11 DE MARÇO
Quarta-feira,
11 de Março de 2015
Euglogio,
Eutimio
Deuteronômio
4,1.5-9: Pongan por obra los mandatos
Salmo
147: Glorifica al Señor, Jerusalén
Mt
5,17-19: No vine para abolir, sino para cumplir
17 Não julgueis que vim abolir a lei ou
os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. 18 Pois
em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um
traço da lei. 19 Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e
ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele
que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus.
COMENTÁRIO
Jesus expressa com muita sabedoria o
verdadeiro sentido da Lei e seu cumprimento, que não se trata da imposição
incoerente dos mestres da lei. Para Jesus a lei tem sentido enquanto é parte da
consciência histórica de libertação, de fidelidade ao projeto de Deus e de
acompanhamento amoroso de Deus ao povo. Nesse sentido, acolher a lei e
colocá-la em prática não pode ser uma imposição, mas fruto da convicção da
participação no projeto de Deus. No contexto no qual viveram Jesus e seus
discípulos, a lei se havia convertido em recurso dos poderosos para controlar o
povo; seu sentido se havia mudado por completo: da fidelidade a Deus havia
passado à obediência às estruturas terrenas e corruptas; do ensinamento para a
unidade e do fortalecimento da identidade se havia passado ao conhecimento para
não cair na desgraça ante as multas e sacrifícios que representavam o
aniquilamento econômico dos pobres.
Estamos em tempo de quaresma e nossos
sentidos estão dispostos a revisar em profundidade as atitudes e comportamentos
que regem nossa vida. Não somos bons cristãos somente pelo conhecimento das
doutrinas, nem somos bons cidadãos somente pelo conhecimento das leis civis; é
necessário encontrar o sentido último destas legislações para evidenciar uma
convivência mais fraterna, que se funda na transparência, na solidariedade e na
justiça.
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