Bom dia!
Nessa semana, quem teve a oportunidade de acompanhar os evangelhos viu o
empenho do Senhor em realizar o projeto do Pai (curas, milagres, a boa nova aos
pobres) e o também “empenho” dos fariseus e diversos homens da lei em encontrar
meios de por Jesus em ciladas. Jesus se desvencilha delas uma a uma, no entanto
como no tempo em que o Senhor viveu, somos também colocados a prova.
Então qual é a postura que deve ser adotada por aqueles que, como os
apóstolos, seguem o Senhor e por seu projeto são perseguidos? O que por ventura
nos torna especial para o Senhor ao ponto de presenciarmos seus milagres
enquanto projeta e apresenta novos planos que nunca imaginávamos ter? O que ele
espera de nós?
“(…) Então eu disse: Quem és, Senhor? O Senhor respondeu: Eu sou Jesus,
a quem persegues. Mas levanta-te e põe-te em pé, pois eu te apareci para te
fazer ministro e testemunha das coisas que viste e de outras para as quais hei
de manifestar-me a ti. Escolhi-te do meio do povo e dos pagãos, aos quais agora
te envio para abrir-lhes os olhos, a fim de que se convertam das trevas à luz e
do poder de Satanás a Deus, para que, pela fé em mim, recebam perdão dos
pecados e herança entre os que foram santificados”. (Atos 26, 15-18)
São Paulo deixa bem claro esse sentimento que temos. Mudamos de lado,
opinião, de jeito, forma de se vestir e falar; abandonamos velhos hábitos, às
vezes rapidamente outras vezes ao longo do tempo; notam nossa mudança, reparam
as diferenças e por fim passam ver Jesus no nosso olhar.
Essa mudança não pode nos sufocar, pois a missão deve ser prazerosa e
bem planejada. Jesus quando pede para que se encontre um barco para não ser
acotovelado pela multidão demonstra também preocupação consigo e o Seu projeto.
Como poderia ajudar a outros tantos se fosse sufocado por poucos? “(…) Jesus
pediu aos discípulos que arranjassem um barco para ele a fim de não ser
esmagado pela multidão”.
Todos que estão imbuídos de algum trabalho em prol de outros, sejam eles
catequistas, voluntários, ministros, sacerdotes, pais, mães, (…) devem ter uma
coisa em mente: TODOS PRECISAM PLANEJAR SUAS VIDAS. É PRECISO ORGANIZAR SEU
TEMPO PARA NÃO SEREM ESMAGADOS PELO EXCESSO DE OFICIO.
Conheço pessoas que estão engajados e três a quatro frentes de trabalho,
que não é novidade alguma, mas que horas param para rezar? Semeiam a palavra,
catequizam, dão formação, mas em que momento pára para tomar conta da semente
que foi semeada em si mesmo? Quantas lideranças conhecemos que após uma dura
batalha ou período de trabalho se afastam da igreja e por vezes não mais
retornam?
A obra de Deus vai acontecer conforme a vontade Dele, pois é Sua vontade
continuar. Uma igreja sem músicos, o povo cantará; um padre bom que vai embora,
outro tão ungido virá e assumirá a comunidade. Somos aqueles que se preocupam em
encontrar uma barca para o Senhor e não quem senta nela!
Nossa comunidade tinha cerca de onze pastorais e movimentos e hoje são
apenas seis ou sete. Dentre tantos motivos do esfriamento esta na falta de
novos que “arrumem os barcos”, alimentando em algumas pastorais e movimentos a
herança perpétua de algumas pessoas que pelo tempo, já se sentem no direito de
sentar no barco (risos)
Nosso empenho deve estar focado em manter a palavra viva na praia. Jesus
não deve parar de falar por nossa falta de empenho. Se fizermos nossa parte
conseguiremos entender Santa Catarina de Sena quando disse: “Se fores aquilo
que Deus quer, colocareis fogo no mundo.“
E “por fogo” no mundo não quer dizer que sairemos com tochas na mão, mas
com um fogo abrasador que arde no peito de cada cristão chamado Espírito Santo.
Façamos o melhor para manter esse fogo ardendo no mundo. Sejamos verdadeiros
cristãos.
Um Imenso abraço fraterno!
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