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segunda-feira, 31 de maio de 2021

10o Domingo da Páscoa-Jorge Lorente

 

Evangelhos Dominicais Comentados

06/junho/2021  --  10o Domingo da Páscoa

 Evangelho: (Mc 3, 20-35)

 Jesus entrou em casa, e se reuniu tal multidão que não podiam sequer comer. Quando os seus parentes souberam disso, saíram para agarrá-lo, pois diziam: “Ele está louco”. Também os escribas, que haviam descido de Jerusalém, diziam: “Ele está possuído de Belzebu. É pelo poder do chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino estiver dividido contra si mesmo, não pode manter-se de pé. E se uma família estiver dividida contra si mesma, não pode manter-se de pé. Se, pois, Satanás se levantou contra si mesmo e está dividido, não pode continuar de pé, mas está próximo do fim. (...) Chegaram então, sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: “Tua mãe, teus irmãos e tuas irmãs estão lá fora e te procuram”. Ele perguntou: “Quem é minha mãe e meus irmãos?” E passando os olhos pelos que estavam sentados à sua volta, Jesus disse: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

 COMENTÁRIO

Este Evangelho nos leva a vivenciar a vida agitada de Jesus e de seus discípulos. Como sempre, Jesus está sempre pronto a atender todos os que o procuravam. É tão grande sua preocupação em ouvir os menos favorecidos, que não lhe sobrava tempo, nem mesmo para comer.

Jesus não se limitava a falar. Seu testemunho, sua abnegação é um exemplo que deve ser imitado por nós que frequentemente relutamos em abrir as nossas portas e nossos ouvidos àqueles que nos procuram; não paramos para ouvir seus lamentos, nem lutamos por mudanças.

Observe que os apóstolos, os auxiliares de Jesus, também não têm tempo para cuidar de si próprios, e nem podem! Jesus não aceita o comodismo e exige que o atendimento seja carregado de amor e dedicação. Exige prontidão total ao próximo. Quem não se doa totalmente, não consegue permanecer ao lado de Jesus. É impossível trabalhar ao lado do Mestre sem renúncia, sem sacrifícios.     

O seguidor de Jesus deve estar disposto a renunciar, abdicar aos seus momentos de lazer e, até mesmo, sacrificar seus horários de refeições para se colocar a serviço do Reino. Certamente é preciso muita coragem para seguir Jesus. Nem sempre estamos dispostos a permitir mudanças em nossa rotina e em nossos hábitos diários.

Com Jesus é assim: não pode haver intervalo, nem mesmo para um lanche, enquanto houver uma só pessoa para ser atendida. Nem pensar em parar enquanto um único irmão estiver necessitando de uma palavra. Precisamos imitar esse Mestre exigente e amoroso, sempre pronto a ouvir, sempre disposto a perdoar. Jesus deixa tudo de lado por amor.

No entanto, esse seu empenho, essa sua dedicação faz com que, até mesmo seus parentes e amigos o considerem como um louco ou fora de si. Por isso, você discípulo, discípula de Jesus, não estranhe que pessoas de seu convívio venham a criticá-lo por se empenhar na árdua tarefa de fazer a vontade do Pai. Eles irão chamá-lo de louco, vão chamá-la de doida, mas não se entregue. Lute sempre!

 

Jesus não se intimida, assume a postura de um leão e esclarece que fazer a vontade de Deus é algo concreto e definido. É algo espontâneo que deve expressar a nossa livre escolha e a nossa liberdade. A vontade de Deus é fazer-nos entender que o que nos identifica, e nos une como irmãos, é muito mais do que o parentesco e a amizade, é muito mais do que laços de sangue.

 

O que nos une como família e como filhos do mesmo pai é o amor. Não basta morar na mesma casa, não basta viver sob o mesmo teto, é preciso fazer a vontade do Pai para ser chamado de irmão, de irmã e de mãe. Deus é Pai, é Amor e quer ver-nos transformados.

 

Vamos então transformar o nosso modo de agir e de pensar. Em nome da justiça e da paz vamos assumir a postura de um leão e, em nome da unidade, assumir a mansidão do cordeiro. Vamos viver o amor, essa é a vontade do Pai.  

 

Finalizando, convém lembrar que a Bíblia Sagrada foi escrita originalmente em hebraico e aramaico, portanto, a palavra hebraica “ah” ou a palavra aramaica “aha”, são palavras genéricas que traduzidas para o grego, significam “irmão, parente”...

