Dia 04 Agosto de 2015
Evangelho de Mt 14,22-36
Estamos no mês de Agosto, o mês das vocações! Quem vive a sua vocação, encontrou sentido para sua vida!
A vocação nos direciona ao serviço, a sermos construtores de um mundo melhor, na família, na comunidade e na sociedade!
Quando nos colocamos a serviço da vida, já estamos respondendo a nossa vocação, nos posicionando, contrários a qualquer sinal de morte! Jesus nos chama a exercer um determinado serviço, a assumirmos livremente uma missão, quem diz “sim” ao seu chamado, encontra o caminho aberto para desenvolver o dom que Deus lhe deu!
A certeza de que Jesus nunca se distancia de nós, nos encoraja, nos tira das margens, nos faz a avançar sem medo, para águas mais profundas!
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, nos coloca na barca de Jesus, enfrentando os mesmos desafios que os primeiros discípulos enfrentaram quando tomaram a trilha da fé!
A narrativa nos diz, que Jesus, depois da multiplicação dos pães, quando Ele passou para os discípulos a responsabilidade de alimentar uma multidão: “(Dai-lhes vós mesmos de comer”) ensinando-os a partilhar, manda-os entrar na barca e seguirem para outra margem, isto é, para irem ao encontro de outros povos. Podemos dizer que Jesus, já estava preparando os discípulos para caminharem sem a sua presença física. Até então, eles eram totalmente dependentes da presença física de Jesus, não sabiam dar um passo sequer sem Ele, o que não poderia continuar, já que após a volta de Jesus para o Pai, seriam eles, os responsáveis em estar no comando da sua barca.
Em obediência a Jesus, os discípulos entram na barca e seguem sozinhos mar à dentro. Mas Jesus, assim como os pais observam seus filhos nos seus primeiros passos, observa-os de longe, sem os perder de vista! Jesus vê, quando eles são surpreendidos pelos ventos contrários em alto mar e vai ao encontro deles, andando sobre as águas.
Tomados pelo medo, os discípulos não o reconhece e mesmo Jesus tendo dito: “Coragem!” “Sou eu” Eles continuam apreensivos. Pedro exigiu-lhe uma prova: “ Senhor, se és tu, manda-me ir a teu encontro caminhando sobre as águas.” Pedro, desce da barca e começa a andar sobre as águas. Sentindo-se inseguro, imediatamente recorre a Jesus: “Senhor Salva-me”. E Jesus, estendendo a mão, segura Pedro. A partir de então houve uma calmaria, os ventos cessaram e os discípulos prostraram diante de Jesus dizendo: Verdadeiramente tu és o Filho de Deus!”
Com sua insegurança, Pedro demonstrou que ainda dependia da presença física de Jesus, ele ainda não tinha uma fé suficiente madura para entender que até mesmo à distancia, Jesus o salvaria, como curou o empregado de um soldado romano, à distancia. (Lc 7,6-7)
Assim como Pedro vacilou várias vezes na fé, nós também vacilamos, mas o importante, é fazer como Pedro: exercitar a fé, buscando Jesus! A fé é uma construção, que se desenvolve através de um processo lento, que vai se solidificando à medida em que buscamos Jesus.
O texto chama a nossa atenção para a essencialidade da fé! Sem uma fé firme, com raízes profundas, não tem como vivermos bem a nossa vocação, afinal, a vocação é um exercício da fé.
Assim como os discípulos tiveram dificuldades em atravessar para outra margem, nós também temos dificuldades em atravessar o mares impetuosos do nosso interior, para chegar ao outro!
Quando somos surpreendidos pelas ondas do mar revolto e ficamos a - deriva, podemos ter a certeza de que Jesus virá ao nosso encontro! Ele não virá na mesma roupagem, que Ele foi ao encontro dos discípulos, hoje, Ele vem até a nós, escondido no coração de alguém. Mas o que importa, não é como Jesus chega até a nós, o importante é que Ele chega, é que Ele vem nos salvar!
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