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domingo, 27 de janeiro de 2013

“QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?”-Olivia Coutinho


 
Dia 29 de Janeiro de 2013
 
Evangelho Mc 3,31-35
 
Como todos nós sabemos, Jesus tinha um lado humano e um lado Divino, porém,  em todas as situações  que exigia Dele uma posição, o que prevalecia era o seu lado Divino. Podemos perceber isso claramente  no evangelho de hoje, quando  informado que a sua mãe e seus irmãos estavam a sua procura, Jesus não interrompe a sua missão divina para atender o seu  lado humano, deixando evidenciar que o seu compromisso com o Pai, era maior do que  os laços familiares. E o importante, era que sua Mãe, compreendia isso muito bem.
Para alguns, pode parecer que Jesus  tenha tido uma atitude de desprezo para com sua mãe, mas na verdade, o que Ele quis dizer, falou muito mais do seu amor por ela, do que muitos pensam, afinal,  Maria, também havia deixado todos os seus projetos pessoais, para se entregar a vontade de Deus quando na sua maternidade divina, e nada  a faria feliz, do que ver o seu Filho realizando a vontade  do Pai!
Ao se referir quem era sua mãe e seus irmãos, Jesus  não quis desmerecer a sua família biológica, pelo contrário, quis ampliá-la, o que certamente alegrou  sua mãe, que amava o povo de Deus!
Sempre que deparamos com este evangelho, é comum ficarmos centrados na referencia que Jesus faz sobre quem é sua família, presos nisso, não meditamos a mensagem principal do evangelho que é um convite a fazermos a vontade de Deus! Maria aceitou este convite, ela foi a primeira discípula de Jesus, a primeira pessoa a colocar a vontade de Deus em primeiro lugar, acima de toda e qualquer relação de parentesco.
 Para certificarmos de que Jesus tinha um cuidado muito especial para com Maria, basta lembrarmos-nos do episódio da cruz, quando no momento derradeiro a sua morte, Jesus entrega a sua mãe aos cuidados do apóstolo João. O que também deixa claro, que Maria não possuía parente mais próximo, do contrário, Jesus não poderia entregá-la aos cuidados de um não parente, devido a lei vigente da época que Ele observava fielmente. Pela lei, na falta do irmão mais velho, outros filhos ou esposo, deveriam se responsabilizar pelos seus. Portanto, conclui-se, que Maria além de não possuir outros filhos, era também viúva!
E para nossa felicidade, ao dizer ao apostolo João: "Filho eis aí sua Mãe", Jesus nos lançou também nos braços de Maria, oferecendo sua própria  Mãe, como nossa Mãe!
É importante que tenhamos sempre o cuidado de não ver em Jesus, um ser humano como nós, pois se assim fizermos, corremos o risco de analisá-Lo dentro da lógica humana, assim,  não iremos entender  que as suas  atitudes eram realizadas humanamente, mas a profundidade de suas ações eram divina.
A humildade é a condição essencial para nos aproximar de Jesus e nisso temos Maria como Mestra,  mesmo sendo a escolhida para gerar  o filho de Deus, ela nunca reivindicou privilégio!  Maria sempre compreendeu que mesmo tendo nascido de suas entranhas, Jesus não lhe pertencia, ela sabia que em obediência ao Pai, seu Filho tinha uma missão a cumprir: conduzir o povo ao encontro definitivo com o Pai.
Quem se deixa conduzir por Jesus, realiza a vontade de Deus, por tanto, faz  parte da  família divina!
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia

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