1 Janeiro 2021
ANO B SOLENIDADE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS
Dia Mundial da Paz
Tema da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus
Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de
evocações diversas, ainda que todas importantes. Celebra-se, em primeiro lugar,
a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a
figura de Maria, aquela mulher que, com o seu "sim" ao projecto de
Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador. Celebra-se, em segundo lugar, o
Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa vontade
que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo. Celebra-se, finalmente, o
primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas
com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos
oferece a vida em plenitude. As leituras que hoje nos são propostas exploram,
portanto, estas diversas coordenadas. Elas evocam esta multiplicidade de temas
e de celebrações. Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença
contínua de Deus na nossa caminhada e recorda-se que a sua bênção nos
proporciona a vida em plenitude. Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra
vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os
libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus "filhos". É nessa
situação privilegiada de "filhos" livres e amados que podemos
dirigir-nos a Deus e chamar-lhe "abbá" ("papá"). O
Evangelho mostra como a chegada do projecto libertador de Deus (que se tornou
realidade plena no nosso mundo através de Jesus) provoca alegria e felicidade
naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os
marginalizados. Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a
testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens. Maria, a mulher
que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo do crente que é
sensível aos projectos de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que
aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na
concretização do projecto divino de salvação para o mundo.
LEITURA I - Num 6,22-27
Leitura do Livro dos Números
O Senhor disse a Moisés: «Fala a Aarão e aos
seus filhos e diz-lhes: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo: 'O
Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te
seja favorável. O senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz'. Assim
invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei».
AMBIENTE
O nosso texto situa-nos no Sinai, frente à
montanha onde se celebrou a aliança entre Deus e o seu Povo... No contexto das
últimas instruções de Jahwéh a Moisés, antes de Israel levantar o acampamento e
iniciar a caminhada em direcção à Terra Prometida, é apresentada uma fórmula de
bênção, que os "filhos de Aarão" (sacerdotes) deviam pronunciar sobre
a comunidade. Provavelmente, trata-se de uma fórmula litúrgica utilizada no
Templo de Jerusalém para abençoar a comunidade, no final das celebrações
litúrgicas, antes de o Povo regressar a suas casas... Essa bênção é aqui
apresentada como um dom de Deus, no Sinai. A "bênção"
("beraka") é concebida, no universo dos povos semitas, como uma
comunicação de vida, real e eficaz, que atinge o "abençoado" e que
lhe transmite vigor, força, êxito, felicidade. É um dom que, uma vez
pronunciado, não pode ser retirado nem anulado. Aqui, essa comunicação de vida
- fruto da generosidade e do amor de Deus - derrama-se sobre os membros da
comunidade por intermédio dos sacerdotes (no Antigo Testamento, os
intermediários entre o mundo de Jahwéh e a comunidade israelita).
MENSAGEM
Esta "bênção" apresenta-se numa
tríplice fórmula, sempre em crescendo (no texto hebraico, a primeira afirmação
tem três palavras; a segunda, cinco; a terceira, sete). Em cada uma das
fórmulas, é pronunciado o nome de Jahwéh... Ora, pronunciar três vezes o nome
do Deus da aliança é dar uma nova actualidade à aliança, às suas promessas e às
suas exigências; é lembrar aos israelitas que é do Deus da aliança que recebem
a vida nas suas múltiplas manifestações e que tudo é um dom de Deus. A cada uma
das invocações, correspondem dois pedidos de bênção: "que Jahwéh te
abençoe (isto é, que te comunique a sua vida) e te proteja"; "que
Jahwéh faça brilhar sobre ti a sua face (hebraísmo que se pode traduzir como
'que te mostre um rosto sorridente e favorável') e te conceda a sua
graça"; que Jahwéh dirija para ti o seu olhar (hebraísmo que significa
'olhar para ti com benevolência', 'acolher-te') e te conceda a paz" (em
hebraico: 'shalom' - no sentido de bem-estar, harmonia, felicidade plena). Este
texto lembra ao israelita que tudo é um dom do amor de Jahwéh e que o Deus da
aliança está ao lado do seu Povo em cada dia do ano, oferecendo-lhe a vida
plena e a felicidade em abundância.
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão pode fazer-se a partir dos
seguintes dados:
• Em primeiro lugar, somos convidados a tomar
consciência da generosidade do nosso Deus, que nunca nos abandona, mas que
continua a sua tarefa criadora derramando sobre nós, continuamente, a vida em
plenitude.
• É de Deus que tudo recebemos: vida, saúde,
força, amor e aquelas mil e uma pequeninas coisas que enchem a nossa vida e que
nos dão instantes plenos. Tendo consciência dessa presença contínua de Deus ao
nosso lado, do seu amor e do seu cuidado, somos gratos por isso? No nosso
diálogo com Ele, sentimos a necessidade de O louvar e de Lhe agradecer por tudo
o que Ele nos oferece? Agradecemos todos os dons que Ele derramou sobre nós no
ano que acaba de terminar?
• É preciso ter consciência de que a
"bênção" de Deus não cai do céu como uma chuva mágica que nos molha,
quer queiramos, quer não (magia e Deus não combinam); mas a vida de Deus,
derramada sobre nós continuamente, tem de ser acolhida com amor e gratidão e,
depois, transformada em gestos concretos de amor e de paz. É preciso que o
nosso coração diga "sim", para que a vida de Deus nos atinja e nos
transforme.
SALMO RESPONSORIAL - Salmo 66 (67)
Refrão: Deus Se compadeça de nós e nos dê a
sua bênção.
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua
bênção, resplandeça sobre nós a luz do seu rosto. Na terra se conhecerão os
seus caminhos e e ntre os povos a sua salvação.
Alegrem-se e exultem as nações, porque julgais
os povos com justiça e governais as nações sobre a terra.
Os povos Vos louvem, ó Deus, todos os povos
Vos louvem. Deus nos dê a sua bênção e chegue o seu temor aos confins da terra.
LEITURA II - Gal 4,4-7
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos
Gálatas
Irmãos: Quando chegou a plenitude dos tempos,
Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar
os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adoptivos. E porque sois
filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama:
«Abbá! Pai!» Assim, já não és escravo, mas filho. E, se és filho, também és
herdeiro, por graça de Deus.
AMBIENTE
Entre as comunidades cristãs do norte da
Galácia manifestou-se, pelos anos 55/56, uma grave crise... À região gálata
chegaram pregadores cristãos de origem judaica, que punham em causa a validade
e a legitimidade do Evangelho anunciado por Paulo. Este era acusado de pregar
um Evangelho mutilado, distante do Evangelho pregado pelos apóstolos de
Jerusalém... Para estes pregadores ("judaizantes"), a fé em Cristo
devia ser complementada pelo cumprimento rigoroso da Lei de Moisés,
nomeadamente pelo rito da circuncisão. Paulo foi avisado da situação quando
estava em Éfeso. Não o preocupava que a sua pessoa fosse posta em causa;
preocupava-o o dano que este tipo de discurso podia trazer às comunidades
cristãs... Paulo estava convencido que o movimento religioso iniciado por Jesus
de Nazaré, não era uma religião formalista e ritual, uma religião de práticas
exteriores, como o judaísmo farisaico do seu tempo, que se preocupava com
questões formais e secundárias; além disso, estava convencido de que a salvação
não tinha a ver com conquistas humanas (como se a salvação fosse conseguida à
custa dos actos heróicos do homem), mas era um dom de Deus. Alarmado pela
gravidade da situação, Paulo escreveu aos gálatas. Com alguma dureza
(justificada pela gravidade do problema), Paulo diz aos gálatas que o
cristianismo é liberdade e que a acção de Cristo libertou os homens da
escravidão da Lei... Os gálatas devem, portanto, fazer a sua escolha: pela
escravidão, ou pela liberdade; no entanto - não deixa de observar Paulo - é uma
estupidez ter experimentado a liberdade e querer voltar à escravidão... No
texto que nos é proposto, Paulo recorda aos gálatas a incarnação de Cristo e o
objectivo da sua vinda ao mundo: fazer dos que a Ele aderem "filhos de
Deus" livres.
