12 de Junho de 2019
Evangelho-Mt 5,17-19
Quando Jesus não respeitava certos
preceitos inventados pelos doutores da Lei, como por exemplo, o exagero do
cumprimento da lei do sábado, muitos, principalmente os fariseus, o criticavam
dizendo que Ele veio abolir a Lei.
Em resposta, Jesus afirma que Ele
não veio para abolir a Lei, pelo contrário, Ele veio para dar-lhe o pleno
cumprimento.
Os judeus acrescentaram à Lei de
Moisés, mais de 600 preceitos, muitos deles estéreis, outros para garantir os
seus privilégios, como por exemplo, e exagero do sacrifício dos animais no
Templo. Animais esses, que eram comprados nas propriedades rurais, ou fazendas
dos saduceus.
Os líderes judaicos estavam
embebidos da Lei, muito perto dela porém, muito longe de Deus, pois ignoravam o
sofrimento dos pobres, eles não praticavam a caridade.
Jesus, veio mostrar que todos os
mandamentos incluindo os preceitos inventados por eles, podem ser resumidos em
apenas dois: Amor a Deus e amor ao próximo.
Agora é o mandamento do amor.
Pecamos quando não agimos com amor. E todos nós somos Igreja, e devemos ter um
só pensamento. o pensamento de Cristo.
Desse modo, o amor da Igreja pelos
pobres faz parte de sua tradição constante, e inspira-se no Evangelho das
bem-aventuranças, na pobreza de Jesus e em sua atenção aos
pobres. O amor aos pobres é também um dos motivos do dever de trabalhar, para
se ter o que partilhar com quem tiver necessidade. Não se estende apenas à
pobreza material, mas também às numerosas formas de pobreza cultural e
religiosa.
A
situação de miséria em que vive grande parcela da humanidade, sob suas
múltiplas formas: De extrema privação material, opressão injusta, enfermidades
físicas e psíquicas e, por fim, a morte, tudo isso mostra que a miséria humana
tem como causa principal, a má distribuição da renda, e por tanto, cabe aos
governantes promover a geração de empregos, pois só dessa forma, a economia
será acionada, fazendo gerar recursos para a sobrevivência de todos. Tanto dos pobres,
quanto dos ricos. A Igreja, ao mesmo tempo que promove a salvação daqueles que aceitam o Evangelho, também tem a missão de promover, e estimular a prática da justiça na sociedade. E esse é um dever de cada um de nós, pois somos todos Igreja.
O sofrimento dos fracos atrai a compaixão de Cristo o Salvador, que quis assumi-la sobre si, identificando-se com os mais pequeninos entre seus irmãos. E nós, seguidores de Cristo, não podemos agir de modo diferente. Assim, todos aqueles que formam a Igreja de Cristo, devem ter um amor preferencial pelos pobres, assim como o fez Jesus.
Diante daquela fúria obcecada
pela Lei, vivida pelos líderes judaicos, Jesus fez da caridade o novo
mandamento. Amando os seus até o fim.
Ele manifesta o amor do Pai que Ele recebeu. Amando-se uns aos outros, os
discípulos imitam o amor de Jesus que eles também receberam. Por isso diz
Jesus: "Assim como o Pai me amou,
também eu vos amei. Permanecei em meu amor". E ainda: "Este é o meu preceito: Amai-vos uns
aos outros como eu vos amei". Ora, com estas palavras, Jesus quis dizer aos discípulos e a nós, que a Lei do Amor é superior ao simples cumprimento da Lei. Cumprir por cumprir, sem fazer a vontade do Pai. Assim como nem toda lei é justa, as leis ou preceitos criados pelos saduceus e acrescentados à Lei de Moisés, não eram justos, mais sim visavam somente a manutenção dos seus privilégios. |
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Jesus conheceu-nos e amou-nos a
todos durante sua Vida, sua Agonia e Paixão e entregou-se por todos e cada um
de nós: "O Filho de Deus amou-me e
entregou-se por mim" (Gl 2,20). A compaixão de Cristo para com os doentes e suas numerosas curas de enfermos de todo tipo são um sinal evidente de que Deus visitou o seu povo e de que o Reino de Deus está bem próximo. Jesus não só tem poder de curar, mas também de perdoar os pecados: ele veio curar o homem inteiro, alma e corpo; é o médico de que necessitam os doentes do corpo e da alma. Sua compaixão para com todos aqueles que sofrem é tão grande que ele se identifica com eles: "Estive doente e me visitastes" Tenha um bom dia. José Salviano |
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