16 Outubro 2017
Santa Margaria Maria Alacoque nasceu em Autún,
França, no ano de 1647. Entrou no mosteiro da Visitação, em Paray-le-Monial,
quando tinha 27 anos de idade. Na capela desse mosteiro teve revelações do
Sagrado Coração de Jesus, recebendo a missão de divulgar a devoção ao mesmo
Sagrado Coração, com o apoio e a ajuda de S. Cláudio de La Colombière. Faleceu
em 1690, sendo canonizada por Bento XV, em 1920. S. Margarida Maria é um dos
padroeiros da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, Dehonianos.
Lectio
Primeira leitura: Efésios 3, 14-19
Irmãos: Eu eu dobro os joelhos diante do Pai,
15do qual recebe o nome toda a família, nos céus e na terra: 16que Ele vos
conceda, de acordo com a riqueza da sua glória, que sejais cheios de força,
pelo seu Espírito, para que se robusteça em vós o homem interior; 17que Cristo,
pela fé, habite nos vossos corações; que estejais enraizados e alicerçados no
amor, 18para terdes a capacidade de apreender, com todos os santos, qual a
largura, o comprimento, a altura e a profundidade... 19a capacidade de conhecer
o amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, para que sejais repletos,
até receberdes toda a plenitude de Deus.
Paulo, prisioneiro de Cristo, reafirmara a
transcendência e a gratuidade do seu ministério: ”A mim, o menor de todos os
santos, foi dada a graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de
Cristo” (v. 8). Essa gratuidade é visível, não só na sua tardia integração na
Igreja, mas sobretudo no fato de este “mistério estar escondido desde séculos
em Deus, o criador de todas as coisas” (Ef 3, 9). É algo de transcendente, cuja
realidade não se pode verificar apenas através de uma simples investigação
racional ou científica, pois se trata de amor por parte de Cristo, um amor
gratuito, um amor “ultrapassa todo o conhecimento” (v. 19). A meta de tudo isto
é que os cristãos fiquem “repletos, até receberdes toda a plenitude de Deus”
(v. 19). Margarida Maria fez experiência desse amor de Cristo, ao contemplar o
seu Coração trespassado. E tornou-se apóstola desse amor.
Evangelho: da féria ou do Comum
Meditatio
Santa Margarida Maria escreve no caderno de um
dos seus retiros: «Em tudo o que fizer, entrarei no Sagrado Coração de Jesus
para aí colher as suas intenções, me unir a ele e pedir a sua ajuda. Depois de
cada ação, oferecê-la-ei a este divino Coração para reparar tudo o que aí
encontrar de defeituoso, sobretudo nas minhas orações. Quando cometer faltas,
depois de as ter punido em mim pela penitência, oferecerei ao Pai Eterno uma
das virtudes deste divino Coração para pagar o ultraje que lhe tiver feito. À
noite, colocarei neste Coração adorável tudo o que tiver feito durante o dia, a
fim de que purifique o que houver de impuro e de imperfeito nas minhas ações,
para as tornar dignas de lhe serem apropriadas e de as introduzir no seu divino
Coração, deixando-lhe o cuidado de dispor de tudo segundo o seu desejo, não me
reservando senão o de o amar e de o contentar». Eis o programa de uma união
completa e de toda a jornada. As ações são oferecidas ao Coração de Jesus como
tantos atos de amor e de reparação. São-lhe ainda apresentadas depois da sua
realização para que as purifique.
Num outro retiro, escrevia esta resolução: «Esforçar-me-ei, Senhor, por vos submeter tudo o que está em mim, e de fazer o que julgar mais perfeito, mais glorioso para o vosso Sagrado Coração ao qual prometo nada poupar de tudo o que estiver no meu poder, e de nada recusar fazer ou sofrer para o dar a conhecer, amar e glorificar».
Aliás, sobre o desejo expresso pelo próprio Nosso Senhor, ela já tinha feito, em favor do Sagrado Coração, um testamento ou doação total, sem reserva, e isto por escrito, assinado com o seu sangue, de tudo o que ela pudesse fazer ou sofrer, doação à qual Nosso Senhor respondeu com o dom do seu próprio Coração, expresso por estas palavras: «Constituo-te herdeira do meu Coração e de todos os seus tesouros, para o tempo e para a eternidade, permitindo-te usar deles segundo os teus desejos». Que doação admirável! Como Nosso Senhor responde generosamente ao que se faz por Ele! É bem o que Ele prometeu em S. João (14, 23): «Se alguém me ama, meu Pai amá-lo-á e eu também o amarei e me manifestarei a ele».
As palavras de Nosso Senhor a Margarida Maria mostram-nos também como a intercessão desta fiel discípula do Sagrado Coração é poderosa para o tempo e para a eternidade…
Margarida Maria morreu prematuramente vítima do Sagrado Coração. Era necessário, de facto, que ela deixasse a terra para que se pudesse falar das suas revelações. Nada anunciava a proximidade da sua morte. No entanto, no começo do ano de 1690, ela dizia: «Morrerei seguramente este ano para não impedir os grandes frutos que o meu divino Salvador pretende tirar do livro da devoção ao Sagrado Coração de Jesus». O Padre Croiset estava, de facto, ocupado a compor este livro, do qual não tinha falado a ninguém.
Três meses antes da sua morte, que ela previa, pediu para fazer um retiro de 40 dias para se preparar. Neste retiro, diante do que ela chamava a imensidão da sua malícia, lançou-se no Sagrado Coração. «Sou insolvente, Senhor, diz nas suas notas, vós o sabeis, colocai-me na prisão, consinto nisso desde que seja no vosso Sagrado Coração; e quando lá estiver, conservai-me lá bem cativa, ligada com as cadeias do vosso amor até que vos tenha pagado tudo o que vos devo; e como nunca o poderei, assim desejaria nunca mais sair desta prisão».
