27º DOMINGO DO TEMPO COMUM
DIA 28 DE JULHO - ANO C
O PODER DA ORAÇÃO - O PAI NOSSO
Na primeira
leitura Abraão intercede repetidas vezes
em favor de Sodoma e Gomorra, e
Deus vai concedendo a cada novo pedido, pela sua imensa misericórdia. Sempre aprendemos que o principal pecado
daquelas duas cidades, foi a devassidão moral, porém, é sabido que seus
habitantes não eram nada caridosos, e alegavam que não se devia dar esmola,
para que o pedinte não se acomodasse e fosse lutar pela sua sobrevivência. Houve uns tempos em que na minha cidade,
havia faixas espalhadas em vários lugares com dizeres mais ou menos assim: NÃO
DÊ ESMOLA, DÊ TRABALHO...
Sabemos que nem todo
mundo pode proporcionar trabalho a alguém. E também, precisamos considerar o
seguinte: E se o pedinte for um deficiente?
Um debilitado? Um doente mental?
Um Q.I. baixo?
Deus sabe muito bem de tudo o que necessitamos. Porém,
Ele quer que o peçamos. Deus nos conduz à oração, permitindo certos
acontecimentos, o que para nós são imprevistos, infortúnios, ou mesmo
desgraças. Porém, depois que tudo passa, se formos analisar nos mínimos
detalhes, o que nos aconteceu, descobrimos que foi para o nosso próprio bem.
Além de ser um belo puxão de orelha daquele que é Pai e que nos corrige, foi
para que nos caísse a fixa, para que percebêssemos que é difícil resolvermos os
nossos problemas com os nossos próprios recursos e que sem Deus não somos absolutamente nada. Esses
acontecimentos não se tratam de castigo de Deus. Mas sim, da sua ação corretiva
presente em nossa vida, justamente por causa do seu imenso amor para conosco.
Amor exigente, amor que nos corrige. Deus nos chama de vários modos. Como uma
brisa suave, ou como um vento forte que pode até nos derrubar temporariamente.
É o seu braço forte, dizendo-nos. Pára com isso, e viva na minha presença! E
apesar d'Ele chamar todos a conversão
diária, Ele age forte com principalmente
com os seus escolhidos. Aquele que eu amo eu faço sofrer. É parecido com a poda
das árvores, que funciona como uma revitalização maior, quando vem os novos
galhos.
Na segunda leitura, entendemos que quando morremos para o
pecado e procuramos viver em Cristo, não apenas de palavras, mas principalmente
na prática da caridade, da devoção, da oração, do testemunho, e da catequese,
mesmo que exista contra nossa pessoa um conta a ser paga, uma purificação a ser
concluída, ela será cancelada, eliminada por aquele que se entregou pelos
nossos pecados, sendo pregado na cruz.
Jesus rezava diariamente, se isolando em lugares
desertos, na montanha, passava a noite inteira orando ao Pai, e suas orações
eram sempre informais, eram sempre palavras que brotavam de sua mente. Rogava
por nós e pelo mundo ao Pai. Naqueles
momentos de profunda concentração em que se dirigia diretamente ao Pai, parece
que era O Filho, e o homem que oravam intensamente, numa sintonia forte, numa
conexão direta de Filho para Pai. Vários
foram os seus momentos de oração registrados nos evangelhos. Nos momentos de alegria, antes de uma decisão
importante como foi naquela noite que antecedeu a escolha dos apóstolos, e em
momentos de dor e agonia, que era mais sentida no seu lado humano.
Atendendo aos pedidos dos seus amigos, Jesus nos ensinou
a oração perfeita, O Pai Nosso. Esta oração ensinada por Jesus, começa se
dirigindo diretamente a Deus, e pedimos que
o seu nome seja louvado, respeitado, adorado, lembrado por todos... e que o
mundo inteiro esteja sob o seu reinado, ou seja, que nós deixemos que Ele
dirija e governe a nossa vida. Jesus
nos ensinou a rezar de forma altruísta, isto é, não só por nós e para nós. Por isso,
a oração do Pai Nosso é ideal para ser rezada de mãos dadas, em família,
na comunidade e pela humanidade.
