31 de julho
No
evangelho de hoje, por mais que se procure algo extraordinário, a mensagem é
bem simples para quem já é familiarizado com as metáforas de Jesus.
Ele
foi um excelente contador de histórias. E nessa narrativa, imagino Jesus
prendendo a atenção da multidão contando detalhes... "Era uma vez um homem
que passeava no campo, até que, nesse passeio, ele encontrou um baú escondido
sob um arbusto. Quando esse homem foi ver o que tinha no baú, se deparou com um
grande tesouro! Então ele fechou o baú, escondeu novamente no mesmo lugar, e
voltou para casa. Ele desejou ardentemente aquele tesouro, pois seria a
salvação da sua vida! Só que aquele campo era muito caro. Sendo assim, aquele
homem vendeu tudo o que possuía, para poder comprar aquele campo e ficar com o
tesouro. Então foi isso o que ele fez: vendeu tudo o que tinha e comprou o
campo. E esse homem viveu feliz para sempre... Pois bem, meus filhinhos, o
homem dessa história é cada um de nós, e esse tesouro é o Reino dos Céus. Vocês
estão conhecendo esse tesouro agora, eu estou aqui mostrando para vocês. Os
meus discípulos já se desfizeram de tudo o que tinham e compraram o campo para
eles, porque reconheceram o tesouro. Vocês também podem fazer o mesmo...
Reconheçam o tesouro do qual estou falando... Reconheçam o Reino dos Céus,
acreditem nesse tesouro! No momento em que vocês perceberem que não existe nada
mais importante, vocês irão pensar: é isso que eu quero para a minha vida! E
irão fazer o que for preciso, para ter esse tesouro!"
O
jovem rico que ficou triste quando Jesus disse a ele que vendesse os seus bens
e o seguisse, não reconheceu o tesouro que estava escondido no campo. Aquele
jovem era muito apegado às coisas do mundo. E nós, a que nós somos apegados? O
que nós não deixaríamos para trás, para poder comprar o campo com o tesouro
escondido? O que nos prende a esse mundo? Se nós fôssemos levados para um lugar
onde não pudéssemos levar nada nem ninguém, do que sentiríamos falta?
É
inquietante pensar na resposta para essa pergunta... Principalmente quando o
nosso apego não é material, mas às pessoas com quem convivemos. Não suportamos
a idéia de perder aquela pessoa... E chegamos a fazer aquela pessoa ser o mais
apegada e dependente possível, a nós. E também ficamos extremamente dependentes
dela. Como se fosse possível suprir todas as necessidades... Às vezes chegando
a limitar e até impedir o crescimento pessoal do(a) outro(a).
A
mensagem de hoje, portanto, é pensar nos nossos apegos... O verdadeiro apego é
aquele que prende, e limita o crescimento pessoal. O que me prende? O que me
limita? O que me faria falta em uma ilha deserta?
Jailson
Ferreira
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