Quinta-feira, 25 de Julho de 2013
São Tiago Maior, Apóstolo (Festa).
Outros Santos do Dia: Cristóvão (mártir de Lícia, padroeiro dos
motoristas), Cucufate (mártir de Barcelona), Eugênia (virgem e
mártir), Justino, Florêncio, Félix e Justa (mártires
de Furci), Teodomiro de Córdova (mártir).
Primeira leitura: 2 Coríntios 4,7-15.
Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus.
Salmo responsorial: 66,2-3.5.7-8.
Os que lançam as sementes entre lágrimas ceifarão com alegria.
Evangelho: Mateus 20,20-28.
De fato, bebereis meu cálice.
Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus.
Salmo responsorial: 66,2-3.5.7-8.
Os que lançam as sementes entre lágrimas ceifarão com alegria.
Evangelho: Mateus 20,20-28.
De fato, bebereis meu cálice.
O pedido da mãe dos filhos de Zebedeu, uma vez mais destaca a
incompreensão da cruz. Por outra parte, a súplica traduz uma absoluta confiança
no poder da palavra do mestre e na vinda próxima do Reino. Porém, também
expressa os problemas vividos no interior da comunidade apostólica e o desejo
pelos primeiros postos. A resposta de Jesus não está dirigida à mãe
dos Zebedeus, mas aos doze discípulos; disse-lhes: “Não sabem o que estão pedindo”.
Com a pedagogia de quem repreende para ensinar, Jesus chama a atenção sobre a
falta de inteligência de quem estava destinado por vocação a compreender os
mistérios do Reino de Deus.
Logo Jesus chama a atenção sobre a capacidade de assumir seu projeto: vocês
podem beber o cálice que eu devo beber? A pergunta introduz o tema de fundo que
Jesus está propondo a seus discípulos: a comunhão de destino entre o Messias e
seus seguidores, que caminham para Jerusalém, o lugar da paixão, morte e
ressurreição. Os discípulos dizem que estão capacitados a assumir o cálice,
isto é, de ter a mesma sorte do mestre, que e entregar a própria vida; eles
estão dispostos a “viver a paixão”, ser “crucificados” e “morrer com Cristo”.
Porém, Jesus realista como sempre, pensando na hora da verdade, diz:
“Meu cálice, certamente, vocês beberão, porém, sentar-se à minha direita ou à
minha esquerda não me cabe concedê-lo; será para os que meu Pai designou.
Quando na comunidade se lembrava essa cena, a profecia de Jesus já significava
uma mostra de predileção sobre o primeiro mártir entre os doze: Tiago, o que
deu testemunho do sangue, sob Herodes Agripa, pelo ano 42-43 d.C., cuja
memória celebramos hoje.
O pedido da mãe dos Zebedeus gera nos outros discípulos
indignação, contrariedade e divisão. Jesus aproveita esta situação para
corrigir pedagogicamente as falhas dos discípulos. Frente ao egoísmo de todos,
o mestre pronuncia uma reflexão sobre o novo conceito de autoridade,
transfigurada em serviço. “Os chefes das nações as tiranizam e os grandes as
oprimem”. Jesus enfatiza a maneira como se impõe a autoridade no regime
político das nações. Esta maneira de exercer a autoridade não pode ser o modelo
das relações na comunidade dos discípulos.
“O que quer ser o maior entre vocês, seja o servidor”. Esta sentença de
Jesus está em contraste com os “os chefes das nações” que ocupam um posto de
direção e responsabilidade. Jesus não quer uma comunidade sem autoridade, mas
coloca como condição os que o seu exercício seja com alma de pobre e uma atitude
de serviço, como um servidor. O candidato a ser “o primeiro” deverá fazer-se
servidor e escravo de todos, porque a novidade do espírito de governo, segundo
o evangelho, está em servir incondicionalmente os outros.
“O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir da dar sua
vida em resgate por muitos”. Com estas sentenças, Jesus define sua missão como
serviço e entrega da própria vida pelos demais. Com isto fica claro ao falar de
seu “cálice”. Corrige a falta de inteligência dos que sonhavam com os primeiros
lugares no Reino e estabelece as condições para ser parte da comunidade dos
discípulos.
O exemplo de Tiago e dos outros discípulos exige de todos nós construir
um outro tipo de vida eclesial, onde a autoridade seja exercida como serviço e
não como privilegio; hierarquia ou autoridade, onde sejamos capazes de entrega
a própria vida pelo irmão empobrecido como o fez o próprio Jesus que veio, não
para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por todos
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