FAMÍLIA HUMANA, FAMÍLIA DE
DEUS – Maria de Lourdes Cury Macedo
Domingo, 27 de dezembro de 2020.
Evangelho de Lc 2,22-40.
A liturgia desta festa de hoje destaca que Deus se inseriu na
humanidade: Ele percorreu o mesmo caminho que todo ser humano percorre: nasceu
de uma mulher, teve um lar, uma família, uma pátria e a uma cultura. Essa
família é conhecida como “A Sagrada Família”, que é muito amada por nós
cristãos católicos.
A Sagrada Família - Jesus, Maria e José - era fiel à Lei de Deus.
Desde o início, a Sagrada Família de Nazaré se faz obediente em tudo, não
importando com sofrimentos, sacrifícios, medos, incertezas.
No Evangelho de hoje, observamos mais uma vez a Sagrada Família
cumprindo com fidelidade, humildade e obediência, à Lei de Moisés, a apresentação
de Jesus no Templo e a purificação de Maria. Eles estavam isentos dessa lei,
porque Jesus é Deus e Maria continuou virgem depois do parto. Mas para não
escandalizar o povo, eles cumprem rigorosamente o prescrito em Lei.
Segundo a Lei de Moisés, todo primogênito do sexo masculino deveria
ser consagrado ao Senhor (cf Ex13,2.12). Os pais de Jesus cumprem o que estava
prescrito, demonstrando assim que seu filho Jesus assume a realidade do seu
povo. Porém, o primogênito do sexo masculino consagrado deveria ser resgatado
por meio do sacrifício de um animal. (Resgatado para pertencer aos pais).
Maria e José levaram a criança ao Templo em cumprimento à Lei e
pagaram o resgate. Os pobres, nesse caso, poderiam oferecer um par de rolas ou
pombinhos, foi o que ofereceram. Os ricos ofereciam bens valiosos.
Vivia no Templo um homem piedoso e justo chamado Simeão, que
esperava a consolação de Israel. Essa consolação tão esperada e anunciada era a
felicidade e a tranquilidade que o Messias viria trazer. Essa consolação
refere-se ao “Reino eterno e universal; Reino de verdade e de vida, Reino de
santidade e de graça, Reino de justiça, amor e de paz.”
Simeão ao ver o menino O identificou imediatamente, por obra do
Espírito Santo, isto é, teve a grandeza de identificar o pobrezinho de Nazaré,
que era o Messias esperado há séculos. Tomou-O em seus braços e louvou a Deus
dizendo: “Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz,
porque meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos:
luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo.” Para ele, Jesus é a
“a luz e a glória do povo de Israel” – povo que vivia em situação de tristeza,
mas para o qual agora chegou a consolação. Será também Luz para todas as
nações. Será sinal de contradição, pois as pessoas deverão se posicionar a
favor ou contra os valores que ele encarna.
Simeão tinha conseguido realizar o seu sonho de ver o Cristo, o
salvador enviado pelo Pai. Com essa oração, Simeão fechava a jornada de sua
vida. Ele exprime a Deus seus sentimentos de paz e confiança. Simeão reconhece
que um tempo novo começa, por isso diz que pode morrer tranquilo. Simeão tendo
encontrado com o Messias sente sua vida plenificada, realizada, pronta para o
encontro definitivo com o Pai.
O velho Simeão, dirigindo-se à mãe do Menino, profetizou que o
Messias veio proporcionar a salvação a todos que seguissem seus ensinamentos.
Cristo seria causa de contradição porque uns seriam a favor, outros contra sua
pessoa e sua doutrina. E desde Herodes até hoje, nunca faltaram adversários
para Cristo, que querem manchar seu nome, desprezá-Lo e matá-Lo nos corações de
quem O ama.
Para Maria, Simeão profetiza dores pungentes, sofrimentos, como
golpes de espada. Jesus realizará a salvação, Maria participará dela por meio
do sofrimento e do amor a Deus e ao povo.
A profetiza Ana estava lá também e à semelhança de Simeão,
inspirada pelo Espírito Santo, louva o Senhor e fala do Menino a todos os que
esperavam a libertação de Jerusalém.
A Sagrada Família nos dá exemplo de humildade e obediência para que nós vivamos dentro do Espírito e da
prática de penitência cristã. Jesus veio ao mundo com uma missão definida,
trazer a mensagem divina até nós. Ele é a luz que nos ilumina quando nos
deixamos iluminar, quando cooperamos com Ele. Ele nos deixa livres para escolhê-Lo, aceitá-Lo,
Jesus não impõe.
A exemplo de Simeão e Ana vamos carregar o menino nos braços,
louvá-Lo e anunciar a todos a salvação que Jesus trouxe para a humanidade toda.
Vamos nos esforçar para que todos os dias da nossa vida possamos
viver a humildade, a obediência, o perdão e acima de tudo o AMOR, anunciando
aos irmãos a boa notícia que é Jesus.
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
Sagrada família minha família sua é. Que Deus ilumine sempre a senhora.
ResponderExcluirJesus é reconhecido pelos tocados por inspiração do Espírito Santo, trazendo um divisor de águas entre os que acreditam e os que não!!!
ResponderExcluirNasce,cresce e morre como homem, sem privilégios!!!Bendito seja entre os homens!!!!
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
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