08 de junho
Evangelho - Lc 2,41-51
" Três dias depois o acharam no
templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os".
Quem
já teve uma filha ou um filho perdido sabe ou entende o desespero de Maria ao
perceber que seu menino Jesus não estava mesmo com nenhum dos parentes. Para
ela, ele tinha se perdido! É um estado de pânico daqueles que você começa a
rezar o Pai Nosso um atrás do outro e não termina nenhum. Pais. Quando saírem
com seus pequeninos, principalmente em uma viagem, cuidem bem para que não se
percam. Garanto-lhes que é uma experiência horrível!
Mas
o Menino Jesus estava bem tranquilo, dando um verdadeiro show de poder
divino aos doutores, os quais estavam de boca aberta, sem entender o
que viam, e ouviam. Um menino que sabia tudo. E o pior, sabia mais do que eles.
Se de um lado estavam maravilhados, por outro estavam preocupados, pois não
suportavam nenhuma concorrência. Eles eram os doutores e então como pode ter
surgido alguém que sabe mais do que eles? Ainda mais, esse alguém nada mais era
do que uma criança. E como pode saber tudo aquilo sem ter estudado?
Só que não se tratava de um menino qualquer. Ele era homem e Deus.
" Todos os que o ouviam estavam
maravilhados da sabedoria de suas respostas."
" E sua mãe disse-lhe: Meu filho,
que nos fizeste?! Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que
devo ocupar-me das coisas de meu Pai? "
Pouco
ou quase nada sabemos da infância de Jesus. Mas esta passagem é muito rica,
dando-nos muitas pistas para refletir. Jesus, o menino, não foi malcriado ao
dar esta resposta à sua mãe. Ele só estava justificando o seu comportamento.
Maria, apesar de saber que seu Filho era especial, movida da emoção própria de
uma mãe, por um instante ficou sem saber o que dizer depois da resposta do seu
querido filho. O evangelista afirma que ela ficou sem entender o porquê daquela
resposta.
"Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes
dissera."
Nós
também não entendemos algumas palavras de Jesus. Confesso que, às vezes, leio o
evangelho do dia e fico parado, pensando. Finalmente uma reflexão que eu vou
ter de pular, pois não vejo nada para comentar ou refletir nesta passagem.
Só
que como acontece com a Santíssima Trindade, que só pode ser entendida com os
olhos da fé, nem sempre entendemos Jesus com a nossa inteligência, mas sim com os
olhos da nossa fé, e com a ajuda do Espírito Santo. Então, eu fecho os olhos,
peço ajuda, e a ajuda sempre vem. Aí eu escrevo o que o Espírito de Deus faz
brotar em minha mente. E dias depois eu leio o que escrevi e penso. Mas fui eu
mesmo quem escreveu isto? Realmente o espanto se justifica porque não sou capaz
de escrever nenhum comentário sobre a palavra de Deus. Eu apenas empresto meus
dedos para digitá-los.
Sal
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