SÁBADO DA 19ª SEMANA DO TEMPO COMUM – 17/08/2013
1ª Leitura Josué 24, 14-29
Salmo 15(16),5ª “Senhor, vós sois a minha parte de herança e meu
cálice”
Evangelho Mateus 19, 13-15
“Comunidade sem crianças é comunidade sem futuro”-Diac. José da Cruz
Dizia um sacerdote na nossa paróquia, lá nos anos 80 uma frase que
nunca esqueci “Comunidade sem crianças é comunidade sem futuro”. Trazendo para
a nossa atualidade, a questão das crianças em nossas celebrações é um assunto
polêmico. Uns dizem que elas atrapalham porque ficam correndo pelos corredores,
brincando e distraindo a atenção da assembléia, o que não deixa de ser uma
verdade. Há outras pessoas que fazem dura crítica ao pai ou a coitada da mãe
que é maior culpada, porque é folgada e não sabe educar a criança.
Uma saída que as comunidades têm encontrado é retirar as crianças
do ambiente celebrativo, levando-as para outra sala onde um jovem ou alguma
catequista os distrai com brinquedos e outros passatempo próprio de crianças.
Essa prática que vem sendo incentivada por um grande número de comunidades dos
grandes centros urbanos, resolve de imediato mas é muito perigosa, uma vez que
a criança nunca irá fazer uma experiência comunitária na assembléia e
certamente não se sentirão parte da igreja.
No tempo de Jesus, nessa comunidade do evangelista Mateus, já tinha
esse problema, e um dia os pais levaram as criancinhas até perto de onde Jesus
estava e pediram que ele impusesse as mãos sobre elas porém, os coordenadores
de liturgia, ministros, que eram os discípulos, não gostaram da idéia e acharam
que iria atrapalhar a celebração. Em nossas comunidades muitas vezes os pais ou
até catequistas tentam fazer com que as crianças se comportem, dizendo que o
“padre” está olhando feio lá de cima do altar, “Olha que o padre vai xingar
heim”. Daí a criança cresce com medo do padre e some da Igreja...
Jesus acolheu as crianças, as abençoou e ainda deu um “sabão” nos
discípulos, dizendo que era para deixar as crianças virem até ele, porque o
Reino dos Céus era para quem se parecesse com uma daquelas crianças. É preciso
dizer que, essa afirmação de Jesus tinha uma razão de ser: naquele tempo as
crianças eram insignificantes, nem eram contadas no censo, por isso Jesus as
inclui no Reino e diz com isso que elas, e todos os pequenos, marginalizados e
desprezados, são os prediletos do Pai. E assim, o ensinamento torna-se um apelo
para que as nossas comunidades cristãs não deixem de acolher com amor as
crianças, através de uma catequese que as insira cada vez mais na vida em
comunidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário