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domingo, 14 de julho de 2013

O PODER DA ORAÇÃO-O PAI NOSSO - José Salviano

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 DIA 28 DE JULHO - ANO C

O PODER DA ORAÇÃO - O PAI NOSSO

            Na primeira leitura  Abraão intercede repetidas vezes em favor de Sodoma e Gomorra, e Deus vai concedendo a cada novo pedido, pela sua imensa misericórdia.  Sempre aprendemos que o principal pecado daquelas duas cidades, foi a devassidão moral, porém, é sabido que seus habitantes não eram nada caridosos, e alegavam que não se devia dar esmola, para que o pedinte não se acomodasse e fosse lutar pela sua sobrevivência.   Houve uns tempos em que na minha cidade, havia faixas espalhadas em vários lugares com dizeres mais ou menos assim: NÃO DÊ ESMOLA, DÊ TRABALHO...
Sabemos que nem todo mundo pode proporcionar trabalho a alguém. E também, precisamos considerar o seguinte: E se o pedinte for um deficiente?  Um debilitado? Um doente mental?  Um Q.I. baixo?
            Deus sabe muito bem de tudo o que necessitamos. Porém, Ele quer que o peçamos. Deus nos conduz à oração, permitindo certos acontecimentos, o que para nós são imprevistos, infortúnios, ou mesmo desgraças. Porém, depois que tudo passa, se formos analisar nos mínimos detalhes, o que nos aconteceu, descobrimos que foi para o nosso próprio bem. Além de ser um belo puxão de orelha daquele que é Pai e que nos corrige, foi para que nos caísse a fixa, para que percebêssemos que é difícil resolvermos os nossos problemas com os nossos próprios recursos  e que sem Deus não somos absolutamente nada. Esses acontecimentos não se tratam de castigo de Deus. Mas sim, da sua ação corretiva presente em nossa vida, justamente por causa do seu imenso amor para conosco. Amor exigente, amor que nos corrige. Deus nos chama de vários modos. Como uma brisa suave, ou como um vento forte que pode até nos derrubar temporariamente. É o seu braço forte, dizendo-nos. Pára com isso, e viva na minha presença! E apesar d'Ele chamar  todos a conversão diária,  Ele age forte com principalmente com os seus escolhidos. Aquele que eu amo eu faço sofrer. É parecido com a poda das árvores, que funciona como uma revitalização maior, quando vem os novos galhos.  
            Na segunda leitura, entendemos que quando morremos para o pecado e procuramos viver em Cristo, não apenas de palavras, mas principalmente na prática da caridade, da devoção, da oração, do testemunho, e da catequese, mesmo que exista contra nossa pessoa um conta a ser paga, uma purificação a ser concluída, ela será cancelada, eliminada por aquele que se entregou pelos nossos pecados, sendo pregado na cruz.
            Jesus rezava diariamente, se isolando em lugares desertos, na montanha, passava a noite inteira orando ao Pai, e suas orações eram sempre informais, eram sempre palavras que brotavam de sua mente. Rogava por nós  e pelo mundo ao Pai. Naqueles momentos de profunda concentração em que se dirigia diretamente ao Pai, parece que era O Filho, e o homem que oravam intensamente, numa sintonia forte, numa conexão direta de Filho para Pai.  Vários foram os seus momentos de oração registrados nos evangelhos.  Nos momentos de alegria, antes de uma decisão importante como foi naquela noite que antecedeu a escolha dos apóstolos, e em momentos de dor e agonia, que era mais sentida no seu lado humano.
            Atendendo aos pedidos dos seus amigos, Jesus nos ensinou a oração perfeita, O Pai Nosso. Esta oração ensinada por Jesus, começa se dirigindo diretamente a Deus, e pedimos  que o seu nome seja louvado, respeitado, adorado, lembrado por todos... e que o mundo inteiro esteja sob o seu reinado, ou seja, que nós deixemos que Ele dirija e governe a nossa vida.   Jesus nos ensinou a rezar de forma altruísta, isto é, não só por nós e para nós.  Por isso,  a oração do Pai Nosso é ideal para ser rezada de mãos dadas, em família, na comunidade e pela humanidade.