MENSAGEM
Paulo recorda aqui aos gálatas algo de
fundamental: Cristo veio a este mundo para libertá-los, definitivamente, do
jugo da Lei; a consequência da acção redentora de Cristo é que os homens
deixaram de ser escravos e passaram a ser "filhos" que partilham a
vida de Deus. A palavra-chave é, aqui, a palavra "filho", aplicada
tanto a Cristo como aos cristãos. Cristo, o "Filho", foi enviado ao
mundo pelo Pai com uma missão concreta: libertar os homens de uma religião de
ritos estéreis e inúteis, que não potenciava o encontro entre Deus e os homens;
e Cristo, identificando os homens com Ele, levou-os a um novo tipo de
relacionamento com Deus e fê-los "filhos" de Deus. Por acção de
Cristo, os homens deixaram de ser escravos (que cumprem obrigatoriamente regras
e leis) e passaram a relacionar-se com Deus como "filhos" livres e
amados, herdeiros com Cristo da vida eterna. Depois desta "promoção",
fará algum sentido querer voltar a ser escravo da religião das leis e dos
ritos? A nova situação dos homens dá-lhes o direito de chamar a Deus
"abbá" ("papá"). Paulo utiliza esta palavra aqui (bem como
na Carta aos Romanos), apesar de os judeus nunca designarem Deus desta forma.
Ela expressa uma relação muito próxima, muito íntima, do género daquela que uma
criança tem com o seu pai: exprime a confiança absoluta, a entrega total, o
amor sem limites. A insistência de Paulo nesta palavra deve ter a ver com o
Jesus histórico: Jesus adoptou-a para expressar a sua confiança filial em Deus
e a sua entrega total à sua causa. Ora, é este tipo de relação que os cristãos,
identificados com Cristo, são convidados a estabelecer com Deus. Gal 4,4 é o
único lugar em que Paulo se refere à mãe de Jesus ("Deus enviou o seu
Filho, nascido de uma mulher"); no entanto, Paulo não parece interessado,
aqui, em falar de Nossa Senhora, mas em sublinhar a solidariedade de Cristo com
o género humano.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão, as seguintes
questões:
• A experiência cristã é fundamentalmente uma
experiência de encontro com um Deus que é "abbá" - isto é, que é um
"papá" muito próximo, com quem nos identificamos, a quem amamos, a
quem nos entregamos e em quem confiamos plenamente. É esta proximidade
libertadora e confiante que temos com o nosso Deus?
• A nossa experiência cristã leva-nos a
sentirmo-nos "filhos" amados, ou ao cumprimento de regras e de
obrigações? Na Igreja não se põe, às vezes, a ênfase em cumprir leis e ritos
externos, esquecendo o essencial - a experiência de "filhos" livres e
amados de Deus?
• A importante constatação de que somos
"filhos" de Deus leva-nos a uma descoberta fundamental: estamos
unidos a todos os outros homens - "filhos" de Deus como nós - por
laços fraternos. É a mesma vida de Deus que circula em todos nós... O que é que
esta constatação implica, em termos concretos? A que é que ela nos obriga? Faz
algum sentido marginalizar alguém por causa da sua raça ou estatuto social?
Aquilo que acontece aos outros - de bom e de mau - não nos diz respeito?
ALELUIA - Heb 1,1-2
Aleluia. Aleluia.
Muitas vezes e de muitos modos falou Deus
antigamente aos nossos pais pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos,
Deus falou-nos por seu Filho.
EVANGELHO - Lc 2,16-21
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo
São Lucas
Naquele tempo, os pastores dirigiram-se
apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na
manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado
sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores
diziam. Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração. Os
pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham
ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito
dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo
Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno.
AMBIENTE
O texto do Evangelho de hoje é a continuação
daquele que foi lido na noite de Natal: após o anúncio do "anjo do
Senhor", os pastores (destinatários desse anúncio) dirigiram-se a Belém e
encontraram o menino, deitado numa manjedoura de uma gruta de animais. Mais uma
vez, Lucas não está interessado em fazer a reportagem do nascimento de Jesus,
ou a crónica social das "visitas" que, então, o menino de Belém
recebeu; mas está, sobretudo, interessado em apresentar uma catequese que dê a
entender (aos cristãos a quem o texto se destina) quem é esse menino e qual a
missão de que ele foi investido por Deus. Nesta catequese fica bem claro que
Jesus é o Messias libertador, enviado a trazer a paz; e há também uma reflexão
sobre a resposta que Deus espera do homem.
