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domingo, 9 de junho de 2019

-Não cometerás adultério- Mt 5,27-32--José Salviano.


14 de Junho de 2019

Evangelho-Mt 5,27-32

 


Antes de cometer um pecado na prática, nós já o cometemos dentro de nós, na nossa mente. Tudo tem início nos nossos pensamentos e desejos. Precisamos monitorar as nossas inclinações, os nossos instintos, para não desejar a mulher do próximo. Ela é formosa, beleza, mas é do próximo. Não nos pertence nem poderá pertencer. Do mesmo modo, não podemos cobiçar a casa, o carro do nosso irmão. Até podemos admirar a beleza dos pertences do nosso irmão, porém, planejar adquiri-los, é pecado grave.

Desse modo, podemos distinguir os pecados segundo seu objeto, como em todo ato humano, ou segundo as virtudes a que se opõem, por excesso ou por defeito, ou segundo os mandamentos que eles contrariam. Pode-se também classificá-los conforme dizem respeito a Deus, ao próximo ou a si mesmo; pode-se dividi-los em pecados espirituais e carnais, ou ainda em pecados por pensamento, palavra, ação ou omissão. A raiz do pecado está na nossa mente em nossa livre vontade, segundo o ensinamento do Senhor. Jesus nos garantiu que é do nosso interior, na nossa mente que procedem tudo de ruim: As más inclinações, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações. E Ele acrescentou que são estas as coisas que tomam o homem impuro, e não se aproximar de um doente, como acreditavam os judeus.
Porém, pensando bem, é na nossa alma, na nossa mente que reside: Os bons pensamentos, a caridade, o desejo ou a sede de Deus, o princípio das obras boas e puras...
Então, a luta contra a concupiscência da carne passa pela purificação do nosso interior, dos nossos pensamentos e da nossa vontade. Rezemos para Deus nos ajude a nos conservar  na inocência, e assim seremos como a criancinhas, que em sua pureza  ignoram o mal destruidor da vida dos homens.
Jesus veio restaurar a criação na pureza de sua origem. No Sermão da Montanha, Ele interpreta de maneira rigorosa o plano de Deus: "Ouvistes o que foi dito: 'Não cometerás adultério'. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração" (Mt 5,27-28). O homem não deve separar o que Deus uniu.
A Tradição da Igreja entendeu o sexto mandamento como englobando o conjunto da sexualidade humana.
"Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração" (Mt 5,28)
No mundo atual, muitos ignoram as palavras de Jesus principalmente em relação ao matrimônio. Outros, nem se casam mais. Se juntam. E o pior, é que isso vem acontecendo também no nosso meio. Nós que temos o dever de seguir Jesus.
São numerosos hoje, em muitos países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e que contraem civilmente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo, não aceita isso, pois ("Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete adultério": Mc 10,11-12).  
A Igreja afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar esta situação. Pela mesma razão não podem exercer certas responsabilidades eclesiais. A reconciliação pelo sacramento da Penitência só pode ser concedida aos que se mostram arrependidos por haver violado o sinal da aliança e da fidelidade a Cristo e se comprometem a viver numa continência completa.
Prezadas irmãs e irmãos. O divórcio é uma ofensa grave à lei natural. Pretende romper o contrato livremente consentido pelos esposos de viver um com o outro até a morte. O divórcio lesa a Aliança de salvação da qual o matrimônio sacramental é o sinal. O fato de contrair nova união, mesmo que reconhecida pela lei civil, aumenta a gravidade da ruptura; o cônjuge recasado passa a encontrar-se em situação de adultério público e permanente, isso causado pelas circunstâncias dessa vida, e pela pressão dos seus instintos.
Se o marido, depois de se separar de sua mulher, se aproximar de outra mulher, se torna adúltero, porque faz essa mulher cometer adultério; e a mulher que habita com ele é adúltera, porque atraiu a si o marido de outra.
"Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?" Ao jovem que lhe faz esta pergunta, Jesus responde primeiro invocando a necessidade de reconhecer a Deus como "o único bom", com o bem por excelência e como a fonte de todo bem. Depois, Jesus diz: "Se queres entrar para a Vida, guarda os mandamentos". E cita ao seu interlocutor os preceitos que se referem ao amor do próximo: "Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe". Finalmente, Jesus resume estes mandamentos de maneira positiva: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 19,16-19).
Quando desejamos e buscamos a mulher do próximo, ou o marido da próxima, nós ferimos o segundo mandamento, pois faltamos com o amor ao próximo. Pois tiramos dele o amor da sua vida, e mais. Destruímos a sua família abençoada por Deus.

Tenha um bom dia. José Salviano

2 comentários:

  1. De fato, a instituição da família está, praticamente, em "estado terminal". Temos que admitir tudo o que de "ruim", em relação À família, está ocorrendo, e é muito sério e muito triste: meninas se engravidando, jovens levando suas namoradas para dormir em casa, jovens e adolescentes desrespeitando os pais e, em certas ocasiões, matando-os...
    Me parece que estamos com mãos atadas, mas é muito bom saber que ainda existem e existirão famílias que levam a sério seus casamentos e orientando seus filhos e filhas para que se tornem pessoas dignas, aquelas que "amam a DEUS sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo."
    Que DEUS sempre continue nos abençoando!!!

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