08- DOMINGO - Evangelho
- Jo 2,13-25
Destruí
este templo, e em três dias eu o levantarei.
Este
Evangelho narra a expulsão dos vendilhões do Templo. O gesto de Jesus, de
expulsar aquele pessoal que estava transformando a casa de Deus em local de
comércio, mostra o seu amor a Deus Pai e o zelo em proteger as coisas mais
ligadas a ele. Daí a lembrança dos discípulos, da frase que está no Salmo
69,10: "O zelo por tua casa me consumirá". Jesus tomou uma atitude
radical – pegar um chicote – que não era seu costume. Fez isso devido ao seu
zelo pela casa de Deus.
Nós
precisamos zelar pelo bom ambiente da nossa igreja ou capela. Que tudo favoreça
a oração: o silêncio, a limpeza, boa ornamentação e decoração... Através desse
zelo manifestamos o nosso amor a Deus.
“Estava
próxima a Páscoa dos judeus.” É assim que o evangelista João começa a narrar a
cena, para nos lembrar que a morte de Jesus aconteceria naquela Páscoa. Jesus
foi corajoso; mesmo sabendo do perigo que corria, defendeu com energia a Casa
de Deus.
O
dinheiro quer dominar a nossa vida e toda a sociedade. É o deus dinheiro que
milhões de pessoas adoram. Que isso não aconteça dentro da nossa igreja ou
capela!
“Destruí
este templo, e em três dias eu o levantarei... Jesus estava falando do Templo
do seu corpo.” O novo Templo de Deus é Jesus, em seu corpo sagrado. A Igreja é
o Corpo vivo de Cristo presente hoje na terra. O nosso corpo é também, a partir
do nosso batismo, tornou-se templo de Deus: “Acaso não sabeis que sois templo de
Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de
Deus, Deus o destruirá, pois o templo de Deus é santo, e esse templo sois vós”
(1Cor 3,16-17). Muitos têm o belo costume de fazer o sinal da cruz quando
passam na frente de uma igreja. Mas o corpo de uma pessoa batizada é um templo
muito mais sagrado que a construção de tijolos e cimento. Já imaginou se
fizéssemos o sinal da cruz cada vez que passamos na frente de uma pessoa
batizada? Isso nem é possível. Mas respeitar o próprio corpo e o dos outros é
possível.
Mas
o pecado nos leva a não zelar da nossa igreja ou capela a não respeitar o corpo
vivo de Cristo.
E
mais na frente, S. Paulo fala: “Como o corpo é um, embora tenha muitos membros,
e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo,
assim também acontece com Cristo. De tato, todos nós, judeus ou gregos,
escravos ou livres, fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só
corpo... Vós todos sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse
corpo” (1Cor 12,12-13.27).
É
importante zelar pela Igreja viva, que é a Comunidade cristã, porque ela é o
referencial de caminho, verdade e vida para o povo, mesmo para os que não a
freqüentam. “Se o sal perde seu sabor, com que se salgará?” (Mt 5,13).
Havia
uma controvérsia: os samaritanos diziam que o lugar do verdadeiro culto a Deus
era o monte Garizin, e os judeus diziam que era o templo de Jeruzalém. Na
conversa com a samaritana, Jesus responde que não nem um nem outro: “Os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade” (Jo 4,23). Deus,
que é espírito e vida, quer um culto que seja adoração em espírito e verdade,
sem vinculação a lugar ou espaço físico. Foi por isso que, quando Jesus morreu,
o véu do Templo se rasgou (Cf Lc 23,45).
Os
primeiros cristãos não tinham templos, porque estavam conscientes de que o
verdadeiro templo é a Assembléia (Ekklesía em grego) dos cristãos reunidos.
Mais tarde, os cristãos perceberam que é necessária uma casa de oração, mas sem
esquecer que devemos transformar a vida em culto e o culto em vida.
Certa
vez, uma catequista estava falando para as crianças sobre o céu. E perguntou
para elas onde fica o céu. Um menino de nove anos disse: “Eu sei onde fica o
céu”. Todos olharam para ele curiosos.
A
catequista perguntou: “Onde fica?” O menino respondeu: “O céu fica numa casa
amarela, que tem um portão de ferro e um jardim na frente”.
“Quem
que mora nesta casa amarela?” indagou a catequista. O garotinho estranhou a
pergunta e disse: “Ora! Eu, minha mãe, meu pai, meus irmãos, tem também um gato
e um cachorrinho!”
“Por
quê” – insistiu a catequista – “a sua casa é o céu?” O menino disse: “É porque
eu sempre escuto a minha mãe falar: A nossa casa é um céu!”
Vamos
fazer da nossa casa uma Igreja doméstica, um templo vivo de Deus. Assim ela
será uma antecipação do céu.
A
cor amarela representa o ouro. Maria Santíssima, na Ladainha, é chamada de Casa
de Ouro, porque o seu seio abrigou o Rei do universo, que é representado pelo
ouro, o rei dos metais. Que ela nos ajude a zelar pela nossa igreja ou capela.
Destruí
este templo, e em três dias eu o levantarei.
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