MENSAGEM
Como pano de fundo do nosso texto está,
portanto, a ideia de que, com a chegada de Jesus, atingimos o centro do tempo
salvífico... Em Jesus, a proposta libertadora que Deus tinha para nos oferecer
veio ao nosso encontro e materializou-se no meio dos homens; o próprio nome
("Jesus" significa "Jahwéh salva") que foi dado ao menino
por indicação do anjo que anunciou o seu nascimento aponta nesse sentido. Por
outro lado, o facto de essa "boa notícia" ser dada, em primeiro
lugar, aos pastores (classe marginalizada, considerada impura, pecadora e muito
longe de Deus e da salvação) significa que a proposta de Jesus se destina, de
forma especial, aos pobres e marginalizados, àqueles que a teologia oficial
excluía e condenava. Diz-lhes que Deus os ama, que conta com eles e que os
convoca para fazer parte da sua família. Definida a questão essencial,
atentemos nas atitudes dos intervenientes e na forma como eles respondem à
chegada de Jesus... Em primeiro lugar, repare-se como os pastores, depois de
escutarem a "boa nova" do nascimento do libertador, se dirigem
"apressadamente" ao encontro do menino. A palavra
"apressadamente" sublinha a ânsia com que os pobres e os
marginalizados esperam a acção libertadora de Deus em seu favor. Aqueles que
vivem numa situação intolerável de sofrimento e de opressão reconhecem Jesus
como o único salvador e apressam-se a ir ao seu encontro. É d'Ele e de mais
ninguém que brota a libertação por que os oprimidos anseiam. A disponibilidade
de coração para acolher a sua proposta é a primeira coisa que Deus pede. Em
segundo lugar, repare-se como os pastores reagem ao encontro com Jesus...
Começam por glorificar e louvar a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido: é
a alegria pela libertação que se converte em acção de graças ao Deus
libertador. Depois, esse louvor torna-se testemunho: quem faz a experiência do
encontro com Deus libertador tem obrigatoriamente de dar testemunho, a fim de
que os outros homens possam participar da mesma experiência gratificante.
Finalmente, atentemos na atitude de Maria: ela "conservava todas estas
palavras, meditando-as no seu coração". É a atitude de quem é capaz de
abismar-se com as acções do Deus libertador, com o amor que Ele manifesta nos
seus gestos em favor dos homens. "Observar", "conservar" e
"meditar" significa ter a sensibilidade para entender os sinais de
Deus e ter a sabedoria da fé para saber lê-los à luz do plano de Deus. É
precisamente isso que faziam os profetas. A atitude meditativa de Maria, que
interioriza e aprofunda os acontecimentos, complementa a atitude
"missionária" dos pastores, que proclamam a acção salvadora de Deus,
manifestada no nascimento de Jesus. Estas duas atitudes definem duas
coordenadas essenciais daquilo que deve ser a existência do crente.
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão pode partir dos seguintes
elementos:
• No Evangelho que nos é, hoje, proposto, fica
claro o fio condutor da história da salvação: Deus ama-nos, quer a nossa plena
felicidade e, por isso, tem um projecto de salvação para levar-nos a superar a
nossa fragilidade e debilidade; e esse projecto foi-nos apresentado na pessoa,
nas palavras e nos gestos de Jesus. Temos consciência de que a verdadeira
libertação está na proposta que Deus nos apresentou em Jesus e não nas
ideologias, ou no poder do dinheiro, ou na posição que ocupamos na escala
social? Porque é que tantos dos nossos irmãos vivem afogados no desespero e na
frustração? Porque é que tanta gente procura "salvar-se" em programas
de televisão que lhes dê uns minutos de fama, ou num consumismo alienante? Não
será porque não fomos capazes de lhes apresentar a proposta libertadora de
Jesus?
