QUINTA FEIRA DA XI SEMANA DO TC 20/06/2013
1ª Leitura 2Cor 11, 1-11
Salmo 110(111), 7ª “As obras de suas mãos são verdade e justiça”
Evangelho Mateus 6, 7-15
Todo nós sabemos como discursa um político, principalmente em época
de campanha eleitoral, há aqueles que têm uma boa oratória, apresentam suas
propostas de maneira sincera e autêntica, não vamos aqui desmerecer os que
exercem dignamente sua missão na
política, mas há aqueles que fazem belos discursos e nada dizem, fazem mil e um
rodeios para no final da fala, implorar que o eleitorado vote nele.
Infelizmente esses tipos ainda existem nos meios políticos. Tudo o que esses
querem é PEDIR votos para ele e sua agremiação partidária. Na medida em que o
nosso povo for tomando consciência política esses tipos vão encerrando a
carreira bem cedo, pois acabam caindo no ridículo.
É essa forma de fazer oração que Jesus fala nesse evangelho, ainda
voltando aos maus políticos, eles não conhecem o eleitorado a quem se dirigem,
nada sabem sobre ele, seus sofrimentos e dificuldades, seus anseios, e começam
a falar com o eleitorado como se o conhecesse há tempos. A nossa oração só é
eficaz e têm qualidade quando conhecemos a Deus, isso é, quando fazemos a experiência
com Jesus Cristo e com Ele aprendemos a viver na comunhão e na intimidade do
Pai. Sem essa experiência, sem esse colóquio espiritual, a oração vira discurso
e lista de pedidos onde quem ora determina e planeja, exigindo que Deus faça
daquele jeito, ou seja, é uma oração arrogante e orgulhosa, onde quem reza, se
julga no direito de determinar para que Deus atenda seus pedidos.
Oração sem humildade não consegue tocar no coração de Deus, podem
ter certeza. É preciso que saibamos quem é Deus e quem somos nós. É preciso que
a Vontade Divina seja por nós conhecida e se torne soberana em nossa vida. É
preciso que tenhamos coragem de assumir os desafios na solução de problemas que
nós mesmos criamos. Por isso a oração do
Pai Nosso, ensinada por Jesus a seus discípulos e a todos nós, é a mais bonita
e completa de todas.
O Pai Nosso manifesta o nosso desejo de que o Reino venha, e que
seja feita a Vontade de Deus. Há aqui um pedido, que o Reino venha.... e que a
Vontade Divina seja feita, entretanto, é ao mesmo tempo um comprometimento de
quem reza, de fazer esse Reino acontecer e colaborar para que a Vontade do Pai
seja aceita, vivida por todos nós. O que se pede no Pai Nosso não é algo pronto
e acabado, mas um empreendimento que vai depender da nossa colaboração, do
nosso testemunho.
A segunda parte da oração é completada com o nosso compromisso com
Deus, realizado com fidelidade em nossa relação com o próximo. Uma relação de
amor e perdão constante, pois só assim o Reino começará a aparecer e ser notado
pelos homens . Não há outra forma.
Por isso o evangelho conclui
com a confirmação de Jesus a esse respeito, de que nas relações
fraternas de amor e perdão para com o próximo, se perpetua e se concretiza o
Amor , a misericórdia e o Perdão Divino no meio dos homens.
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