Você já reparou como rezamos? Geralmente pedimos a Deus por nós, para nós,
e nada fora de nós. Se pedimos pelos outros, a intenção é sempre voltada para o nosso benefício. Assim, eu peço pela saúde de minha esposa,
senão vai sobrar para mim. você pede para que seu filho consiga um bom emprego,
senão, vai sobrar para você, igualmente peço pela saúde do meu pai senão... e
assim vai.
Cada um pede para si, dizendo: Meus Deus: Eu preciso
de... eu quero... eu gostaria de ... eu estou muito doente e ... eu, eu, e eu.
Não foi isso que Jesus nos ensinou. Ele não disse Pai
meu, mas sim, Pai NOSSO. Venha a NÓS o
vosso reino. ...o pão NOSSO ... NOS dai
hoje... ... não NOS deixeis cair
em... ... mas livrai-NOS do mal...
O Pai nosso, portanto, não é uma oração egoísta. Jesus nos ensina a rezar não só pela nossa
pessoa, mas sim por todos nós. Mas
infelizmente a nossa atitude durante as orações é: Eu e Deus, Deus e eu. É uma
postura vertical, ao contrário do que Jesus nos ensinou: Que a prática da nossa fé deve ser: Vertical
(amar a Deus) e Horizontal ( amar ao irmão).
Faça um breve exame de sua consciência, e se pergunte:
Ontem eu rezei pela Igreja? Pelos sacerdotes? Pelas vocações? Pelos doentes? Pelos jovens que estão
entregues ao poder do mal? Rezei pelos
desempregados?
Você já imaginou quantos desempregados têm hoje no mundo
inteiro? Com o colapso das economias de muitos países, é grande o números
daqueles que neste momento não têm o que comer, não têm como pagar suas contas,
e o futuro é sombrio. E a pior reação do
desempregado é de desânimo, e de se afastar de Deus. Diante do perigo, o ser humano logo se lembra
de pedir o socorro e a proteção ode Deus.
Pintou um incêndio, logo dizemos: Meu Deus! e talvez começamos a
rezar. Diante de uma ameaça de morte, a
nossa reação é quase sempre de começar a rezar o Pai nosso, e não o
terminamos. Aí começamos de novo...
Mas diante do desemprego, o trabalhador desanima. Fica com pena de si mesmo, e não sente forças
para se levantar e ir à luta, e de modo geral, muito menos pensa em Deus. Já reparou que o mendigo fica na porta da
igreja o dia inteiro confiante na caridade de quem ali vai para rezar, mas ele
mesmo não reza. Sequer fica de pé diante da entrada do templo e fala alguma
coisa a Deus...
Caríssimos. A oração funciona! Pedir com fé, às vezes com lágrimas, toca a
Deus, Pai amoroso e misericordioso que quer o nosso bem e não fica feliz quando
estamos sofrendo. Mesmo que o sofrimento
tenha sido causado por nossa própria culpa, podemos contar com a bondade
infinita de Deus. Não reze somente para
você. Reze pelos outros. Comece sempre
suas orações com pedidos de perdão. Depois agradeça, e em seguida peça. Para
você, pelos seus familiares, em fim, por todos.
Nunca pare de rezar! Em casa, na igreja, na rua, no carro, no
ônibus, na praia, no mato, onde quer que você esteja, fale sempre com Deus. Nem
que seja só uma frase, um breve pedido, um agradecimento por algo que está lhe
acontecendo. Mas nunca perca a conexão com Esse Deus maravilhoso que criou o
mundo, e nos criou e nos ama apesar dos nossos pecados. Lembre-se:
Deus sabe de tudo o que você precisa. Mas Ele quer que você o peça, e depois
agradeça.
Um bom domingo.
José Salviano.
Obrigado por suas orações pela minha saúde. Que Deus lhe dê em dobro por esta caridade!
A misericordia de Deus é infinita. Nunca deixe de acreditar. Deus nunca deixará de te abençoar.
ResponderExcluirUm abraço fraterno. JESUS TE AMA.
Que minhas orações de hoje,sirva de reparação pelas minhas falhas e as do meus irmãos, irmãs e familiares, amém
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