre um barco para não ser acotovelado pela multidão demonstra também
preocupação consigo e o Seu projeto. Como poderia ajudar a outros tantos se
fosse sufocado por poucos? “(…) Jesus pediu aos discípulos que arranjassem um
barco para ele a fim de não ser esmagado pela multidão”.
Todos que estão imbuídos de algum
trabalho em prol de outros, sejam eles catequistas, voluntários, ministros,
sacerdotes, pais, mães, (…) devem ter uma coisa em mente: TODOS PRECISAM
PLANEJAR SUAS VIDAS. É PRECISO ORGANIZAR SEU TEMPO PARA NÃO SEREM ESMAGADOS
PELO EXCESSO DE OFICIO.
Conheço pessoas que estão engajados e
três a quatro frentes de trabalho, que não é novidade alguma, mas que horas
param para rezar? Semeiam a palavra, catequizam, dão formação, mas em que
momento pára para tomar conta da semente que foi semeada em si mesmo? Quantas
lideranças conhecemos que após uma dura batalha ou período de trabalho se
afastam da igreja e por vezes não mais retornam?
A obra de Deus vai acontecer conforme a
vontade Dele, pois é Sua vontade continuar. Uma igreja sem músicos, o povo
cantará; um padre bom que vai embora, outro tão ungido virá e assumirá a
comunidade. Somos aqueles que se preocupam em encontrar uma barca para o Senhor
e não quem senta nela!
Nossa comunidade tinha cerca de onze
pastorais e movimentos e hoje são apenas seis ou sete. Dentre tantos motivos do
esfriamento esta na falta de novos que “arrumem os barcos”, alimentando em
algumas pastorais e movimentos a herança perpétua de algumas pessoas que pelo
tempo, já se sentem no direito de sentar no barco (risos)
Nosso empenho deve estar focado em
manter a palavra viva na praia. Jesus não deve parar de falar por nossa falta
de empenho. Se fizermos nossa parte conseguiremos entender Santa Catarina de
Sena quando disse: “Se fores aquilo que Deus quer, colocareis fogo no mundo.“
E “por fogo” no mundo não quer dizer que
sairemos com tochas na mão, mas com um fogo abrasador que arde no peito de cada
cristão chamado Espírito Santo. Façamos o melhor para manter esse fogo ardendo
no mundo. Sejamos verdadeiros cristãos.
Um Imenso abraço fraterno!
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