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terça-feira, 7 de junho de 2016

Evangelhos Dominicais Comentados-Jorge Lorente


12/junho/2016– 11o Domingo do Tempo Comum

Evangelho: (Lc 7, 36-8,3)

(Enquanto Jesus comia na casa de um fariseu, uma mulher pecadora trouxe um vaso feito de alabastro cheio de perfume, se pôs atrás de Jesus, junto aos pés, chorando. Começou a banhar-lhe os pés com as lágrimas e enxugá-los com os seus cabelos; beijava os pés e os ungia com o perfume. Ao ver isso, o fariseu que o tinha convidado ficou pensando: “Se este homem fosse profeta, saberia que esta mulher é uma pecadora”. Jesus então disse a Simão): “Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinqüenta. Como não tivessem com que pagar, perdoou os dois. Quem deles o amará mais?” Simão respondeu: “Suponho que seja aquele a quem perdoou mais”. Disse-lhe Jesus: “Julgaste bem”. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: “Vês esta mulher? Entrei em tua casa e tu não me deste água para lavar os pés. Ela banhou meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Tu não me saudaste com o beijo. Ela, desde que entrei, não parou de me beijar os pés. Tu não me ungiste a cabeça com óleo. Ela me ungiu-me os pés com perfume. Por isso, eu te digo que perdoados lhe são os muitos pecados, porque ela mostrou muito amor. Mas aquele a quem pouco se perdoa, mostra pouco amor”. E Jesus disse à mulher: “Os teus pecados estão perdoados”. Os convidados começaram a se perguntar: “Quem é este que perdoa até os pecados?” E Jesus disse à mulher: “A tua fé te salvou. Vai em paz”!

COMENTÁRIO

Hoje celebramos a misericórdia de Deus para com os pecadores. Como é bom saber que sempre existe esperança para o filho que reconhece suas fraquezas, reconhece os seus erros, que se arrepende, que se aproxima e pede perdão.

Jesus não recusa nenhum convite para entrar nos lares, basta convidá-lo. Foi exatamente isso que fez um fariseu chamado Simão. Ele preparou sua casa, abriu as portas e convidou Jesus para uma refeição. Convidou também “gente graúda”, a elite, a nata da sociedade, outros fariseus, doutores da lei e escribas.

Mesmo sabendo que lá estariam essas pessoas, Jesus não fez nenhum tipo de discriminação, aceitou o convite e lá estava na hora combinada. Simão deve ter vestido sua melhor roupa e devia estar muito honrado e orgulhoso. Afinal estava ali, em sua casa, uma das pessoas mais populares da região.

Poucos tiveram esse privilégio. Milhares de pessoas tentavam aproximar-se de Jesus para, pelo menos, tocar em suas vestes e ele, um fariseu, o estava recebendo em sua casa. Tamanho era seu orgulho, que se esqueceu de saudar o visitante, conforme exigiam os costumes daquela época.

Jesus fez de conta que não percebeu a indelicadeza do anfitrião, não disse nada e só tocou no assunto na hora certa. Lucas nos fala que também compareceu ao jantar uma conhecida pecadora da região.

O que se sabe sobre ela, além de sua vida irregular e pecadora, é que era uma mulher de certa posição social. Seu nome não aparece no texto, porém a tradição popular afirma que se tratava de Maria Madalena.

Naquele tempo as estradas eram poeirentas e, devido ao calor, usavam-se sandálias abertas. Ao receber um hóspede, era costume saudá-lo com o beijo da paz em sinal de amizade, e oferecer água para lavar os pés, além de perfumes. Perfumar a cabeça do convidado era sinal de especial atenção para com o visitante.

Para facilitar nossa reflexão, vamos ressaltar a falha do fariseu. Numa época de leis severas e normas rigorosas, como pôde acontecer tamanha gafe? Jesus, um convidado todo especial, não teve a recepção que merecia e não recebeu nenhuma dessas cortesias. Esse esquecimento do anfitrião é imperdoável!!!

Que nada! Seria imperdoável se o convidado fosse outro. Certamente qualquer pessoa no lugar de Jesus iria sentir-se ofendida e humilhada. Talvez virasse as costas e fosse embora. Não perdoaria uma atitude tão descortês e jamais aceitaria outro convite para retornar àquela casa.  

Para Jesus não existe a palavra imperdoável. Nosso Deus é Amor e Perdão. Faz questão de deixar transparecer seu enorme desejo de perdoar e de estar presente em nossa morada. Sua única exigência para aceitar um novo convite é o arrependimento, é o sincero desejo de não mais pecar.

Jesus não exige cerimonial para se aproximar. Quantas vezes agimos como o fariseu. Para recepcionar Jesus no Natal vestimos a melhor roupa, limpamos e iluminamos a casa inteirinha, preparamos até serviço de “Buffet” com muitos assados, frutas, finas bebidas e presentes. Um número enorme de convidados e um protocolo negligenciado...

Lembramos dos mínimos detalhes, mas esquecemos da presença de Deus, do arrependimento e da reconciliação. Esquecemos de pedir perdão, de abraçá-lo, de beijá-lo e de ungir seus pés com o perfume do verdadeiro amor. Nosso hóspede conhece nossos pensamentos, por isso precisamos viver o amor. O amor leva ao perdão, e o perdão, é a grande prova da existência de Deus.

(1382)     jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br – 12/junho/2016         

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