22 de agosto -Sexta - Evangelho
- Lc 1,26-38
O
evangelho de hoje dá continuidade ao evangelho lido no dia do Natal. Aos
pastores que guardavam os rebanhos de seu patrão, é anunciado o nascimento de
Jesus. Eles vão às pressas ao encontro do recém-nascido. