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domingo, 1 de março de 2015

Um profeta só é desprezado em sua pátria-Claretianos

Quarta-feira, 04 de Fevereiro de 2015
André Corsino, Gilberto

Hebreus 12,4-7.11-15: O Senhor repreende os que ele ama
Salmo 102: Eterna é a misericórdia do Senhor
Marcos 6,1-6: Um profeta só é desprezado em sua pátria

3 Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito. 4 Mas Jesus disse-lhes: Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa. 5 Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. 6 Admirava-se ele da desconfiança deles. E ensinando, percorria as aldeias circunvizinhas.

COMENTÁRIO

No curso de seu ciclo missionário, Jesus passa por Nazaré, cidade de sua família. Em dia de sábado fala na sinagoga, conforme as regras
admitidas então para o comentário da leitura (Lucas 4, 16-30), porém não colhe mais que indiferença e rejeição. Marcos leva o leitor a assistir a uma nova manifestação de desconhecimento do povo a respeito de Jesus. Este fala “com autoridade”, não somente porque sua expressão é diferente da dialética tradicional dos escribas, mas sobretudo porque seu discurso não é evidentemente admissível se antes não se sente apego à sua pessoa.
Jesus não se apresenta somente como “rabino” diante de seus discípulos, mas como homem que previamente a todo entorno quer que se estabeleçam estreitas relações de confiança mútua. Jesus intensifica, pois, seu papel de rabino: não se submete decididamente aos quadros tradicionais; situa seu ensino em um plano não habitual, buscando primeiro uma abertura e uma confiança que constituem o autêntico exercício da fé (v. 6).

A pobreza e simplicidade dos pais de Jesus se tornam inaceitáveis para aqueles que esperavam um messias maravilhoso (Jo 7,2-5). A intenção de Jesus é, pelo contrário, revelar o significado desta pobreza: a felicidade não se adquire pela força de acontecimentos extraordinários, sinais do poder divino, mas por meio de um Deus que assume toda a humanidade em sua pobreza. Descobrir que Deus está precisamente no modesto, simples e pobre: um mandamento vigente hoje como nunca frente aos anti-valores de nossa sociedade.

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