11 de Junho de 2019
Evangelho-Mt 10,7-13
Jesus ao enviar os discípulos para
pastorear o seu rebanho, recomendou-lhes que não levassem nenhuma bagagem pelo
caminho, pois o trabalhador, o pastor, tem direito ao seu sustento.
Isso que Jesus disse significa o
voto de pobreza que todo pastor deve fazer, ao começar a sua missão. Desse
modo, jamais um pastor deveria se enriquecer recolhendo dinheiro dos fracos.
Pois a sua missão é uma tarefa de sacerdócio sem nenhum fim lucrativo.
Jesus proibiu os discípulos a não
fazer o anúncio da Boa Nova, visando lucro. Deu-lhes o poder de cura, porém,
sem a pretensão de receber nada em troca. Pois de graça
recebestes, de graça devereis dar. Eles receberam o dom da cura de graça. Não teria nenhum sentido, eles
cobrarem para fazer uma cura.
Sabemos que o décimo mandamento proíbe a avidez e o desejo de uma
apropriação desmedida dos bens terrenos; proíbe a cupidez desmedida nascida da
paixão imoderada das riquezas e de seu poder. Proíbe ainda o desejo de cometer
uma injustiça pela qual se prejudicaria o próximo em seus bens temporais.Quando a Lei nos diz: "Não cobiçarás", ordena-nos, em outros termos, que afastemos nossos desejos de tudo aquilo que não nos pertence. Pois a sede dos bens do próximo é imensa, infinita e nunca será saciada.
O desejo de cada vez mais dinheiro, é um idolatria. A idolatria não diz respeito somente aos falsos cultos do paganismo, ao culto de imagens. Ela é uma tentação constante da fé. IDOLATRIA, PORTANTO, CONSISTE EM DIVINIZAR O QUE NÃO É DEUS. Existe idolatria quando o homem presta honra e veneração a uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demônios (por exemplo, o satanismo), pois, por incrível que possa parecer, tem gente que adora o demônio!
Existe ainda a idolatria do poder político, do prazer, da raça, dos antepassados, do dinheiro etc. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro, diz Jesus (Mt 6,24). A idolatria nega o senhorio exclusivo de Deus; é, portanto, incompatível com a comunhão divina.
Uma prática de vida que faz do lucro a regra exclusiva e o fim último da atividade humana e econômica é moralmente inaceitável. O apetite desordenado pelo dinheiro não deixa de produzir seus efeitos perversos. Ele é uma das causas dos numerosos conflitos causadores de injustiças e que perturbam a ordem social.
Um sistema que sacrifica os direitos fundamentais das pessoas e dos grupos à organização coletiva da produção é contrário à dignidade do homem. Toda prática que reduz as pessoas a não serem mais que meros meios que têm em vista o lucro escraviza o homem, conduz a idolatria do dinheiro e contribui para difundir o ateísmo. Não podeis servir ao mesmo tempo a Deus e ao dinheiro. E todo missionário deve ter em mente estas palavras do Mestre, ou não é um pastor de verdade.
Tem gente por aí exigindo dinheiro para anunciar a palavra. Só que de palavra mesmo não se vê nada. A preocupação mesmo é com dinheiro.
Exigir dinheiro dos irmãos e irmãs, em troca da salvação eterna! Que absurdo! Como Deus está vendo isso? Como se a salvação fosse um objeto ou ato comercial, baseado num toma lá dá cá, como o é na política entre os mortais!
É pecado tirar dinheiro de quem tem pouco. Pelo contrário, aos necessitados, devemos ajudar. Pois o que nos sobra é o que lhes falta.
Jesus disse que nunca deixará de haver pobres na terra; é por isso que eu te ordeno: abre a mão em favor de teu irmão que é humilhado e pobre em tua terra" (Dt 15,11). Do mesmo modo, Jesus fez suas essas palavras, veja o que Ele disse:
Sempre tereis pobres convosco; mas a mim nem sempre tereis (Jo 12,8). Dessa forma, ele não deixa caducar a veemência dos oráculos antigos contra aqueles que "compram o fraco com prata e o indigente por um par de sandálias..." (Am 8,6), mas Ele nos convida a reconhecer sua presença nos pobres, que são seus irmãos: Jesus afirmou que na pessoa do mendigo está a sua pessoa. Assim, quando ajudamos aos pobres e doentes, é a Jesus que ajudamos. E isso foi o que Ele disse. Por isso não devemos parar de servir os irmãs e irmãos necessitados, porque neles é a Jesus que servimos.
O que fazem hoje negociando a palavra, ou seja, cobrando dos irmãos ingênuos por orações, pela garantia da salvação, é uma verdadeira SIMONIA.
A Simonia é definida como a compra ou a venda de realidades espirituais, ou de cargos espirituais. Isso é impossível pois com o dinheiro não se compra o dom de Deus. É um pecado pagar por curas mentirosas, ou comprar a salvação eterna como se dizem por aí, para tirar o dinheiro do pobres.
Pois De graça recebestes, de graça devereis dar.
Tenha um bom dia. José Salviano.
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