 

São palavras muito abrangentes e têm diversos significados que vão do irmão de sangue aos primos, parentes próximos, distantes e até mesmo compatriotas, membros da mesma tribo ou descendência.

 

Jesus não renegou sua mãe nem seus parentes ou discípulos, muito pelo contrário, Ele sempre deu provas do seu grande amor por todos eles, porém, deixou bem claro que só será chamado de mãe, irmã ou irmão, aquele que realmente viver a Palavra de Deus. E, aí? Quer ser irmão ou irmã de Jesus?

 

            Jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br - 06/junho/2021



(08694) - Palavras de Vida      [365]

 

Décimo Domingo do Tempo Comum – 06/junho/2021

 

Op-  (08695) –  “Tua Palavra é assim”    Sobe 10” e cai mantendo BG

 

Loc – Bom dia para você que nos acompanha através das emissoras interligadas à Rede Imaculada de Comunicação!

 

Loc – A partir de agora apresentamos: Palavras de Vida!

 

Loc – Vamos juntos refletir e nos alimentar da Palavra de Deus deste domingo, dia do Senhor.

 

Op-  (08695) –  “Tua Palavra é assim”    Sobe 10” e cai mantendo BG

 

LocHoje, como sempre, a Palavra de Deus nos leva a meditar sobre a nossa resposta de vida ao projeto de Deus; um Deus que ama e que liberta ao ponto de deixar-nos livres para optar pelo bem ou pelo mal.

 

Vejamos as leituras de hoje:

 

 

Primeira leitura  Gn 3, 9-15

 

A primeira leitura, retirada do livro do Gênesis, através da história de Adão e Eva, nos mostra o que acontece quando rejeitamos as propostas de Deus e preferimos os caminhos da auto-suficiência, do egoísmo e do orgulho. Viver à margem de Deus, inevitavelmente, leva a trilhar caminhos de sofrimento, de destruição, de infelicidade e de morte. Não podemos procurar encontrar neste texto uma reportagem jornalística de acontecimentos passados no início da humanidade. A finalidade do autor do livro do Gênesis, não é científica ou histórica, mas teológica: muito mais do que ensinar a origem do mundo e do homem, ele quer nos dizer que na origem da vida e do homem está Deus e que na origem do mal e do pecado estão as opções erradas do homem e da mulher. Trata-se, portanto, de uma página de catequese onde o autor descreve a criação do paraíso e do homem; apresenta a criação de Deus como um espaço ideal de felicidade, onde tudo é bom e o homem vive em comunhão total com o criador e com as outras criaturas. Na segunda parte, o autor descreve o pecado do homem e da mulher; mostra como as opções erradas das criaturas introduziram fatores de desequilíbrio e de morte, na comunhão do homem com Deus e com o resto da criação. Na terceira parte, o autor apresenta o homem e a mulher confrontados com o resultado das suas opções erradas e as consequências que resultaram para toda a humanidade, com a vinda do pecado e da morte.

 

Op - (11078) –  “Catequese a serviço da Palavra”  5’ 13”

 

Salmo 129 (130)

 

“No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. A minha alma espera no Senhor mais do que o vigia espera pela aurora”.

Este é um trecho do salmo 129, aparentemente, trata-se de uma oração de súplica durante uma doença grave. Uma das coisas inexplicáveis na condição humana é a doença. Os israelitas pensavam que ela era consequência do pecado e que somente o perdão podia trazer a cura. A noite é a hora da súplica; a resposta de Deus vem pela manhã. Da condição particular de uma pessoa, passa-se para a condição do povo. O salmista ressalta que é Deus quem vai resgatar o povo de todo o seu pecado.

 Op - (02529) –  “Voz de Deus”  3’ 24”

 

 

Segunda leitura 2Cor 4, 11-18.5,1

 

