Sexta-feira, 6 de Novembro de 2015
Romanos 15,14-21: Por Cristo Jesus posso
sentir orgulho
Salmo 97: Que todos os povos aclamem o Senhor
Lucas 16,1-8: Os filhos deste mundo são mais
astutos que os filhos da luz.
1Jesus disse também a seus discípulos: Havia
um homem rico que tinha um administrador. Este lhe foi denunciado de ter
dissipado os seus bens.2Ele chamou o administrador e lhe disse: Que é que ouço
dizer de ti? Presta contas da tua administração, pois já não poderás
administrar meus bens.3O administrador refletiu então consigo: Que farei, visto
que meu patrão me tira o emprego? Lavrar a terra? Não o posso. Mendigar? Tenho
vergonha.4Já sei o que fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando
eu for despedido do emprego.5Chamou, pois, separadamente a cada um dos
devedores de seu patrão e perguntou ao primeiro: Quanto deves a meu patrão?6Ele
respondeu: Cem medidas de azeite. Disse-lhe: Toma a tua conta, senta-te depressa
e escreve: cinqüenta.7Depois perguntou ao outro: Tu, quanto deves? Respondeu:
Cem medidas de trigo. Disse-lhe o administrador: Toma os teus papéis e escreve:
oitenta.8E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos
deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus
semelhantes.
Comentário
Para que
servem os bens, as riquezas, as posses que temos aqui neste mundo? Para
acumular em fortunas descomunais? Para gastar em festanças intermináveis? Para
reprimir a outros? Para criar impérios multinacionais que regem o destino dos
povos? Para dar uma imagem de solidez e êxito? Parece que no mundo as riquezas
serviram sempre e somente para isto. Contudo, Jesus propõe outro caminho:
empregar o “dinheiro sujo” (a corrupção atual que o diga) em boas obras. A
parábola do administrador astuto, lida em sua totalidade, oferece a imagem de
um homem que aproveita seus últimos momentos à frente de uma grande fortuna
para beneficiar os devedores. É um administrador que emprega o dinheiro para
reduzir a carga dos demais e procurar amizades que permaneçam. Esta parábola
não quer ser um elogio à corrupção (ainda bem), mas um convite a que não
aumentemos as cargas dos demais, porque podemos estar a ponto de perder tudo.
Jesus propõe um desafio: converter a economia da exploração em uma economia de
benefícios. Ele quer um novo ser humano que rompa com a mentalidade exploradora
e se oriente pelo horizonte de fraternidade e solidariedade que se eleva acima
da acumulação desmedida.
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