04 de agosto-Segunda - Evangelho - Mt 14,22-36
Qual o objetivo de Jesus em caminhar sobre as águas do Lago de
Genesaré? Assustar os discípulos? Mostrar o seu poder? Exibir-se para ganhar
alguns elogios? Como meditamos no Evangelho de ontem, Jesus jamais realizou
milagres sem algum objetivo que fosse muito claro aos discípulos daquele tempo,
e a nós, os discípulos de hoje.
Jesus anuncia a sua presença, para que não fiquem assustados,
pensando ser um fantasma. Mas, mesmo assim, não acreditam! E, representada por
Pedro, a aflição de todos ganha espaço. Pedro desafia o Mestre: “se és tu, manda-me
ir ao teu encontro!”. Jesus quer mostrar a Pedro que todos os discípulos serão
continuadores de seu projeto, e realizarão as mesmas obras que ele, basta ter
fé.
Ter fé é crer no impossível! Aquilo que nos parece absurdo, sem
prova alguma, sem a mínima evidência de possibilidade é o campo mais propício
ao fortalecimento de nossa fé. Pedro creu, num primeiro instante, mas começou a
titubear. O medo e a incerteza o levaram para o fundo das águas, e somente a
mão do Mestre pôde protegê-lo do afogamento iminente. Assim somos nós!
Cremos em Jesus e na sua mensagem de amor. A Ressurreição e a
Eucaristia são duas verdades inegáveis para um cristão, mas, mesmo assim, temos
medo e duvidamos, começamos a nos afundar num mar de dúvidas humanas. É claro
que isso não é pecado nem falta de compromisso. Isso é a nossa humanidade.
Somos fracos, duvidamos!
A nossa maior certeza é de que não podemos sair sozinhos das
profundezas. Jesus quer nos dar a mão e nos tirar de lá. Ele é verdadeiramente
o Filho de Deus, diz-nos o Evangelista. É nele que pusemos a nossa confiança,
então é nele que nos apoiaremos! Não permitamos que as águas nos matem
afogados, lutemos contra o afogamento. Jesus estará conosco!
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