Domingo, 09 de agosto de 2015
EVANGELHO 6, 41-51
Uma grande multidão seguia Jesus por causa dos milagres que Ele
realizava e também porque gostava de escutar suas palavras, seus ensinamentos.
Jesus teve compaixão daquele povo que o seguia sem comer, por isso
Ele multiplicou os pães e peixes e deu para todos comerem à vontade e ainda
sobrou.
Depois
da multiplicação dos pães, o povo ficou enlouquecido, fascinado por Jesus, não
pelas suas palavras, ensinamentos, mas pela facilidade de receber
milagrosamente o pão de cada dia, sem trabalho, sem esforço.
Diante do prodígio realizado por Jesus, o povo queria elegê-lo Rei
à força, por isso, Jesus se retira sozinho para o monte. (Jesus já havia falado
várias vezes: O meu Reino não é desse mundo, mas o povo não tinha entendido
ainda).
O povo não entendeu o
significado do milagre. Jesus multiplicou o pão por compaixão, para que eles
enxergassem o imenso amor que Deus tem por cada um. Que só um Deus teria esse
poder. Mas a multidão não chegou entender que Jesus era o Messias esperado a
séculos.
A multidão tinha interesse pelo pão material, comer sem
dificuldades, sem ter que suar a camisa. E por outro lado poderia usar Jesus
para seus fins políticos, expulsar do seu território seus dominadores, os
romanos. Jesus percebe o interesse do povo no bem terreno e político, por isso
ele se afasta, se retira sozinho para o monte.
O
povo chegou pedir para Jesus: “Senhor, dá-nos sempre desse pão!”, revelando
assim o estado de preguiça, de quem só quer receber – “dá-nos!” Mas Jesus se declara: “Eu
sou o pão da vida”, colocando-se em pé de igualdade com Deus, assim provoca
as pessoas a agir e aderir a Ele.
Jesus se apresenta como o pão vivo descido do céu. Isso provoca a
ira dos judeus, pois eles afirmavam que conheciam a sua família e por isso não
acreditavam que ele poderia ter descido do céu.
Jesus
revela que Ele e o Pai são apenas um. Deus já deu o pão, o dom-presente. Deus é
pão em Jesus. Não precisa mais pedir. Indo
a Jesus e crendo nele as pessoas
participam dessa unidade e comunhão entre o Pai e o Filho.
Hoje,
somos convidados a reconhecer Jesus como o pão
vivo descido do céu e com ele comungar. Quem comer deste pão nunca mais
terá fome. Comer significa “assimilar”:
assimilar Cristo em nossa vida, de modo a viver e a amar do jeito dele.
Quando
comungamos o Corpo de Cristo, estamos comendo o corpo de Jesus, assimilando
Jesus que é perdão, justiça, solidariedade, partilha, amor,
generosidade... Comungar é assimilar
Cristo, é assimilar o perdão, a justiça, a solidariedade, a partilha, o amor, e
através dos nossos gestos, das nossas atitudes nós temos que demonstrar isso.
Quem comunga tem que se empenhar em transformar a si e ao mundo, em ter
relações fraternas, só assim não existirá excluídos, famintos e miseráveis. A
Eucaristia é partilha. Deus se dá todo a nós, a fim de que também nós possamos
nos dar, partilhar o que temos totalmente com os irmãos.
A
partilha é uma ordem da Nova Aliança é compromisso comunitário. Ao receber
Jesus na Eucaristia nós temos que nos
tornar um outro Cristo para nossos irmãos. Temos que seguir seus
ensinamentos, suas pegadas. “Amar a todos como Ele amou”. Todos que comungam
devem refletir Cristo em todos os lugares onde estiver: em casa, na família, no
trabalho, no lazer, na rua, no bar, nas festas... Quem comunga deve se sentir
comprometido com o plano de Jesus, de instalar aqui na terra o seu REINO DE
AMOR para que a dignidade humana seja respeitada e não mais exista fome,
desemprego, violência, corrupção, exploração, mas exista mais vida, saúde, paz,
união, fraternidade entre todos.
Nós precisamos de alimento para o nosso
corpo para ficarmos de pé, fortes, firmes, mas esse alimento não nos livra da morte
eterna. O
alimento por excelência para a nossa alma é o Corpo de Cristo, o pão descido do céu, ele
sim nos livrará da morte eterna. Nos tornará vivos para sempre. Alimento
para nos dar forças nas dificuldades e tribulações, coragem, esperança, ânimo
na nossa caminhada de filhos de Deus. É a Eucaristia que nos fortalece,
encoraja, consola, nos leva a perfeição. Todos devemos buscar Jesus Eucarístico
para saber o que fazer e ter força para realizar bem.
