14 de abril – Ano B
Para interpretar com fidelidade a passagem de
hoje, temos que usar o simbolismo; pois sem ele a narrativa parece ser um
sucesso normal em que um homem se revela com poder especial sobre a natureza.
Em primeiro lugar Jesus deixa seus apóstolos sozinhos, à noite, no meio do mar
que por seu estado de turbulência aparece como representante do mal, dominado
pelo maligno. A barca com tudo o que na hora representava o Reino, era
realmente uma pequena semente de mostarda. Sem Jesus, o vento contrário a
domina e a impede de chegar a seu destino. Não adianta o esforço dos remos
porque a vela, com o vento em contra, não pode ser usada. E esse vento
não é humano.
Aparentemente os discípulos estavam sós. Mas, na
realidade, Jesus estava ali seguindo-os e muito próximo. Para eles, Jesus, como
a visão do espectro, como alguém saído das profundezas do mar, era um espírito
maligno que os atormentava e produzia o vento furioso que impedia seu avanço.
Somente as palavras como amigo do Mestre, logram acalmar os nervos e aportam a
tranquilidade e sossego necessários. Era ele o amigo mais do que o mestre, o
forte no momento da fragilidade; ele, e unicamente ele, traria a solução do
problema que os afligia.
Pedro uma vez mais, se mostra impetuoso e mais
confiante do que seus companheiros. Não só reconhece o Mestre, mas quer
participar desse poder de estar acima do mal, representado pelas águas
turbulentas do mar. Ele sabe que o poder de Jesus não é unicamente
pessoal, mas atinge igualmente seus mais íntimos amigos e reconhece na prática
o que ele dirá mais tarde: em ti unicamente eu confio, pois cremos e
reconhecemos que tu és o santo do Deus, que melhor podemos traduzir por o
Ungido de Deus.
Porém sempre existe a dúvida e a indecisão após
tomar uma atitude valente e corajosa. O vento, o mar agitado, abalam a fé e a
confiança de Pedro. E unicamente a resposta de Jesus, ante a súplica angustiosa
de auxílio de Pedro, restabelece a situação e salva o discípulo. A oração de
Pedro é o grito que deverá salvar muitas vidas do fracasso total: Senhor
salva-me. Nela encontramos a força que nos falta e a fé que a procura.
O trecho de hoje está escrito precisamente para
demonstrar que a transcendência e independência de Jesus, manifestada com suas
palavras e seu proceder diante das leis e costumes tradicionais e perante as
leis físicas da natureza, revelam seu domínio absoluto sobre as crenças e seu
senhorio total como de criador e não de criatura sobre os acontecimentos, de
modo que a nossa resposta de hoje não pode ser outra que a dos que estavam no
barco: Verdadeiramente tu és Filho de Deus
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
ResponderExcluir