Terça-feira, 4 de
Agosto de 2015
Números 12,1-13: Não é como os outros profetas
Salmo 50: Misericórdia, Senhor, pois pecamos
Mateus 14,22-36: Ânimo, sou eu! Não temais!
22Logo depois, Jesus obrigou seus discípulos a
entrar na barca e a passar antes dele para a outra margem, enquanto ele
despedia a multidão.23Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E,
chegando a noite, estava lá sozinho.24Entretanto, já a boa distância da margem,
a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.25Pela quarta
vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar.26Quando os
discípulos o perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: É um
fantasma! disseram eles, soltando gritos de terror.27Mas Jesus logo lhes disse:
Tranqüilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo!28Pedro tomou a palavra e falou:
Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti!29Ele disse-lhe:
Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus.30Mas,
redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou:
Senhor, salva-me!31No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe
disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste?32Apenas tinham subido para a
barca, o vento cessou.33Então aqueles que estavam na barca prostraram-se diante
dele e disseram: Tu és verdadeiramente o Filho de Deus.34E, tendo atravessado,
chegaram a Genesaré.35As pessoas do lugar o reconheceram e mandaram anunciar
por todos os arredores. Apresentaram-lhe, então, todos os doentes,36rogando-lhe
que ao menos deixasse tocar na orla de sua veste. E, todos aqueles que nele
tocaram, foram curados.
Comentário
Se nos atemos ao sinal meditado ontem –
da multiplicação dos pães, dos quais todos comeram e ainda sobrou – como uma
das consequências necessárias da transformação pessoal e comunitária gerada
pelo evangelho, devemos aceitar também este outro sinal: o de Jesus que se une
a seus discípulos, de noite, caminhando sobre a água. É um acontecimento que
está em relação direta com a experiência de vida da comunidade. Aceitar o
evangelho, tomar consciência das transformações que as mudanças implicam, isto
é relativamente fácil e chamativo, porém, fazer da transformação um caminho de vida,
é bem mais difícil, e aí geralmente o discípulo ou o crente atual começa a
desanimar. Eis a imagem de Pedro, que com grande facilidade e coragem dá alguns
passos sobre a água, porém logo começa a afundar. Também os cristãos atuais e
nossas comunidades cristãs estão bem representadas nessa passagem. Haverá
consciência do desânimo em que vivemos? Nossa passividade e comodismo de viver
a fé e o compromisso cristão não necessitam do auxílio de Jesus?
Nenhum comentário:
Postar um comentário