Caiu doente, como o tinha previsto. Repetia que a sua morte era necessária para a glória do Sagrado Coração, e declarava, para admiração de todos, que estava à porta do túmulo. O Coração de Jesus era como sempre o objeto dos seus pensamentos. Aos cuidados que lhe são propostos, prefere, diz, abismar-se no Coração de Jesus. Depois de três dias de uma doença que ninguém conseguia explicar, deu a sua alma a Deus morrendo de amor, segundo a expressão do médico do mosteiro. (Leão Dehon, OSP 4, p. 367s.).
Num outro retiro, escrevia esta resolução: «Esforçar-me-ei, Senhor, por vos submeter tudo o que está em mim, e de fazer o que julgar mais perfeito, mais glorioso para o vosso Sagrado Coração ao qual prometo nada poupar de tudo o que estiver no meu poder, e de nada recusar fazer ou sofrer para o dar a conhecer, amar e glorificar».
Aliás, sobre o desejo expresso pelo próprio Nosso Senhor, ela já tinha feito, em favor do Sagrado Coração, um testamento ou doação total, sem reserva, e isto por escrito, assinado com o seu sangue, de tudo o que ela pudesse fazer ou sofrer, doação à qual Nosso Senhor respondeu com o dom do seu próprio Coração, expresso por estas palavras: «Constituo-te herdeira do meu Coração e de todos os seus tesouros, para o tempo e para a eternidade, permitindo-te usar deles segundo os teus desejos». Que doação admirável! Como Nosso Senhor responde generosamente ao que se faz por Ele! É bem o que Ele prometeu em S. João (14, 23): «Se alguém me ama, meu Pai amá-lo-á e eu também o amarei e me manifestarei a ele».
As palavras de Nosso Senhor a Margarida Maria mostram-nos também como a intercessão desta fiel discípula do Sagrado Coração é poderosa para o tempo e para a eternidade…
Margarida Maria morreu prematuramente vítima do Sagrado Coração. Era necessário, de facto, que ela deixasse a terra para que se pudesse falar das suas revelações. Nada anunciava a proximidade da sua morte. No entanto, no começo do ano de 1690, ela dizia: «Morrerei seguramente este ano para não impedir os grandes frutos que o meu divino Salvador pretende tirar do livro da devoção ao Sagrado Coração de Jesus». O Padre Croiset estava, de facto, ocupado a compor este livro, do qual não tinha falado a ninguém.
Três meses antes da sua morte, que ela previa, pediu para fazer um retiro de 40 dias para se preparar. Neste retiro, diante do que ela chamava a imensidão da sua malícia, lançou-se no Sagrado Coração. «Sou insolvente, Senhor, diz nas suas notas, vós o sabeis, colocai-me na prisão, consinto nisso desde que seja no vosso Sagrado Coração; e quando lá estiver, conservai-me lá bem cativa, ligada com as cadeias do vosso amor até que vos tenha pagado tudo o que vos devo; e como nunca o poderei, assim desejaria nunca mais sair desta prisão».
Caiu doente, como o tinha previsto. Repetia que a sua morte era necessária para a glória do Sagrado Coração, e declarava, para admiração de todos, que estava à porta do túmulo. O Coração de Jesus era como sempre o objeto dos seus pensamentos. Aos cuidados que lhe são propostos, prefere, diz, abismar-se no Coração de Jesus. Depois de três dias de uma doença que ninguém conseguia explicar, deu a sua alma a Deus morrendo de amor, segundo a expressão do médico do mosteiro. (Leão Dehon, OSP 4, p. 367s.).
Oratio
Viver e morrer no Coração de Jesus, é todo o meu
desejo. Não está aí o paraíso de toda a beleza, de toda a virtude, de toda a
bondade? Contemplar os sentimentos do Coração de Jesus, admirá-los e unir-se a
eles, essa é a ocupação dos eleitos. Quero que seja a minha desde agora. (Leão
Dehon, OSP 4, p. 368).
Contemplatio
A devoção ao Sagrado Coração arrasta consigo a
devoção ao Santíssimo Sacramento. Pode dizer-se que Margarida Maria vivia do
Santíssimo Sacramento. Desde a sua mais tenra infância, uma atração
extraordinária a levava para o altar. Quando não estava em casa de seus pais,
era seguro poderem encontrá-la diante do Sacrário, que ela olhava com amor,
mantendo-se lá sem dizer nada, contente de pensar que Nosso Senhor estava lá.
Longe de diminuir com os anos, esta atracão crescia cada vez mais. Ela dizia:
«Teria aí passado dias e noites sem beber nem comer, e sem saber o que fazer,
senão consumir-me como um círio ardente na sua presença, para lhe dar amor por
amor. Teria julgado ser a mais feliz do mundo, se tivesse podido passar as
noites, sozinha, diante dele». Depois da sua entrada em religião, Margarida
Maria deu livre curso ao seu amor pelo hóspede do Sacrário. Encontravam-na sempre
ocupada com este divino objeto, com uma paixão tal, que temiam que esta
aplicação lhe prejudicasse a saúde. Ela organizava o seu tempo tanto quanto
podia, a fim de ter mais momentos livres para ficar na capela, onde a viam numa
adoração profunda, com as mãos juntas, sem fazer nenhum movimento. (Leão Dehon,
OSP 4, pp. 364).
Actio
Repete muitas vezes e vive hoje a palavra:
“Quero viver e morrer no Coração de Jesus” (Leão Dehon).
“Quero viver e morrer no Coração de Jesus” (Leão Dehon).
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S. Margarida Maria Alacoque, Virgem (16 Outubro)
S. Margarida Maria Alacoque, Virgem (16 Outubro)
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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