Domingo, 16 de junho de 2013
11º Domingo do Tempo Comum
Santos do Dia:Aureliano de
Arles (bispo), Aureo (bispo de Mayence), Beno de Meissen (bispo), Cetino de
Oran (bispo), Ciríaco e Julita, sua mãe (mártires de Tarso), Curigo de Wales
(bispo), Ferréolo e Ferrúcio (presbíteros, mártires de Besançon), Lutgarda de
Aywières (virgem), Similiano de Nantes (bispo), Simplício de Bourges (bispo),
Tikon de Chipre (bispo).
Primeira leitura:2 Samuel 12,
7-10.13
O Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás.
Salmo responsorial: 31, 1-2.5.7.11
Eu confessei, afinal, meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta.
Segunda leitura: Gálatas 2, 16.19-21
A Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim.
Evangelho: Lucas 7, 36 – 8,3
Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor.
O Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás.
Salmo responsorial: 31, 1-2.5.7.11
Eu confessei, afinal, meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta.
Segunda leitura: Gálatas 2, 16.19-21
A Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim.
Evangelho: Lucas 7, 36 – 8,3
Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor.
Na primeira leitura, Davi, o rei eleito por Deus, pecou
gravemente. Cometeu adultério com Betsabé, esposa de um dos seus generais mais
leais, depois mandou matar o esposo enganado. Zombou do próprio Deus, ao
arrogar-se o direito abusivo sobre a vida e a morte em beneficio de seus
desejos depravados, relativizando a realeza absoluta de Deus, única fonte do
autêntico direito.
Isto merece um castigo. Porém, o rei reconhece seu delito e
se manifesta humildemente arrependido. Mostra assim a profundidade de sua fé,
apesar de seu pecado. Por isso Deus o perdoa. Davi ficará para sempre como o
exemplo vivo do homem que, sobrepondo-se às suas misérias, se situa na dinâmica
do divino que, sem desatender a justiça, aplica a misericórdia e o perdão a
quem se arrepende.
Na segunda leitura, Paulo não cessa de combater a mentalidade
quem impele o homem a pensar que graças às suas boas ações tem direitos diante
de Deus. A religião, fundada sobre a obediencia da lei e sobre um contrato “te
dei, deves dar-me”, falseia a verdadeira relação com o Senhor. Este tipo de
religião conduziu o judaismo a rejeitar a mensagem de misericordia de Jesus,
para fechar-se em seu frio esquema da legalidade vazia. A fé transforma
radicalmente esta mentalidade e nos abre ao amor divino tal como se mostrou em
Jesus.
No evangelho, uma mulher se atreve a estragar uma sobremesa
cuidadosamente preparada. A arrogante intrometida, não somente quebra as leis
da boa educação, mas além disso, comete uma infração de tipo religioso: um ser
impuro não deve manchar a casa de um homem socialmente puro (um fariseu).
Por um momento Cristo perde sua dignidade de profeta aos
olhos de seu anfitrião: “Se este fosse profeta, saberia quem é esta mulher que
o está tocando e o que é: uma pecadora”. Diante da situação apresentada, Jesus
utiliza o recurso dos sábios: o método socrático de induzir à conclusão correta
a partir dos argumentos corretos. Em vez de corrigir o anfitrião, convida-o a
sair de sua ignorância e a reconhecer que o verdadeiro pecador é ele; o fariseu
que acredita ser puro.
A mulher não enganou ninguém: ela repetiu os gestos de sua
profissão; a mesma atitude sensual que teve com todos os amantes. Porém, nessa
tarde seus gestos não têm o mesmo sentido. Agora expressam seu respeito e a
mudança de seu coração. O perfume, ela o comprou com suas próprias economias, o
preço de seu “pecado”. E sem duvidar, rompe o frasco (cf. Mc 14,3), para que
não seja recuperado nenhuma gota do preciso perfume. Uma vez mais, um gesto
fino e elegante.
Surgem aqui duas dimensões da salvação. Por uma parte,
aparece a liberdade, própria do amor. Nessa ceia o fariseu tinho tudo previso e
preparado. Porém, basta que uma mulher, impelida por seu coração, entre sem ter
sido convidada e a sobremesa munda totalmente. Por outra parte, o episódio
revela a libertação oferecida por Jesus.
O Messias proclama, com seus atos e palavras, que o homem já
não está condeado à escravidão da lei e de uma religião alienante. O cristão é
um ser libertado sobre a base dessa fé, feito amor prático pregado por Jesus:
“tua fé te salvou”. Na antiguidade as prostitutas eram consideradas escravas;
socialmente não existiam.
Contudo, esta tarde uma prostituta escuta as palavras de
absolvição e de canonização, pois fez o gesto sacramental e expressa sua
decisão de mudar de vida. Assim se coloca à cabeça do evangelho. Que outra
coisa podem significar as palavras de Cristo: “teus pecados estão perdoados? É
a mesma coisa que dizer: “Maria, és uma santa”.
Oração:Ó misterio
infinito, em quem cremos presente no processo da vida e na historia do cosmos…
Faze que sejamos capazes de compreender que a força que tudo sustenta é o Amor
e nós mesmos somente alcançamos a felicidade no amor. Nós te pedimos, apoiados
no exemplo de Jesus, unidos a todos os homens e mulheres que te buscam por
muitos caminhos. Amém.
Claretianos
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