13 de maio - Evangelho - Jo 10,22-30
Estamos diante do diálogo com os judeus. E é fácil perceber o conflito
entre a sinagoga e as comunidades cristãs no tempo em que João escreve o seu
Evangelho. A sinagoga, tentando reencontrar sua rígida identidade, decidira
expulsar os judeus que aderiram à fé em Jesus. Procurava demover os cristãos
inseguros, alegando-lhes que ele não era o Messias, o Cristo. Contudo, João
mostra que a fé em Jesus deve ser mantida tendo em vista as suas obras de amor.
As palavras dele ecoam nas comunidades e os discípulos devem segui-lo. É ele
quem dá a vida eterna e seu Pai guarda de maneira segura seus discípulos. A
agressividade dos adversários estava já se tornando perigosa e se manifestava
ameaçadora quando Jesus falou abertamente sobre sua identidade, ser o Filho de
Deus. Sobretudo quando diz: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem então
sabereis que EU SOU” (Jo 8,28). “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu Dia.
Ele o viu e encheu-se de alegria” “Antes que Abraão nascesse EU SOU” (v. 56 e
56) e finalmente: “Eu e o Pai somos um”. Esta última afirmação foi a que
procurou mais irritação com a ameaça de O querem matar: “Os judeus, outra vez,
apanharam pedras para lapidá-lo”; ainda mais forte esta irritação quando Jesus
ressuscitou: “Então a partir desse dia resolveram matá-lo”. Jesus é um personagem incômodo, ontem,
hoje e sempre. A motivação desta incomodidade é que Jesus fala, diz a verdade,
e a verdade é exigente, interessa a vida e incide sobre o comportamento humano.
Qual verdade? Jesus é o Filho de Deus, sua identidade é divina, conceito ou
melhor, evento que se torna difícil aceitar por o homem racional e que não se
abre a transcendência. Quando Jesus disse: “EU SOU”, igualando-se a Deus;
quando disse: “Aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo dizeis:
‘Blasfêmias! ’, porque disse: Sou Filho de Deus!”, declarando-se Filho de Deus;
quando a pergunta do Chefe do Sinédrio És tu o Messias, o Filho de Deus
Bendito? Jesus respondeu: “Eu sou”, afirmando que o Messias é o Filho de Deus,
o mundo religioso judaico, com seus chefes, pareceu acabar por causa de um
terremoto tal, que provocou nos detentores o pânico total de perder o poder
religioso e político, seu estado social e familiar. A reação foi decisiva, a
morte.
Jesus provoca terremotos também hoje,
nas pessoas e nos povos, enfrentando-se com as ideologias e o pensamento
moderno e pós-moderno, na sociedade com suas denúncias contra o permissivismo e
relativismo, com seus fortes chamamentos a reconhecer a dignidade do homem,
feito à imagem e semelhança de Deus e redimido por Jesus Cristo, Salvador e
Redentor. É preciso que você e eu sejamos como João e anunciemos Jesus seja a
que custo for. Pois Ele é o único que nos pode salvar.
Pai, dá-me um coração de discípulo que
se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para
reconhecer sua condição de Messias de Deus.
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