III DOMINGO DA QUARESMA 08/03/2015
SEGUNDA FEIRA DA II SEMANA DA
QUARESMA 02/03/2015
1ª Leitura Daniel 9, 4b- 10
Salmo 102/103,10ª “Não nos trata
segundo nossos pecados”
Evangelho Lucas 6, 36-38
"A nossa medida para com os
outros"
Um lugar onde podemos ver e
comprovar como nós não somos Misericordiosos como o Pai, éno trânsito. Não
adianta fingir que não é com a gente, todos somos assim, olhamos para os outros
condutores de veículos com extremo rigorismo, mas quando nos olhamos ao volante,
sempre amenizamos ao máximo nossas falhas. Sempre vamos ter razões de sobra
para justificar o nosso erro, cometido em uma ultrapassagem perigosa, em um
excesso de velocidade, em uma fechada que demos no outro, ou em qualquer norma
de segurança que quebramos, nós temos necessidade e justificativa para falar ao
celular no volante, mas se flagramos o outro, dirigindo desatentamente por
estar falando ao celular, rapidamente o condenamos.
O trânsito é só um exemplo bem
concreto de que, a nossa medida com o próximo é bem pequena e miserável. O que
nos falta é exatamente aquilo que em Deus é sempre abundante e eterna: a
Misericórdia! Mas esse comportamento anti cristão não é só pessoal, mas tudo e
todos que nos rodeiam na Família e na comunidade, amenizamos os erros e
pecados, abrandamos o impacto da ação ou do escândalo, se o fato ocorreu com um
filho ou filha, ou um irmão da nossa igreja, mas se for com o Filho ou a Filha
do outro, que não é parente e nem membro do nosso grupo da Igreja, ah meu
irmão, olhamos com uma lupa de aumento e apregoamos aos quatro cantos o pecado
escalabroso que tal pessoa cometeu.
Misericórdia é acolher o outro em
nosso coração, e o Judeu tem um significado ainda mais bonito, é acolher o
outro em nosso útero, para dar-lhe uma vida nova com o nosso amor, é também
sermos solidários com a miséria do outro, caminhar junto, sorrire chorar junto
e foi essa misericórdia do PAI , que Jesus manifestou por todos nós.
Não julgar, não condenar, perdoar,
dar e acolher, são palavras chaves do evangelho, colocadas como prática cristã
em nossa relação com o próximo no dia a dia. E o próximo são todas aquelas
pessoas que passam por nós na rua, no Banco, na Feira Livre, no ônibus, na
escola, no trabalho, na política, no futebol, na torcida. Na comunidade somos
capazes de disfarçar a nossa raiva, impaciência e intolerância com o outro, mas
fora da Igreja somos quem somos, e é exatamente nesses lugares e ambientes que
nos relacionamos com as pessoas.
O evangelho traz uma exortação
final muito séria, se a nossa medida com o próximo ( com todas as pessoas com
quem cruzamos em nosso dia a dia, não é só com o irmãozinho da comunidade...)
não for larga, cheia e generosa, Deus também nos olhará com rigorismo e não
vamos poder contar com a sua bondade e misericórdia sem limites. Isso porque
estamos deturpando a imagem, de Deus para o irmão.
E fica aqui, no final da reflexão
uma boa pergunta: as pessoas comquem convivemos, acreditam em um Deus amoroso e
misericordioso, ou em um Deus intolerante e implacável? Sea resposta for
negativa, é bom não nos esquecer que essas pessoa simplesmente refletem a
imagem de Deus que a ela passamos com a nossa conduta....(Diácono José da Cruz
– Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br
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