• Diante da "boa nova" da
libertação, reagimos - como os pastores - com o louvor e a acção de graças?
Sabemos ser gratos ao nosso Deus pelo seu amor e pelo seu empenho em nos
libertar da escravidão?
• Os pastores, após terem tomado contacto com
o projecto libertador de Deus, fizeram-se "testemunhas" desse
projecto. Sentimos também o imperativo do testemunho? Temos consciência de que
a experiência da libertação é para ser passada aos nossos irmãos que ainda a
desconhecem?
• Maria "conservava todas estas palavras
e meditava-as no seu coração". Quer dizer: ela era capaz de perceber os
sinais do Deus libertador no acontecer da vida. Temos, como ela, a
sensibilidade de estar atentos à vida e de perceber a presença - discreta, mas
significativa, actuante e transformadora - de Deus, nos acontecimentos mais ou
menos banais do nosso dia a dia?
ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A SOLENIDADE
DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS (adaptadas de "Signes d'aujourd'hui")
1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA. Ao
longo dos dias da semana anterior à Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus,
procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma
leitura em cada dia, por exemplo... Escolher um dia da semana para a meditação
comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo
de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa... Aproveitar, sobretudo, a
semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
2. PALAVRA DE VIDA. Existe melhor cumprimento
que dizer a uma mãe: "o seu filho é parecido consigo?" Maria preferia
seguramente que lhe dissessem: "É parecida com o seu Filho!" Na
Anunciação, ao dizer "faça-se segundo a tua Palavra", Maria falava a
língua do seu Filho que afirmará: "Eu vim para fazer a vontade de meu
Pai!" Ao cantar o Magnificat, Maria rezava como o seu Filho Jesus que
exclamará: "Pai, Eu te dou graças, porque escondeste estas coisas aos
sábios e as revelaste aos mais pequeninos!& rdquo; Pela sua atenção aos
esposos de Canã, Maria levava o olhar do seu Filho Jesus às pessoas que terão
necessidade de salvação. Ao pé da cruz, Maria sentia os sofrimentos do seu
Filho que dava a maior prova de amor. A sua oração com os apóstolos na manhã de
Pentecostes juntava-se ao dom do Espírito concedido pelo seu Filho à sua
Igreja. Decididamente, Maria assemelha-se bem ao seu Filho e, assim, a Deus de
quem ela é Mãe.
3. UM PONTO DE ATENÇÃO. Desenvolver a oração
universal... Visto que é o primeiro domingo do ano, fazer da oração de intercessão
(a oração universal) um momento de memória. Pode-se recordar juntos os
acontecimentos importantes do ano decorrido. Podem ser evocados, quer para
dizer obrigado ao Senhor se foram sinais ou portadores de fraternidade, de paz,
de partilha, quer para pedir perdão quando provocaram violência, ódio,
injustiça, no mundo. No final desta oração, pode-se ler o texto da antiga
segunda leitura (Col 3,12-19), apresentando-o como um convite feito a cada um
para praticar as virtudes evangélicas.
4. PARA A SEMANA QUE SE SEGUE... Com Maria,
aprender a contemplar e bendizer... Voltemo-nos para Maria que festejamos hoje.
Maria, nosso modelo e nossa Mãe. Maria não cessou de "dizer bem", ela
era incapaz de dizer mal! Maria dizia bem, sem cessar, ela louvava Deus, ela
bendizia-O no seu Magnificat. E mesmo sem compreender, Maria tinha confiança.
Maria ensina-nos a contemplar e a bendizer: por ela, com ela, desejemos um ano
em que saibamos contemplar a obra de Deus e bendizê-l'O.
UNIDOS PELA PALAVRA DE DEUS PROPOSTA PARA ESCUTAR,
PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador:
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
Rua Cidade de Tete, 10 - 1800-129 LISBOA - Portugal
Tel. 218540900 - Fax: 218540909
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Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
ResponderExcluirFELIZ 2021
DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
ResponderExcluirSanta Maria, Rio Grande do Sul.
Obrigado Senhor, obrigado Dehonianos!!!
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