Sexta - feira, 18 Janeiro de
2013.
Evangelho: Mc 2,1-12
O evangelista Marcos continua relatando as intervenções de Jesus na humanidade.
Hoje Ele curou o paralítico através do perdão dos pecados, ou seja, os pecados
impedem que o homem caminhe retamente no projeto de Deus, não permitindo que as
glórias sejam reveladas na totalidade, mas a fé do paralítico mostrou novo
jeito de buscar a cura para assumir sua missão evangelizadora.
Ao curar o paralítico muitos fariseus e doutores da lei ficaram chocados,
acreditavam que Jesus tinha blasfemado contra Deus, pois na teologia Judaica
somente Deus tinha o poder de perdoar os pecados. Jesus, sendo filho de Deus,
também tinha participado da construção do mundo, tinha o poder de perdoar os
erros na intenção de libertar o homem para a vida. Entretanto, os fariseus não
reconheciam Jesus como Messias e nem como filho de Deus, para eles aquele rapaz
era um pobre coitado nascido numa região pobre, tanto que seu pai era um
carpinteiro. Lego engano! Jesus era realmente filho de Deus que tinha um
projeto lindo para a humanidade, mas os poderosos não reconheciam por ferir
seus interesses e seu orgulho.
Na verdade os pecados cometidos pelo homem não permitem que as belezas do reino
sejam observadas. Os erros que causam pecados podem ser a concentração dos bens
e do individualismo. Os poderes da posse podem paralisar as atitudes da
coletividade, tornando o homem insosso, inerte e insensato com as dificuldades
do outro. Foi o que aconteceu com os poderosos fariseus, não enxergavam as
dificuldades do paralítico, acreditavam que deveriam buscar a purificação no
templo e/ou tinha aquela enfermidade por castigo familiar. Estes homens que
sugavam o suor alheio não tinham um coração aberto para a vida, mas
tinham um coração fechado, egoísta e opressor.
Ao curar a paralisia do homem Jesus exemplificava para os fariseus que
eles deveriam mudar de vida, ou seja, os fariseus estavam paralisados através
de suas atitudes engessadas, atitudes egocêntricas, pecaminosas e sem
reconhecimento da dor do irmão. Jesus curou o paralítico para mostrar para os “donos do mundo” que tem um Deus maior que sensibiliza
com as dores do semelhante. Diante desta afirmativa podemos perguntar:
será que também agimos como os fariseus? Será que damos credibilidades para as
palavras do Santo Evangelho? Será que não estamos usando máscaras? Ou será que
estamos realmente buscando um Deus que liberta? Sabemos que o filho do Homem
conduziu muito bem sua prática reflexiva da palavra, usando a tonalidade da
desalienação, sempre almejando novos horizontes aplainados com ternura.
Acontece que as paralisias ainda perduram no seio da sociedade. São pessoas que
não reconhecem os ensinamentos da palavra, são pessoas que usam o poder para
maltratar os outros, que pecam para conquistar visibilidade social e usam o
próprio corpo para auto-promover. Estes deixam o pecado tomar conta do
seu eu e escravizam-se no pecado.
O homem deve carregar no seu espírito a coragem e a determinação do paralítico.
Mesmo não tendo como entrar pela porta, deu-se um jeito de subir no telhado
para ter acesso ao Mestre. A coragem e a determinação do paralítico deram-lhe a
cura. Para nós fica o exemplo do paralítico e se tivermos coragem para sair ao
encontro do outro e do fazer o bem, com certeza Deus estará ao lado para dar a
maior força. Entretanto, lembra-se que o paralítico queria a cura e a buscou,
para nós serve a dica, se queremos a libertação devemos buscá-la com
determinação, pois se ficarmos parados a espera de um milagre, temos certeza
que a libertação não será celebrada.
Portanto, para caminhar rumo a libertação deve o homem buscar o perdão
dos pecados e para que isso possa acontecer será preciso dar o primeiro passo,
ou seja, querer, compreender e abraçar a misericórdia do Criador. Jesus é a
fortaleza onde o homem pode encontrar força e refúgio para nova vida. Assim
seja, amém!
Claudinei M. Oliveira
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