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quarta-feira, 29 de junho de 2016

PEDRO E PAULO, DOIS GRANDES SANTOS DA IGREJA - Maria de Lourdes Cury Macedo


Domingo, 3 de julho de 2016.
Evangelho de São Mateus 16, 13-19.

A solenidade de São Pedro e São Paulo nos leva a refletir sobre a importância desses dois grandes santos da Igreja, Pedro representando a instituição, Igreja: "Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja" (Mt16,18) e Paulo representando o papel missionário da Igreja no mundo. Eles são considerados as colunas da Igreja. Dois Grandes evangelizadores atuaram em campos diferentes, divergiram em pontos de vista, desentenderam-se também, mas o grande amor pelo Mestre Jesus e o forte testemunho os uniram na vida e no martírio. A vida, a paixão, a morte e ressurreição de Cristo foi um prolongamento na vida e no martírio de Pedro e de Paulo, porque eles passaram o que Cristo passou.
Foi o próprio Cristo quem os escolheu e confiou-lhes a árdua missão de serem as bases da Igreja que nascia, as duas colunas de sustentação: Pedro a estrutura e Paulo a missionária.
Conheceram Jesus e experimentaram sua ação em suas vidas de formas diferentes. Mas seus testemunhos de fidelidade e amor por Cristo foram idênticos. Ambos amaram a Jesus com o máximo de amor, dando suas vidas por Jesus e pela Igreja. Podemos nos espelhar neles, que sendo gente como nós, com suas fraquezas, limitações próprias do ser humano, tiveram força e coragem para anunciar e testemunhar Jesus até com a própria vida.
Pedro recebeu do Espírito Santo a revelação que Jesus era o Messias o Filho de Deus. “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” (v16). Em outras palavras Pedro está dizendo: nós acreditamos que tu és o Salvador prometido. Tu és aquele que vem com o poder de Deus para nos salvar. Pedro em nome dos discípulos está declarando sua fé, sua confiança completa em Jesus. Apesar de reconhecer que Jesus era o Salvador, devido a fraqueza humana, uma vez ou outra, ele foi infiel a Jesus. Todos nós conhecemos muito bem a fraqueza humana. Também nós acreditamos que Jesus é nosso Salvador e Filho de Deus e quantas vezes somos infiéis a Jesus, pecando, virando as costas para o Salvador que tanto nos ama.
Jesus tornou Pedro o chefe da Igreja. Jesus disse a Pedro: “És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que te revelaram, mas sim Meu Pai que está nos Céus. E Eu também te digo a ti: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra ficará ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra ficará desligado nos Céus”. Assim Jesus funda sua Igreja na profissão de fé em Cristo, feita por Pedro. Jesus confia a Pedro a missão de ser o chefe deste novo povo, a Igreja.
Carne e sangue na linguagem bíblica indicam as limitações humanas, fraquezas, imperfeições.
A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves – isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.
As chaves sempre foram um sinal, um símbolo do poder, da autoridade na Igreja. Jesus está nomeando Pedro como seu representante aqui na terra. Pedro deverá ser o centro visível, humano, dessa comunidade de pessoas mantida pela força do Cristo sempre presente. Pedro é a pedra sobre a qual está construída a comunidade de Cristo. Pedro é o ponto de união, o coração humano da comunidade unida na caridade. Tem o poder de decidir, ensinar, dar ordens, enquanto isso for necessário para manter a união dos discípulos de Jesus. Hoje Pedro se faz presente na Igreja na pessoa do Papa, que é o mesmo que pai.
Pedro recebe das mãos de Jesus a missão de ser o primeiro papa, aquele que tem como missão confirmar os irmãos na fé, e a responsabilidade em manter a unidade da fé em Cristo e na Igreja. Pedro ficaria no lugar de Jesus para comandar o grupo dos apóstolos e todos que se convertessem ao cristianismo.  Em nome do Senhor deve ensinar e julgar, isto é, ser porta-voz da vontade de Deus. Jesus simboliza a missão que está dando a Pedro pela entrega das chaves do Reino dos céus. O poder de ligar e desligar indica a autoridade para transmitir a doutrina do Mestre e decidir o que é de acordo ou contrário ao evangelho.
Pedro foi preso diversas vezes por pregar o nome de Jesus e seus milagres. Foi torturado, mas não se intimidava. Tendo retornado para Roma, aí permaneceu até ser martirizado por ordem do imperador. Depois de ser açoitado, foi amarrado numa cruz, no dia 29 de junho, provavelmente no ano 64. Diz a tradição que ele mesmo pediu para ser crucificado de cabeça para baixo por não se achar digno de morrer da mesma forma que Jesus.
Pedro é exemplo para nós. Somos como Pedro, imperfeitos por isso nos identificamos com ele, nos sentimos semelhantes a ele. A vida e a transformação de Pedro nos mostra que também nós podemos nos transformar, que todos nós temos capacidade de crescer e nos fortalecer na fé. Podemos, assim como Pedro, buscar forças nos ensinamentos de Jesus, na Palavra Sagrada e nos Sacramentos, para vencer nossa teimosia, ignorância e limitações, para, seguindo seu exemplo, nos tornarmos mais uma “pedra” a ser colocada na construção do Reino.

