SEGUNDA FEIRA DA 19ª SEMANA DO TC
13/08/2013
1ª Leitura Dt 10, 12-22
Salmo 147(147b),12 a “Louva, ó Jerusalém, o Senhor louva o teu
Deus, ó Sião”
Evangelho Mateus 17,22-27
Difícil entender esta verdade do Reino de Deus, que é do Céu, mas
que está assentado na terra, no meio dos homens, entretanto há uma lógica muito
simples: se Jesus se encarnou em nosso meio, assumindo totalmente a nossa
frágil natureza humana, com o Reino acontece
a mesma coisa, e Jesus é o Reino.
O Reino não é da terra, Jesus disse isso diante do Governador
Pôncio Pilatos, no seu processo de julgamento “O Meu Reino não é deste mundo”,
e nos versículos iniciais deste evangelho ele anuncia, enquanto caminhavam pela
Galiléia que o Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos homens.Eles irão
matá-lo mas ao terceiro dia ressuscitará”.E diante dessa revelação, os discípulos
ficam aflitos. Por que?
Eles imaginavam um reino terreno, com vitórias e glórias sobre os
maus, e o Messias um Libertador Político e cheio de poder como Moisés e depois
o grande Rei Davi, ficam aflitos porque descobrem que o Reino que Jesus
anuncia, não acontece nos moldes dos reinos humanos, não terá inicialmente
glória e vitória, mas sim fracasso, sofrimento e morte, daquele Messias que
eles seguiam.
Entretanto, no episódio a seguir, mostra como Jesus é fiel á
natureza humana, e não um alienado e fanático religioso. Pedro não quer saber
de confusão e informa ao cobrador de impostos que Jesus paga em dia seus
impostos. Mas em casa Jesus lhe garante que não está atrelado a nenhuma
instituição humana, sua Filiação Divina o faz Poderoso e todas as coisas,
inclusive as instituições humanas, estão sob seu poder e domínio. Isso é, Jesus
não é estrangeiro mas Filho de Deus, tendo portanto todas as prerrogativas
Divinas.
Por isso mesmo vai disponibilizar o recurso para o imposto, tanto
para ele como para Pedro, de uma forma inusitada . Vai ao mar e lança o anzol,
o primeiro peixe que pegares, abrirás a sua boca e encontrarás um estater.
Toma-o e dá-o, por mim e por ti”. O fato mostra o domínio completo de Deus,
presente em Jesus, sobre todas as coisas. Entretanto, aquele que tem sob si
todas as coisas, se submete á natureza humana, tão limitada e frágil.
Nossas comunidades devem vivenciar esta verdade, da presença real
porém invisível, de um reino que é do Céu, mas que nem por isso nos aliena, ao
contrário, nos compromete a usar a força da Fé que transforma, até que um dia o
Reino se torna visível e o Senhor reine para sempre.
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