17 de Setembro -
Quarta - Evangelho - Lc 7,31-35
Alexandre Soledade
Bom dia!
Essa leitura é muito interessante e instigante, mas se abordamos as
opiniões pessoais poderá se tornar delicado. Portanto, lavem as mãos, calcem as
luvas, pois a cirurgia vai ser delicada (risos), visto que a ferida é profunda
e no coração.
O que seria pior: beber ou ter um coração fechado? Abraçar o irmão ou
afastar-se do pagão? Temos certas incoerências a serem sanadas.
Vejo, com certa tristeza, a quantidade de pessoas que procuram defeitos
nos outros. Pessoas que colocam seu ponto de vista como verdade absoluta sem
mesmo se por a ouvir o outro lado. Dizem os especialistas da área de
relacionamento social que a melhor forma de você entender o que uma pessoa fala
ou quer dizer, é se por no ponto de vista dela, ou seja, olhar como ela vê a
situação. Fazemos isso? Será que algum dia nos passou pela cabeça que a única
roupa “boa” que a pessoa tem é justamente aquela com um decote nas costas? Será
que ao invés de dizer que alguém não esta perseverando nos encontros (inúmeras
faltas) é porque alguém na casa adoeceu e a ela restou cuidá-la?
É um terror também ver aquelas senhoras Testemunhas de Jeová,
evangélicas, (…) sendo expulsas das portas de pessoas católicas (e vice-versa)
sob o pretexto de não ser de minha religião, do que acredito, (…). Há uma
diferença tremenda em ouvir e tratar bem. Alguém já ofereceu água para eles? Um
café? Mas durante a semana fazem novenas, terços, louvam, (…) pedindo a Deus
que olhe por sua “fidelidade” e lhe conceda uma graça, um pedido, (…). Pior
ainda é “sacar” um versículo bíblico para justificar o ato.
“(…) O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e gozo no
Espírito Santo. Quem deste modo serve a Cristo, agrada a Deus e goza de estima
dos homens. Portanto, apliquemo-nos ao que contribui para a paz e para a mútua
edificação”. (Romanos 14, 17-19)
Outro fato: Não é correto e nem coerente também viver uma vida
desregrada, referindo-me a bebida, a gula, a vaidade e outras formas de
exagero, no entanto existe também outro ponto também concreto: Eu não bebo, por
opção, sou, por acaso, melhor do que aquele que bebe?
“(…) Ninguém, pois, vos critique por causa de comida ou bebida, ou
espécies de festas ou de luas novas ou de sábados”. (Colossenses 2, 16)
Temos irmãos que ainda não entenderam o espírito de amor que Jesus
pregava. Assoberbamos os “defeitos” em detrimento as qualidades.
Um colega meu me apresentou uma pesquisa interessante, no entanto não
sei afirmar a fonte. Fizeram a seguinte pergunta: Você prefere receber 100 mil
e seus colegas de trabalho receberem 50 mil ou ganhar o dobro (200 mil) e seus
colegas 400 mil? Consegue imaginar a resposta mais votada? Leia de novo e
responda!
INACREDITAVELMENTE a maioria dos que responderam a pesquisa preferem
receber MENOS, no entanto mais que os colegas do que ganhar o dobro e receber a
metade do colega.
Essa pesquisa serve de espelho para muitas das nossas relações sociais.
Como tenho coragem de afirmar que sou cristão se não consigo controlar minha
língua? Como posso medir as pessoas com uma régua que nem mesmo uso pra mim?
Seria de fato problema a bebida ou a falta de controle ao bebê-la? O piercing
no umbigo, a tatuagem, roupas velhas, o som alto da juventude, a alegria, o
sorriso farto, o abraço da paz, o “boa noite”, (…) é o que esta afastando as
pessoas?
Quando digo “boa noite” é referindo-me a um fato em minha comunidade, pois
segundo alguns irmãos não convêm ao comentarista da missa assim falar, por ser
muito informal. Talvez seja sim informal, mas nossas “formalidades”, nossos
paradigmas, nossos quereres estão nos afastando das pessoas, nos fazendo ver o
de fora e esquecendo o de dentro, (…)
O que é que Jesus tem que fazer para nos agradar?
“(…) Onde não há obediência, não há virtude. Onde não há virtude, não há
bem, não há amor; e onde não há amor, não há Deus; e sem Deus não se chega ao
Paraíso. Tudo isso é como uma escada: se faltar um degrau, caímos”. (Padre Pio)
Um imenso abraço fraterno
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