4º DOMINGO DA PÁSCOA
Evangelho
Jo 10,11-18
Hoje, na festa do Bom Pastor, Jesus nos fala que
Ele é o Bom Pastor, aquele que deu a vida por suas ovelhas. Jesus nos recomenda
para que não nos esqueçamos das ovelhas de outros redis. Para as quais, Ele
também deu a sua vida. O amor de Deus pelas suas ovelhas é um amor gratuito, ao
contrário de nós, que na maioria das vezes, amamos, mas é um amor interesseiro.
Por vezes, o nosso amor nada mais é do que um interesse de salvar a nossa
situação financeira na companhia daquela pessoa “amada”...
PRIMEIRA LEITURA
Aqui estamos diante de uma bela transformação. Aquele mesmo Pedro que
negou Jesus por três vezes, agora cheio do Espírito Santo, enfrenta os seus
oponentes na fé, que questionavam o fato dele ter curado um doente, dizendo a
eles: Que foi pelo poder do Cristo ressuscitado que ele havia curado aquele
doente.
É
isso aí, meus irmãos. O poder de Jesus ressuscitado nos ressuscita, nos devolve
a vida, a vida da graça, o poder de enfrentar todas as diversidades, de
enfrentar a própria morte do corpo, pela certeza da vida que nos espera!
SALMO
É
melhor buscar o refúgio no Senhor do que buscar apoio no ser humano. Os
poderosos desse mundo só estão preocupados em seus interesses. Ninguém quer
saber dos seus problemas. repare que quando você se atreve a contar seus
problemas a um deles, enquanto você fala, eles estão com a mente distante do
que você está falando. E você percebe isso pelos seus olhos.
Que bom que Deus nos enviou Jesus para ser o nosso Salvador! Pois só n'Ele
encontramos o nosso verdadeiro refúgio, nossa verdadeira ajuda.
SEGUNDA LEITURA
João nos lembra hoje que somos filhos de Deus. E por isso temos a obrigação de
sermos gratos ao Pai, temos a obrigação de estarmos alegres pois não somos
órfãos, somos filhos de um Pai todo poderoso, um Pai que quer a nossa
tranquilidade, a nossa estabilidade, e deseja que tenhamos vida de
verdade. E isso é mais uma prova do grande, do imenso amor do Pai
para com seus filhos! Por isso meus irmãos, é uma grande honra
sermos chamados filhos de Deus!
Se
o mundo não reconhece esta verdade, se o mundo não nos reconhece como filhos de
Deus, se o Mundo nos considera fracos, fanáticos, bobos, carolas, papa
hóstias, beatos, não fiquemos tristes, não nos sintamos inferiores a eles, mas
sim, sintamos pena deles pois eles agem assim, porque não conheceram o Pai, por
meio de seu Filho Jesus Cristo. E esse é um dos males do nosso mundo
atual. Aqueles que não conhecem a Deus, que não vivem o amor de Cristo,
ou se desviaram do caminho do Senhor, tratam de nos desviar também da estrada
reta, da companhia de Jesus.
Por que muitos jovens não querem saber de Deus? Não vão à missa, não
rezam? É exatamente por causa daqueles seus amigos que os fizeram a
cabeça, que tiraram os valores do Evangelho da sua mente, e os incentivaram a
levar uma vida arredia, uma vida rebelde não só com os pais e professores, mas
para tudo que se refere a religiosidade. E nós ficamos de braços
cruzados, sem saber exatamente o que fazer diante a essa triste realidade dos
tempos atuais.
Os
nossos jovens amam mais o celular do que aos próprios pais. Vivem mexendo na
telinha o tempo todo e não sobra nenhum minuto para conversar com as demais
pessoas, para ler, para rezar, etc. E o pior: Você faz ideia do que eles
estão recebendo dos "amigos" naquelas tais mensagens? Já parou para
pensar no poder negativo daquela influência on line?
Pois é. Não sabemos o que fazer. Mas o pior, é que
precisamos fazer alguma coisa para deter essa avalanche de más
influências. Estamos perdendo tempo, estamos perdendo os nossos jovens!
Eles estão escapando pelos nossos dedos. Eles estão se desviando do verdadeiro
caminho.
Nós reclamamos dos desmandos do poder público, e fazemos passeatas
reivindicando mudanças, reclamando a substituição dos governantes. Mas na
verdade, o que é preciso substituir ou mudar é a escala de valores da
sociedade. Os valores morais foram substituídos por valores imorais. E
enquanto isso persistir, não adianta passeatas, não resolve a troca do poder.
Pois o descaminho está instalado na sociedade, e o futuro é inserto.
Esse é um comentário pessimista? Não. A realidade é que está desanimadora.
Porém, o poder de Deus é maior que o poder do mal instalado, o ANTICRISTO
anunciado, e que será derrotado pelo poder do TODO PODEROSO, que nos convida a
ir à luta por uma sociedade mais justa.
EVANGELHO
Jesus é o Bom Pastor. Muito mais que bom. Ele é o perfeito
Pastor. Tão generoso, bondoso, compreensivo, amoroso, que deu sua vida
pelas suas ovelhas.
O
mundo de hoje está cheio de falsos pastores. Pastores entre aspas que nem
pensam nos interesses de suas ovelhas, quanto mais em dar suas vidas por elas.
Pelo contrário, eles usam a vida das suas “ovelhas” para enriquecer cada vez
mais as suas vidas. Esses pastores já foram citados pelo próprio Jesus: "Aqueles
que vieram antes de mim, vieram para roubar..."
O
bom pastor cuida das ovelhas feridas, doentes, velhas, impedindo que as outras
ovelhas as empurrem no coxo. Os maus pastores não estão nem aí para os
idosos, não cuidam da saúde deles. Ir a um hospital público hoje é se expor à
pegar novas doenças causadas pela infecção hospitalar, em vez de voltar de lá
curado. Isso se conseguir atendimento.
Jesus é o único autêntico Pastor. Ele não é como o pastor mercenário, ou seja,
o pastor que faz o seu serviço em troca de um salário. Este, é parecido
com o funcionário público que está ali somente par a cumprir seu horário, e
receber o seu no fim do mês. Ao contrário do bom pastor que defende as suas
ovelhas do lobo, o mau pastor foge quando o ladrão invade o recinto onde as
ovelhas estão.
"Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo
conduzir... "
Caríssimos. A preocupação de Jesus deve ser a nossa também. Não nos acomodemos
em anunciar o Evangelho na paróquia. É muito fácil fazer uma palestra para um
auditório de leigos engajados. Isso até nos dá uma sensação do dever cumprido,
uma impressão de que estamos fazendo um trabalho espetacular! Mas... e as
outras ovelhas que não são deste redil? E os outros nossos irmãos que
nunca ouviram falar de Jesus do jeito como falamos dele aos fiéis
paroquianos?
A
ação da pastoral da palavra não pode estacionar nem mesmo regredir. Mas sim,
precisa expandir-se. Precisamos fazer como os apóstolos, que arriscaram as suas
cabeças para expandir a evangelização nos primórdios da Igreja. Precisamos
imitar os Jesuítas que bravamente levaram a palavra de Deus aos nativos, aos
índios. Precisamos sair do conforto paroquial e nos aventurar por outros
lugares onde existem pessoas sedentas de Deus!
Minha irmã, meu irmão. Vá
e faça o mesmo. Um bom domingo. José Salviano
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