03- Terça
- Evangelho - Lc 14,15-24
Sai
pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa
fique cheia.
Neste
Evangelho, Jesus nos conta a parábola do grande banquete. O dono da casa, que
faz o convite, é Deus. O banquete é o Reino de Deus, que começa aqui na terra e
tem a sua plenitude no céu. Aqui na terra, a principal expressão do Reino de
Deus é a Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.
Os
primeiros convidados, naquele tempo, eram os judeus. Eles, além de recusar,
mataram o enviado pelo dono da casa: Jesus. Hoje, os primeiros convidados são
todos e todas que recusam o convite de Deus para fazer parte do seu Reino,
participando da Santa Igreja.
Os
demais convidados, os que aceitaram o convite, somos nós, os católicos de todas
as raças e nações. Entretanto, nós sabemos que há muitos que pertencem ao Reino
e não pertencem à Igreja Católica.
Ao
se referir aos convidados que aceitaram, Jesus destaca a pobreza deles: “Traze
para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos”. Já nos primeiros
convidados, que recusaram, Jesus destaca a posse de bens materiais: comprei um
campo, comprei cinco juntas de bois...
O
dono quer ver a sua casa cheia, por isso fica zangado quando alguém recusa o
seu convite para a festa. “Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a
virem aqui, para que minha casa fique cheia”.
A
comparação que Jesus faz entre a Vida Nova trazida por ele e o banquete,
destaca que existe alegria, fraternidade, clima de festa e de banquete entre os
participantes do Reino.
Os
que acolhem o convite não têm nada mais que a sua pobreza. Já os que recusam
possuem campos, animais... eles permanecem tristes, agarrados aos seus bens
materiais.
Na
Missa, o padre nos convida à comunhão com as seguintes palavras: “Felizes os
convidados para a ceia do Senhor”. A Eucaristia é o grande sinal e a antecipação
do eterno banquete do Reino.
O
Evangelho começa citando a frase de um homem, na presença de Jesus: “Feliz
aquele que come o pão no Reino de Deus!” Jesus aproveita o paralelo entre o
Reino de Deus e a comida para comparar o Reino de Deus com um banquete. Ele
quis mostrar que, para alguém participar da festa eterna no céu, é necessário
acolher o convite já aqui na terra, participando da Santa Igreja. Não comerá o
pão no Reino de Deus aquela ou aquele que hoje não atende ao chamado de Jesus.
Se
nós perguntássemos, por exemplo, aos que não participam da Missa no domingo,
por que fazem isso, as respostas seriam parecidas: comprei um campo, comprei
cinco juntas de bois, acabo de me casar... São ações boas, mas que não nos
devem impedir de participar da Família de Deus.
É
interessante observar que a participação na Comunidade traz ao cristão alegria,
fraternidade, clima de festa. O cristão, a cristã, têm um brilho diferente no
rosto, que dá para se perceber até na fotografia. É o mesmo brilho que teve Moisés,
quando desceu do monte Sinai, após encontrar-se com Deus (Cf Êx 34,35).
Certa
vez, na antiguidade, um rapaz estava viajando a pé numa estrada. Ele era pobre,
mas de muito bela aparência. Devido ao calor, o jovem resolveu deitar-se à
sombra de uma árvore. E logo dormiu.
Aconteceu
que passou por ali um rei, em sua carruagem, e, ao vê-lo, simpatizou-se com o
moço. Como o rei não tinha filhos, decidiu adotá-lo como seu filho e o herdeiro
de toda a sua riqueza. Parou a carruagem e foi até o jovem. Entretanto, vendo
que ele dormia em pesado sono, não quis acordá-lo e foi-se embora.
Pouco
depois, passou uma linda princesa. Ao ver o jovem, achou-o muito bonito e
pensou em levá-lo para o palácio e, depois, casar-se com ele. Chegou bem
pertinho do moço, esperou um pouco, mas como ele não acordava, foi-se embora.
Mais
tarde, passou por ali um empresário. Gostou da estatura do rapaz e quis
contratá-lo para a sua empresa. Chegou perto, olhou... mas também não quis
acordá-lo e foi-se embora.
O
rapaz nem ficou sabendo dessas oportunidades que perdeu na vida, simplesmente
porque estava dormindo!
Jesus,
o enviado de Deus Pai, vem até nós convidar-nos para o banquete. Mas ele não
marca horário. Que estejamos atentos a fim de não perder a oportunidade de
participar da bela festa e saborear tão gostosos pratos. Porque, se estivermos
dormindo, ele nos respeitará e não vai nos acordar.
“Existe
um nome que consola a terra, e que desterra da tristeza o véu. Bem como aurora
que, com luz brilhante, que fulgurante surge lá no céu. Ó nome bendito da
Virgem Mãe, Maria, Maria, por nós rogai!” Maria Santíssima é uma das grandes
figuras que embelezam o banquete do Reino de Deus. Flor de Israel, rogai por
nós.
Sai
pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa
fique cheia.
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