DOMINGO – DIA 01 - Evangelho - Mt 21,28-32
Bom dia!
“(…) Novamente o Evangelho nos mostra a pessoa de
João Batista e a sua missão de precursor do Messias. Acreditar nas palavras de
João acarreta na vivência do compromisso da conversão, e não uma mera conversão
de palavras, mas conversão que exige gestos concretos que a demonstre. Por isso
que Jesus nos conta inicialmente a parábola. Ele nos mostra que de nada adianta
a adesão a uma religião formal, ritualista, que não tenha nenhum vínculo com a
vivência do amor, pois o que é necessário é o cumprimento da vontade de Deus, e
não o que falamos a ele, pois a fé é para ser vivida e não simplesmente
anunciada”. (Reflexão site da CNBB)
Esse evangelho me lembra muitas coisas (…).
Quantos de nós não o vivemos na própria pele?
Quantas vezes, mesmos repletos de razão e motivos para não fazer ou ajudar,
mudamos de opinião, engolimos nossos “sapos” e com eles o orgulho, e por fim ao
ver tudo realizado, fomos tomados de satisfação e ALEGRIA?
Muitos se sentem incomodados com a nossa
disposição. São pessoas que aos poucos foram deixando apagar a chama da alegria
em seus corações e não conseguindo motivos ou razões para vislumbrar, passam,
às vezes inconscientemente, a enxergar como tolice aquele (a) que consegue
vencer a vontade de estagnar-se e se move. Não sei bem se é um bom exemplo, mas
como imaginou o criador do nome Rolling Stones, que “pedra que rola, não cria
limo”.
Se “rolo” não deixo essa maldade “grudar” no meu
dia-a-dia. Se mesmo querendo dizer não, analiso os que serão afetados pela
minha decisão, e movido pelo amor ao inocente, troco de conduta. Posso dizer
que estou a um passo da maturidade espiritual quando opto pelo bem maior.
“(…) A essas pessoas ordenamos e exortamos no
Senhor Jesus Cristo que trabalhem tranqüilamente e, assim, comam o seu próprio
pão. E vós mesmos, irmãos, não vos canseis de fazer o bem”. (II Tessalonicenses
3, 12-13)
Quando digo “amor ao inocente” refiro-me em
especial a nossa vida em comunidade. A missa de domingo na comunidade que
participo tem cerca de 400 a 500 pessoas, sendo assim, cerca de 500 pares de
olhos que vêem nosso trabalho, nosso empenho, que nos ouvem e estranhamente
nunca nos magoaram ou criticaram nosso trabalho. Às vezes quando me recuso a
fazer algo por “orgulho ferido” acabo prejudicando a quem não tem culpa.
Sabemos sim que muitas coisas nos magoam ao ponto de não querer mais fazer ou
participar, mas dizer “não” e depois voltar atrás e dizer “sim” nos dá uma
tremenda paz.
“(…) E a paz de Deus, que supera todo entendimento,
guardará os vossos corações e os vossos pensamentos no Cristo Jesus“.
(Filipenses 4, 7)
Há outra expressão forte no evangelho de hoje “(…)
Eu afirmo a vocês que isto é verdade: os cobradores de impostos e as
prostitutas estão entrando no Reino de Deus antes de vocês”. Só ela já daria
muitas laudas de texto, mas deixo uma mensagem importante: Todos temos erros e
como diria um colega meu “santo é aquele que cai 1000 vezes e se levanta 1001
vez”.
Temos muitos erros oriundos do julgamento,
principalmente dos feitos de forma aleatória e precipitada. Milhões almejaram a
santidade, poucos tiveram o reconhecimento humano dela, mas creio eu que uma
parcela ainda maior que apenas poucos, tiveram o reconhecimento aos olhos de
Deus.
A santidade é um projeto de vida, galgado a cada
dia. Ela não pode ser usada por nós como separação ou seleção de pessoas, pois
isso cabe somente a Deus. Sendo assim não posso eu me gabar por ser dessa ou
daquela pastoral ou movimento ou identidade se como os apóstolos, na hora que
Jesus mais precisa de nós, damos as costas, não o ajudamos, o abandonamos.
Como diz uma canção:
“(…) Quem faz da santidade uma vaidade
possivelmente já esqueceu, que muitas prostitutas nos precedem na entrada do
Reino dos Céus. Eu me recordo de Jesus do jeito que olhava os pecadores e me
surpreendo ao vê-lo assim tão frágil lhes pedindo alguns favores” (Milagres –
Adriana)
Nossa alegria vem do Senhor!
Um imenso abraço fraterno.
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