18 de setembro -
Quinta - Evangelho - Lc 7,36-50
Alexandre Soledade
Bom dia!
Tenho uma coisa pra mim: Quem são os que de fato amam a Deus?
Claro que não vou generalizar, mas quem são aqueles que vão à missa
todos os domingos? Quem são aqueles cuja participação na comunidade e na
celebração é quase despercebida? Será que amam menos ao Senhor que os que
passam vários dias da semana em encontros e reuniões?
Os verdadeiros adoradores não são aqueles que vivem na igreja, mas
aqueles cuja a igreja mora dentro neles.
Esses são os filhos de Deus que “fazendo chuva ou sol” estão lá; são
aqueles que têm um compromisso firmado com Deus num determinado horário e local
todas as semanas e não uma obrigação formal; é aquele que adentra no local
santo e em silêncio contempla o doce afago de Deus que paira no ar; é muitas
vezes aquele que até teme fazer uma leitura pelo respeito que tem a palavra de
Deus…
Sim! Adorador é aquele que faz louvores de braços levantados como a
Renovação Carismática, mas também é aquele que silencia como a Legião de Maria;
filho de Deus é aquele que toca na missa, mas também aquele que tenta, mesmo
desafinado, acompanhar o refrão; os amados de Deus são aqueles que O conhecem,
mas TAMBÉM são aqueles que pouco tiveram contato.
Se Deus ama tanto o “santo” como o filho que esta perdido, por que então
não consigo acolher ou receber bem aquele que ansiosamente deseja uma nova
chance? Como posso condenar aquele que o mundo não cansa de maltratar?
“(…) Se compreendêsseis o sentido destas palavras: Quero a misericórdia
e não o sacrifício… não condenaríeis os inocentes”. (Mateus 12,7)
Estamos vivendo a semana do evangelho do filho pródigo, meditado no
último domingo, e hoje a mulher a quem muito foi perdoada, juntos, nos mostram
o amor de Deus incondicional que acolhe e aguarda o retorno daquele que andou
perdido. Será que eu sempre andei por onde Deus quis? Será que também eu, um
dia, não fui perdoado.
Reparem… Se experimentarmos deixar a porta da igreja aberta nos
surpreenderemos com a quantidade de gente que adentrará nos horários de almoço
e fim de tarde. Veremos gente como a moça do evangelho de hoje em busca do
consolo de Jesus, e também da mesma forma: lançados aos seus pés pedindo
ajuda, conforto, perdão…
É estranho e ao mesmo tempo divino como aquele que esta alcoolizado,
sentindo-se perseguido, desesperançado procura por uma porta de igreja
aberta.
“(…) E quando eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim“
(João 12, 32)
E nós? O quanto de nossa dívida foi perdoada?
Um imenso abraço fraterno
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