            Você já reparou como rezamos?  Geralmente pedimos a Deus por nós, para nós, e nada fora de nós. Se pedimos pelos outros, a intenção  é sempre voltada para o nosso benefício.  Assim, eu peço pela saúde de minha esposa, senão vai sobrar para mim. você pede para que seu filho consiga um bom emprego, senão, vai sobrar para você, igualmente peço pela saúde do meu pai senão... e assim vai.  
            Cada um pede para si, dizendo: Meus Deus: Eu preciso de... eu quero... eu gostaria de ... eu estou muito doente e ... eu, eu, e eu.
            Não foi isso que Jesus nos ensinou. Ele não disse Pai meu, mas sim, Pai NOSSO.   Venha a NÓS o vosso reino. ...o pão NOSSO ...  NOS dai hoje...    ... não NOS deixeis cair em...  ... mas livrai-NOS do mal...
            O Pai nosso, portanto, não é uma oração egoísta.  Jesus nos ensina a rezar não só pela nossa pessoa, mas sim por todos nós.  Mas infelizmente a nossa atitude durante as orações é: Eu e Deus, Deus e eu. É uma postura vertical, ao contrário do que Jesus nos ensinou:  Que a prática da nossa fé deve ser: Vertical (amar a Deus) e Horizontal ( amar ao irmão).
            Faça um breve exame de sua consciência, e se pergunte: Ontem eu rezei pela Igreja? Pelos sacerdotes? Pelas vocações?  Pelos doentes? Pelos jovens que estão entregues ao poder do mal?  Rezei pelos desempregados?
            Você já imaginou quantos desempregados têm hoje no mundo inteiro? Com o colapso das economias de muitos países, é grande o números daqueles que neste momento não têm o que comer, não têm como pagar suas contas, e o futuro é sombrio.  E a pior reação do desempregado é de desânimo, e de se afastar de Deus.  Diante do perigo, o ser humano logo se lembra de pedir o socorro e a proteção ode Deus.  Pintou um incêndio, logo dizemos: Meu Deus! e talvez começamos a rezar.  Diante de uma ameaça de morte, a nossa reação é quase sempre de começar a rezar o Pai nosso, e não o terminamos.  Aí começamos de novo...
            Mas diante do desemprego, o trabalhador desanima.  Fica com pena de si mesmo, e não sente forças para se levantar e ir à luta, e de modo geral, muito menos pensa em Deus.  Já reparou que o mendigo fica na porta da igreja o dia inteiro confiante na caridade de quem ali vai para rezar, mas ele mesmo não reza. Sequer fica de pé diante da entrada do templo e fala alguma coisa a Deus...
            Caríssimos. A oração funciona!  Pedir com fé, às vezes com lágrimas, toca a Deus, Pai amoroso e misericordioso que quer o nosso bem e não fica feliz quando estamos sofrendo.  Mesmo que o sofrimento tenha sido causado por nossa própria culpa, podemos contar com a bondade infinita de Deus.  Não reze somente para você. Reze pelos outros.  Comece sempre suas orações com pedidos de perdão. Depois agradeça, e em seguida peça. Para você, pelos seus familiares, em fim, por todos.
            Nunca pare de rezar!  Em casa, na igreja, na rua, no carro, no ônibus, na praia, no mato, onde quer que você esteja, fale sempre com Deus. Nem que seja só uma frase, um breve pedido, um agradecimento por algo que está lhe acontecendo. Mas nunca perca a conexão com Esse Deus maravilhoso que criou o mundo, e nos criou e nos ama apesar dos nossos pecados.   Lembre-se:  Deus sabe de tudo o que você precisa. Mas Ele quer que você o peça, e depois agradeça.
Um bom domingo.

José Salviano.

 Obrigado por suas orações pela minha saúde. Que Deus lhe dê em dobro por esta caridade! 





2 comentários:

  1. A misericordia de Deus é infinita. Nunca deixe de acreditar. Deus nunca deixará de te abençoar.
    Um abraço fraterno. JESUS TE AMA.

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  2. Que minhas orações de hoje,sirva de reparação pelas minhas falhas e as do meus irmãos, irmãs e familiares, amém

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