SÃO PAULO

Paulo era perseguidor dos cristãos, da igreja primitiva. Mas Jesus escolhe Paulo para ser seu apóstolo. Paulo, de perseguidor dos cristãos torna-se um homem novo, o mais ardente missionário do Evangelho, que irá dedicar o resto da sua vida a Cristo, numa contínua identificação com Ele ao ponto de poder dizer: “Para mim viver é Cristo” (Fl 1-21); “Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.” (Gl 2,20)
Desde aquele momento que Paulo encontrou-se com Jesus começa para ele uma nova etapa da vida, uma grande aventura que o levará por montes, desertos, mares, aldeias e cidades do Mediterrâneo Oriental, e que terminará em Roma com o martírio.
A transformação deste perseguidor zeloso de Jesus Cristo em o defensor chefe do evangelho (1Coríntios 3,10; 1Timóteo1,13) mudaria profundamente o curso da história mundial.
A conversão de São Paulo é uma das mais importantes da história da Igreja. Mostra o poder da graça divina, capaz de transformar Saulo, perseguidor da Igreja, no "Apóstolo Paulo" por excelência, que tem a iniciativa da evangelização dos pagãos. Ele próprio confessa, por diversas vezes, que foi perseguidor implacável das primeiras comunidades cristãs. Por causa disso atribui a si mesmo o título de "o menor entre os Apóstolos" e ainda, de "indigno de ser chamado Apóstolo". Mas Deus, que conhecia a sua retidão, tornou-o testemunha da morte de Santo Estevão, cena descrita nos Atos dos Apóstolos. A visão de Estevão apontando para os céus abertos e Cristo, aí reinando, domina a vida toda de Paulo, o grande missionário do Cristianismo.