É bom que estejamos preparados para receber este pão vivo. E estar
preparado é não ter cometido pecado mortal. Se o fizermos, precisamos procurar
o sacerdote para nos absolver, para nos perdoar. O sacerdote recebeu o poder de
perdoar do próprio Jesus, que disse aos primeiros apóstolos: "Aqueles a
quem vocês perdoarem serão perdoados..."
Vamos
ser apaixonados pela Eucaristia, nela encontraremos o discernimento que
precisamos para distinguir o bem do mal, o certo do errado, a verdade da
mentira. A
Eucaristia é mistério de fé e de amor, mas também é mistério de luz. É ela que
ilumina a nossa inteligência e o nosso coração, para entendermos e abraçarmos
com amor o verdadeiro sentido de nossa vida: dar a vida por amor. A vivência e
o testemunho da Eucaristia é que fará do mundo, um mundo de irmãos e amigos. A
Eucaristia é o que a Igreja tem de mais precioso no seu caminho ao longo da
história.
Nesse
Evangelho Jesus nos faz um convite à comunhão, para termos vida plena. Comungar
do seu Corpo e Sangue, mas também comungar sua Palavra, colocando-a em prática
no dia a dia, mesmo que sejamos incompreendidos, caluniados e perseguidos.
Jesus deu sua vida, partilhou-a com a
humanidade inteira, se deu em alimento para que nós também partilhemos a nossa
vida com os nossos irmãos e nos alimentemos deste pão descido do céu para nos
fortalecer e nos santificar nesta caminhada no nosso dia a dia.
Jesus ao dizer que
Ele é o pão descido do céu, estaria preparando os seus ouvintes para a
instituição da Eucaristia, a qual foi realizada no dia da última ceia com seus
discípulos.
Hoje, como
naqueles dias após a última ceia, nós também comemos o corpo de Cristo, o pão
vivo descido do céu, na hora da comunhão, porque o sacerdote recebeu de Cristo
o poder de transformar o pão e o vinho em seu corpo e seu sangue para o
alimento da nossa alma. Para nos fortificar na fé, para nos dar forças contra o
mal, contra as tentações, contra os nossos vícios que nos arrastam para o
pecado.
Quando participamos da missa devemos nos sentir participantes da
última Ceia de Jesus. Imagina na hora da consagração você sentado naquela mesa
junto de Jesus, porque é ele que está consagrando o pão e o vinho. O sacerdote
é o instrumento de Jesus.
Meus irmãos amados, faz tempo que vocês não pedem perdão a Jesus,
faz tempo que vocês não buscam o sacramento da confissão e da Eucaristia? Vamos
neste momento com bastante amor e arrependimento de coração, pedir perdão a
Jesus:
- Meu Jesus, crucificado por minha culpa estou muito arrependido
por ter feito pecado, pois ofendi a vós, que sois tão bom, e mereci ser
castigado neste mundo e no outro, mas perdoai-me, Senhor, não quero mais pecar.
Amém!
- Agora nós vamos fazer uma comunhão espiritual com bastante fé e
amor por Jesus que deu sua vida por nós. Com os olhos da fé você poderá sentir
profundamente Jesus, O pão vivo que desceu do céu, entrar no seu coração para
te dar ânimo, coragem para enfrentar as dificuldades da vida.
Meu Jesus, cu creio que estás presente no santíssimo sacramento da
Eucaristia com seu corpo, sangue, alma e divindade. Como não posso recebê-lo
agora sacramentalmente, peço que venhas espiritualmente em meu coração. E como já tivesse vindo, eu vos abraço e me
uno todo a vós. Não quero mais me separar de vós! Fica comigo Senhor! Jesus eu te amo! Jesus,
eu confio em vós! Amém!
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
Maria de Lourdes; bela reflexão. Que Deus continue te abençoando.
ResponderExcluirMaria de Lourdes; bela reflexão. Que Deus continue te abençoando.
ResponderExcluirMaria de Lourdes; bela reflexão. Que Deus continue te abençoando.
ResponderExcluirMaria de Lourdes; bela reflexão. Que Deus continue te abençoando.
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