A segunda leitura, tirada da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios, realça que, para o cristão, viver só tem sentido porque acredita, na ressurreição, tem certeza na caminhada da vida interior que se renova dia a dia na esperança da eternidade. Esta Carta de Paulo aos Coríntios apareceu num momento particularmente tenso da relação entre o apóstolo e essa comunidade cristã da Grécia. Algumas duras críticas de Paulo, em sua primeira carta, a certos membros dessa comunidade que viviam de forma pouco coerente com a fé cristã, provocaram um certo desconforto na comunidade. Os opositores de Paulo se aproveitaram disso e criaram um clima de hostilidade contra o apóstolo. Paulo foi acusado de estar cuidando apenas dos seus próprios interesses e de pregar uma doutrina que não estava em consonância com o Evangelho anunciado pelos outros apóstolos. Na opinião dessas pessoas, o fato de Paulo não ter apresentado qualquer carta de recomendação que comprovasse a sua autoridade para anunciar o Evangelho significava que a doutrina por ele pregada não era digna de fé. Ao saber disso, Paulo foi a Corinto; mas sua presença não resolveu o problema e ainda criou novo conflito. Paulo foi gravemente ofendido por um membro da comunidade. Algum tempo depois, Tito, amigo e colaborador de Paulo, partiu para Corinto com a missão de acalmar os ânimos e de tentar a reconciliação. Quando voltou, Tito trazia notícias animadoras: o incidente fora ultrapassado e os Coríntios estavam, outra vez, em comunhão com Paulo. Foi então que Paulo escreveu esta segunda Carta aos Coríntios. Nela, o apóstolo explica tranquilamente aos Coríntios os princípios que sempre orientaram o seu trabalho apostólico e superou todos os argumentos dos seus adversários. O texto de hoje nos coloca na opção pelo sentido da nossa vida em Cristo. Paulo apresenta suas fortes convicções de fé, ao dizer: “com este mesmo espírito de fé, também acreditamos, e falamos que Deus há de nos ressuscitar com Jesus e vai levar-nos para ficarmos eternamente em comunhão com Ele; o homem interior renova-se em cada dia na medida em que intensifica o seu olhar nas coisas invisíveis que são eternas”.

 

Op - (01729) –  “Santos ou nada”  3’ 31”

 

 

Evangelho Mc 3, 20-35

 

O Evangelho segundo Marcos capítulo 3, versículos de 20 ao 35, centra o nosso olhar na pessoa de Jesus, a quem os seus conterrâneos, entre eles tantos familiares, não o aceitaram como enviado de Deus. Na caminhada da fé, cada um é livre para optar entre ficar ligado nos dispersos sentidos de vida, ou então fazer a vontade do Pai e fazer parte da grande família de Jesus. No Evangelho de hoje nos deparamos com Jesus percorrendo a Galileia, cumprindo sua missão de anunciar o Reino. No entanto, começa a crescer uma onda de contestações à sua pregação. Usando como pretexto alguns insignificantes casos particulares, os líderes judaicos manifestam a sua firme oposição à novidade do Reino. As polêmicas e controvérsias marcam esta fase da caminhada de Jesus. No texto que estamos analisando, alguém se aproxima de Jesus e lhe diz: “tua Mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”. Marcos diz que seus familiares, mãe e irmãos vão a Cafarnaum para tirar Jesus da casa onde está para levá-lo à sua casa em Nazaré. Muitas são as razões para agirem assim: Jesus está já há muito tempo distante de seus familiares, são muitas as notícias contraditórias sobre as suas atividades. Seus ensinamentos são contrários à doutrina oficial dos escribas e dos fariseus, além de sua proximidade e convivência com os considerados pecadores; outro fato marcante é o não seguimento da tradição judaica e nem o respeito pelo sábado. Por tudo isso, Jesus é considerado louco ou fora de si. A intenção principal de seus familiares é reconduzi-lo ao caminho reto de um autêntico judeu. Diante disso, Jesus respondeu com uma pergunta: “Quem é minha Mãe e meus irmãos?” E, olhando para aqueles que estavam à sua volta, disse:Eis minha Mãe e meus irmãos; quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe”.

Esta é a mensagem de Jesus para o dia de hoje: na caminhada da fé, cada um é livre de optar pela família que quiser; pode ficar com as famílias que caminham sem rumo nem direção, ou permanecer na família de Jesus, na família comprometida em fazer a vontade de Deus Pai.

 

Op - (02513) –  “Mãe fiel”  4’ 39”

 

Loc – Com os trabalhos técnicos de ..................... e apresentação de Jorge Lorente, nós encerramos a nossa meditação da Palavra de Deus. Obrigado por seu carinho e audiência. Palavras de Vida volta no próximo domingo neste mesmo horário. Continue conosco, em instantes estaremos rezando com você através das canções que falam de fé, amor e fraternidade. Deus abençoe seu lar e sua semana. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e salve Maria Imaculada!

 

 

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