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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Onde esta o reino de Deus? -Alexandre Soledade



Bom dia!
Aonde esta o reino de Deus? Aonde e por onde já o procuramos? Li certa vez numa camiseta a seguinte frase: “dinheiro não é tudo, é 100%”. Vai saber se é mesmo?
“(…) Porque nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada poderemos levar. Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isto. Aqueles que ambicionam tornarem-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições”. (I Timóteo 6, 7-10)
O que é o dinheiro se não temos a paz para gastá-lo?
Precisamos muito do dinheiro para pagar nossas contas e manter nosso padrão de vida e a nossa qualidade de vida, mas ele não nos visita, não nos consola, não nos alegra no dia da tristeza. Vi certa vez na internet um homem que ganhou milhões de dólares na loteria, no entanto hoje tenta recuperar o velho emprego de gari.
Assistindo um documentário do History Channel sobre o paradeiro da arca da aliança os pesquisadores e arqueólogos não descartam a possibilidade que ela, por ser feita de madeira possa ter se desmanchado com o tempo, sobrando apenas o ouro que a revestia.
A arca carregava as tábuas da Lei, que eram de pedra, onde Moisés apresentou ao povo os dez mandamentos. Poderia então tamanho tesouro virado pó junto com a madeira? O que havia de mais precioso lá, as tábuas ou a mensagem?
Do êxodo até os dias atuais, em que momento de nossas vidas não usamos como referência os dez mandamentos? Na criação dos nossos filhos eles estão, nos direitos e deveres públicos eles estão lá também, no entanto o ouro não está.
Precisamos nos empenhar ainda mais a levar a mensagem de um reino de Deus que “paira” sobre nós, mas que insistimos em não ver. Que o dinheiro, as posses, os bens devem ser os adornos e não a vestimenta. Que a busca da felicidade não pode estar condicionada a se acertar na loteria, em ser milionário, (…).
Quem nunca sonhou estar de férias no caribe, na Europa, em Nova York com toda a família, num hotel de luxo numa praia paradisíaca digna de um filme de Hollywood? Como sonhar é bom! Por que então não acrescentamos nesses sonhos que temos a paz, o sorriso de nossos filhos, a presença dos nossos amigos? O ouro pode estar também na realidade que vivemos, esteja acontecendo num fundo de um quintal ou numa laje sem cobertura.
Se recebermos de coração aberto a paz ela será convidada a ficar, com dinheiro ou sem dinheiro! “(…) Que a paz esteja nesta casa! Se as pessoas daquela casa receberem vocês bem, que a saudação de paz fique com elas”.
O que me impressiona é nossa vontade de construir patrimônio e se esquecer dos alicerces que de fato nos sustentam para poder usufruir da conquista. E quanto a questão de onde estaria o reino de Deus… Se de fato as tábuas viraram pó é bem provável que elas até hoje estão no ar, ao nosso redor, sobre nós, sobre os irmãos…
Encontrou? A mensagem sobrevive ao tempo. É ela o verdadeiro patrimônio contido na arca da aliança.
Fecho esse texto com a reflexão proposta pelo site da CNBB, para esse mesmo texto, no ano passado:
“(…) A vida de quem é discípulo de Jesus consiste em fazer as obras do reino de Deus para manifestar a sua presença no meio dos homens. É deixar de lado as suas próprias obras para que, como enviado por Jesus, realize as obras de Deus. Para que isso seja possível, o discípulo de Jesus não deve colocar a sua confiança nos bens materiais, mas em Deus, que tudo proverá para que a sua obra seja coroada de êxito. Com essa confiança em Deus, o discípulo de Jesus deve procurar estar atento a tudo o que acontece ao seu redor, para que não perca nenhuma chance de fazer o bem aos que necessitam dele e possa ser, também, um promotor da paz”.
A exemplo de São Barnabé, nos empenhamos em levar a notícia que muda a vida verdadeiramente. O que levar? o que é importante.
Um imenso abraço fraterno.




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