Dia 31 de janeiro
Mc 4,21-25
A lâmpada é acendida para ser colocada
sobre o candeeiro.
Neste Evangelho, Jesus nos lembra que no
batismo recebemos a sua luz, e devemos continuar a sua missão, iluminando o
mundo. “Não temas as trevas, se trazes dentro de ti a luz”.
Candeeiro é uma espécie de cabide na
parede interna da casa, onde se pendurava a candeia, cujo pavio, untado com
azeite, mantinha a chama acesa. Quanto mais alto estava o candeeiro, melhor
iluminava a casa. Temos a missão de ser luz do mundo. “Quem é que traz uma
lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote ou debaixo da cama? Ao contrário,
não a põe num candeeiro?”
Colocamos a nossa luz debaixo do caixote
quando escondemos a nossa fé católica, ou damos mau exemplo.
As pessoas só são plenamente felizes
quando são iluminadas pela verdadeira luz de Cristo, presente na sua Igreja,
que é una, santa, católica e apostólica. Faça uma experiência: amarre um pano
nos olhos e tente caminhar... É horrível! A gente se sente inseguro e tem medo
de andar. O mesmo acontece com uma pessoa que anda longe do Caminho, da Verdade
e da Vida.
A Comunidade cristã é como o arco-íris:
Cada membro dela irradia a luz de Cristo com um matiz diferente.
“Prestai atenção no que ouvis.” Em
outras palavras: vocês perdem seu tempo se me escutam e param aí, sem deixar
que minhas palavras dêem fruto.
Em seguida, no Evangelho de hoje, Jesus
fala: “Com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos
será dado ainda mais. Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não
tem, será tirado até mesmo o que ele tem”. Quer dizer: se começarmos a fazer algo
bom, receberemos de Deus novas forças e conhecimentos. Mas se não fazemos nada,
nossas crenças religiosas não servirão para nada.
Quem acolhe a Boa Nova, aprende a ver e
agir de acordo com a visão e a ação de Jesus. Essa compreensão e essa ação vão
aumentando à medida que se age. Quem não age, perde até mesmo a pouca
compreensão que já tem.
Certa vez, um andarilho estava dormindo
na frente de uma banca de jornal, debaixo da marquise. Quando o dono da banca
chegou, de madrugada, acordou-o, para abrir a porta, e o convidou para irem
juntos ao bar ao lado tomar um café. Em seguida o convidou para irem juntos à
redação do jornal, a fim de trazer exemplares. O jornaleiro nem percebeu que se
tratava de um jovem de pouco mais de vinte e cinco anos.
Como o mendigo ficou por ali, na hora do
almoço o jornaleiro pediu que ele ficasse na banca, enquanto ele ia almoçar,
que na volta lhe traria um prato.
Resumindo, esse jovem, ex-andarilho, de
tanto ir ao jornal, acabou arrumando um emprego lá. Como era inteligente, tinha
estudo e boa comunicação, passou a fazer parte da equipe de pesquisa do jornal.
Viajava pelos bairros e outras cidades, junto com os mais experientes, fazendo
entrevistas.
Um dia, ele pediu ao seu chefe licença
para fazer uma entrevista numa cidade vizinha. Pegou o carro que ele usava, que
tinha a tarjeta do jornal, e foi. Antes, porém, alugou uma roupa de palhaço e a
vestiu.
Ao chegar à cidade, foi direto a uma
residência. Como era sábado, a família estava em casa.
Apertou a campainha, veio um rapaz, ele
se apresentou como da equipe de entrevistas do jornal, explicou que usava roupa
de palhaço para a família se sentir mais a vontade, e pediu licença para fazer
uma entrevista com a família. O rapaz que o recebeu, logo viu o carro oficial
do jornal, acreditou e sentiu-se até honrado em dar a entrevista.
De início, o entrevistador pediu que, se
possível, toda a família estivesse presente. O rapaz foi lá dentro, chamou e
logo vieram.
Ele pegou uma plancheta, com papel
oficial do jornal, e fez a primeira pergunta: “Quantos filhos tem o casal?” O
rapaz respondeu: “Cinco”.
“Você é o mais velho?” perguntou o
entrevistador. “Não” – disse o moço – temos um irmão mais velho, mas ele não prestava
e faz cinco anos que sumiu. Deve ter morrido”.
O entrevistador se interessou pelo caso
e disse: “Ah! É? Como que era esse irmão?”
O pai tomou a palavra e falou: “Aquele
moleque era um marginal; vivia em más companhias fazendo coisas erradas. Ele era
a vergonha da nossa família. Eu proibi até meus filhos de conversar com ele. Um
dia ele foi preso; passou uma semana na cadeia. Quando voltou, nós o
expulsamos. Tudo indica que já morreu”.
Nisto, o garotinho disse: “Pai, o
palhaço está chorando!” O menino caminhou até o palhaço e o abraçou.
O “palhaço” não agüentou mais. Tirou a
máscara e disse: “Pai, eu não morri não. Estou aqui!” Claro que naquela sala só
virou choradeira.
Temos aí um exemplo claro, por parte do
pai e da família, de não ser luz; e por parte do filho-palhaço, o exemplo
contrário de como tornar-se luz.
Maria Santíssima é somente luz. Peçamos
a ela que nos ajude a sermos luz cada vez mais brilhante e a produzirmos bons
frutos de fé e de testemunho.
A lâmpada é acendida para ser colocada
sobre o candeeiro.
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