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domingo, 9 de junho de 2013

Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor. -Claretianos


Domingo, 16 de junho de 2013
11º Domingo do Tempo Comum
Santos do Dia:Aureliano de Arles (bispo), Aureo (bispo de Mayence), Beno de Meissen (bispo), Cetino de Oran (bispo), Ciríaco e Julita, sua mãe (mártires de Tarso), Curigo de Wales (bispo), Ferréolo e Ferrúcio (presbíteros, mártires de Besançon), Lutgarda de Aywières (virgem), Similiano de Nantes (bispo), Simplício de Bourges (bispo), Tikon de Chipre (bispo).
Primeira leitura:2 Samuel 12, 7-10.13
O Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás. 
Salmo responsorial: 31, 1-2.5.7.11
Eu confessei, afinal, meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta. 
Segunda leitura: Gálatas 2, 16.19-21
A Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim.
Evangelho: Lucas 7, 36 – 8,3
Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor.
Na primeira leitura, Davi, o rei eleito por Deus, pecou gravemente. Cometeu adultério com Betsabé, esposa de um dos seus generais mais leais, depois mandou matar o esposo enganado. Zombou do próprio Deus, ao arrogar-se o direito abusivo sobre a vida e a morte em beneficio de seus desejos depravados, relativizando a realeza absoluta de Deus, única fonte do autêntico direito.
Isto merece um castigo. Porém, o rei reconhece seu delito e se manifesta humildemente arrependido. Mostra assim a profundidade de sua fé, apesar de seu pecado. Por isso Deus o perdoa. Davi ficará para sempre como o exemplo vivo do homem que, sobrepondo-se às suas misérias, se situa na dinâmica do divino que, sem desatender a justiça, aplica a misericórdia e o perdão a quem se arrepende.
Na segunda leitura, Paulo não cessa de combater a mentalidade quem impele o homem a pensar que graças às suas boas ações tem direitos diante de Deus. A religião, fundada sobre a obediencia da lei e sobre um contrato “te dei, deves dar-me”, falseia a verdadeira relação com o Senhor. Este tipo de religião conduziu o judaismo a rejeitar a mensagem de misericordia de Jesus, para fechar-se em seu frio esquema da legalidade vazia. A fé transforma radicalmente esta mentalidade e nos abre ao amor divino tal como se mostrou em Jesus.
No evangelho, uma mulher se atreve a estragar uma sobremesa cuidadosamente preparada. A arrogante intrometida, não somente quebra as leis da boa educação, mas além disso, comete uma infração de tipo religioso: um ser impuro não deve manchar a casa de um homem socialmente puro (um fariseu).
Por um momento Cristo perde sua dignidade de profeta aos olhos de seu anfitrião: “Se este fosse profeta, saberia quem é esta mulher que o está tocando e o que é: uma pecadora”. Diante da situação apresentada, Jesus utiliza o recurso dos sábios: o método socrático de induzir à conclusão correta a partir dos argumentos corretos. Em vez de corrigir o anfitrião, convida-o a sair de sua ignorância e a reconhecer que o verdadeiro pecador é ele; o fariseu que acredita ser puro.
A mulher não enganou ninguém: ela repetiu os gestos de sua profissão; a mesma atitude sensual que teve com todos os amantes. Porém, nessa tarde seus gestos não têm o mesmo sentido. Agora expressam seu respeito e a mudança de seu coração. O perfume, ela o comprou com suas próprias economias, o preço de seu “pecado”. E sem duvidar, rompe o frasco (cf. Mc 14,3), para que não seja recuperado nenhuma gota do preciso perfume. Uma vez mais, um gesto fino e elegante.
Surgem aqui duas dimensões da salvação. Por uma parte, aparece a liberdade, própria do amor. Nessa ceia o fariseu tinho tudo previso e preparado. Porém, basta que uma mulher, impelida por seu coração, entre sem ter sido convidada e a sobremesa munda totalmente. Por outra parte, o episódio revela a libertação oferecida por Jesus.
O Messias proclama, com seus atos e palavras, que o homem já não está condeado à escravidão da lei e de uma religião alienante. O cristão é um ser libertado sobre a base dessa fé, feito amor prático pregado por Jesus: “tua fé te salvou”. Na antiguidade as prostitutas eram consideradas escravas; socialmente não existiam.
Contudo, esta tarde uma prostituta escuta as palavras de absolvição e de canonização, pois fez o gesto sacramental e expressa sua decisão de mudar de vida. Assim se coloca à cabeça do evangelho. Que outra coisa podem significar as palavras de Cristo: “teus pecados estão perdoados? É a mesma coisa que dizer: “Maria, és uma santa”.
Oração:Ó misterio infinito, em quem cremos presente no processo da vida e na historia do cosmos… Faze que sejamos capazes de compreender que a força que tudo sustenta é o Amor e nós mesmos somente alcançamos a felicidade no amor. Nós te pedimos, apoiados no exemplo de Jesus, unidos a todos os homens e mulheres que te buscam por muitos caminhos. Amém.


Claretianos

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