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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

JOÃO NOS CONVIDA ACOLHER O CRISTO LIBERTADOR – Maria de Lourdes Cury Macedo.

 


Domingo, 6 de dezembro de 2020.

Evangelho de Mc 1, 1-8.

 

A liturgia deste 2º Domingo do Advento enfatiza a identidade de João Batista, como mensageiro de Deus e iniciador do caminho de Jesus, e tem duas ideias complementares: a conversão e a consolação. Deus quer nos conduzir para um mundo novo, onde não haja sofrimento em consequência do egoísmo, e o fim do mal, que um dia acabará. Mas o mundo novo que Deus nos propõe só acontecerá quando o ser humano mudar por dentro, mudar seu interior, se converter, quando o “homem velho” se transformar no “homem novo”, numa nova criatura ao gosto de Jesus.

João morou no deserto até que o Espírito o conduziu para o Rio Jordão a fim de conclamar o povo para a vinda de Jesus. O fato de João estar no deserto era um preparo para a vinda da Boa Nova – Evangelho - e do cristianismo à semelhança da passagem do povo pelo deserto durante 40 anos, que antecipou o nascimento de Israel como povo consagrado a Deus. Eu serei o seu Deus e vós sereis o meu povo!

O deserto é lugar de tentação, de muita provação, mas também recorda o caminho de volta do exílio, de acordo com as palavras de Isaías: Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho. Voz de quem clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas estradas… Portanto o evangelho de hoje nos apresenta João Batista não apenas batizando, mas exortando todos ao arrependimento, à mudança interior, à conversão.  

Interessante observar que João batizava no rio Jordão, exatamente onde o povo de Deus, vindo do deserto, liberto da escravidão do Egito,  entrou na Terra Prometida.

Marcos evangelista, o primeiro a escrever um Evangelho, inicia recordando outra voz profética, a de João, o Batista, que anuncia Jesus pelo seu ensinamento e pelo exemplo de vida, além de indicar o caminho que conduz a Ele, o caminho da conversão. Assim como Isaías falava para aplainar os caminhos, João também fala para aplainar os caminhos do coração, removendo os erros, os vícios, os pecados, endireitando os sentimentos, nivelando os desejos. Lá do deserto, da solidão, o seu testemunho gritou e alcançou os ouvidos de uma multidão, que acorria a ele para ouvir o anúncio da Boa-Nova.

João Batista convidava a preparar os caminhos do Senhor, para  isso ele indicava qual deveria ser atitude daqueles que aceitavam o convite: a penitência, que é a mudança interior. João se apresenta revestido da mais profunda humildade. Humildade no modo de agir e em suas palavras: Depois de mim virá um que é mais poderoso do que eu, do qual eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias (Mc 1, 7). João anuncia o Senhor, que vem para consolar. Ele batizará verdadeiramente com o Espírito Santo e é o único que pode salvar.

Quem aceitava sua pregação e realmente queria ter um coração purificado ia até João, no Rio Jordão, para ser batizado. O batismo de João não era sacramento, mas um propósito de mudança de vida, deixando o pecado, para viver uma vida pura de alma e de sentimentos, enfim uma vida reta. O batismo de João era um sinal externo de penitência. Não perdoava os pecados, mas dispunha a pessoa para obter de Deus o perdão porque levava ao arrependimento. Era um rito que levava à renovação interior, a mais adequada preparação para receber o Messias.

A pregação do Batista despertou a esperança dos judeus e suscitou abertamente uma resposta entusiasta por parte de muitos. O efeito das palavras de João era realçado por suas roupas e pelo seu modo rude e rigoroso de viver. Ele se vestia com uma vestimenta grosseira, tecida com os pelos de animais. Seu modo de vestir revelava muito de sua personalidade profética. O rito externo de batizar era uma expressão simbólica do ato de arrependimento e de seus efeitos de purificação espiritual. O batismo de Jesus seria com o Espírito Santo e com fogo. Portanto, seria incomparavelmente superior ao batismo de João. O precursor anuncia a divindade de Jesus, porque só Deus podia perdoar os pecados e comunicar o Espírito Santo para gerar vida nova, um mundo novo baseado no amor.

Ainda hoje e mais do nunca, precisamos nos livrar dos obstáculos e nos dispor a mudar nossos hábitos de comodismo, da indiferença, do egoísmo, da autossuficiência e aceitarmos o convite de deixar-nos guiar pelos ensinamentos de Deus.

Hoje nós precisamos ser outro João Batista e gritar nos desertos da vida para que um maior número de pessoas possa se achegar a Deus. Endireitar os caminhos são as dificuldades que não deixam as pessoas se aproximarem de Deus. Cabe a nós com coragem e fé ajudar nossos irmãos vencerem esses obstáculos para deixar Jesus reinar nos seus corações. Deus é a nossa força, Ele nos ajudará nessa missão de discípulos missionários conduzindo nossos irmãos para Cristo Jesus.

Nesse tempo de Advento de 2020, vamos refletir um pouco: quais as pessoas que estão a minha volta e que precisam ser consoladas, reanimadas em suas esperanças? Quais foram as esperanças perdidas ao longo desse ano tão desafiador para todos? O que posso fazer para anunciar a consolação e reavivar a esperança das pessoas que me são próximas, na minha família, na minha comunidade, entre os meus amigos, conhecidos?

Vamos irmãos, como João, ser a voz que convida nossos irmãos à conversão, a buscar Jesus libertador, que continuamente vem ao nosso encontro.

 

Abraços em Cristo!

Maria de Lourdes

2 comentários:

  1. João Batista foi o precursor ; humilde no modo de agir e em suas palavras .Batizou Jesus no Rio Jordão e nos convida à conversão, a buscar Jesus libertador.
    Nesse Advento vamos refletir como podemos melhorar e ajudar aos que sofrem e necessitam de uma palavra de Esperança.

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  2. Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

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