Jesus, falando de Paulo, disse a Ananias: “Esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu Nome aos pagãos, os reis e ao povo de Israel”. (At 9,15-17)
Paulo não pode pregar para os cristãos judeus porque foi perseguidor dos cristãos, por isso não acreditavam na sua pregação. Teve que pregar para os pagãos, partir para outras terras, daí ser chamado o Apóstolo dos  Gentios, dos pagãos.
Mas era grande demais o amor por Jesus, e por esse amor estava disposto a enfrentar todas as tribulações, a suportar os piores tormentos, diz Paulo: "Muitas vezes vi a morte de perto. Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites, menos um. Três vezes fui flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei, uma noite e um dia passei no abismo”.
Paulo sempre disposto a anunciar Jesus percorreu a Ásia Menor, atravessou todo o Mediterrâneo em 4 ou 5 viagens. Elaborou uma teologia cristã, que junto dos evangelhos suas epístolas são fontes de todo pensamento, vida e mística cristãs. Além das grandes e contínuas viagens apostólicas e das prisões e sofrimentos por que passou, deve-se a ele, que se auto denomina "servo de cristo", a revelação da mensagem do Salvador, ou seja, as 13 Epístolas ou Cartas. Elas formam como que a Teologia do Novo Testamento, exposta por um Apóstolo.
 Viagens sem conta, exposto a perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte dos próprios concidadãos, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos! Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! Além de outras coisas, o que levava Paulo pra frente era a preocupação cotidiana, a atenção por todas as igrejas!" Isto é, pelas comunidades que ia formando e alimentando-as com suas preciosas cartas. (II Cor 11, 23-28).
Algemado, Paulo é levado de Jerusalém a Roma. Durante a viagem, não perdia a oportunidade de anunciar o Evangelho em todos os lugares por onde passava. Na prisão, São Paulo pregava aos carcereiros e escrevia aos seus discípulos.  O sublime imitador de Jesus Cristo sela seu testemunho com o próprio sangue.
Condenado à morte, Paulo, por ser cidadão romano, não podia, como Pedro, sofrer a pena vergonhosa da crucifixão, mas sim a da decapitação, e esta devia dar-se fora dos muros da cidade. Conduzido por um grupo de soldados arrastaram para fora da cidade até um vale. Ali, entre a vegetação daquela região pantanosa, o sublime imitador de Jesus Cristo selava seu testemunho com o próprio sangue. Sua cabeça, ao cair no solo sob o golpe fatal da espada, saltou três vezes, fazendo brotar em cada um dos pontos uma fonte de água borbulhante. São Paulo Apóstolo, sofreu o martírio em Roma. O ano é incerto, mas deve ter ocorrido entre 64 e 67.
Realmente é admirável sua atividade na propagação da fé. De perseguidor de  Jesus  Cristo fez-se um Apóstolo da Igreja, um missionário, o modelo dos missionários  de todos os tempos. As Epístolas de São Paulo dão-nos uma imagem nítida das suas lutas, dificuldades, provações e tribulações de toda a sorte. Mas em tudo venceu o amor a Jesus, a Jesus crucificado. São Paulo é um gigante no amor ao salvador. "Jesus é minha vida", confessa ele, e para Jesus não havia trabalho que não fizesse, dificuldade que não vencesse. No fim da vida, pôde, em verdade, dizer: "Combati o  bom combate, terminei a carreira e conservei a fé".
Nem a vida nem a morte podiam separar Paulo do amor de Cristo. Por isso, dois mil anos depois do início de sua peregrinação terrena, a monumental obra apostólica deixada por ele continua viva e produzindo abundantes frutos para a Igreja.
É exatamente isso que Jesus espera de cada um de nós. Quer que nos tornemos Pedros, quer ver-nos convertidos em Paulos. Jesus quer ver suas ovelhas apascentadas e quer que façamos das nossas vidas uma carta viva, com exemplos concretos, de como viver o amor.
Para que possamos afirmar a mesma coisa, é preciso que imitemos o grande Apóstolo no imenso amor a  Jesus e à Santa Igreja. É preciso que com ele, sacrifiquemos a nossa carne., demos desprezo ao mundo, tenhamos amor aos nossos irmãos, sejamos castos e  puros, e da nossa vida façamos um hino de louvor a Deus. Assim sendo seremos herdeiros da coroa, que nos dará o justo juiz no dia da recompensa.
Pedro e Paulo em todos os momentos de suas vidas, na tristeza, na tribulação, nas alegrias sempre disseram sentir o amor e proteção de Jesus. Sentiam que Jesus estava junto deles fortalecendo-os, encorajando-os para enfrentarem tudo o que passaram. O amor de Jesus por eles era constante e permanente.

                Oração: Senhor, que possamos como Pedro e Paulo sentir  o grande amor que Cristo tem por cada um de nós. E como eles dizer “nada poderá me separar do amor de Cristo”. Amém!

         ABRAÇOS EM CRISTO!

         MARIA DE LOURDES

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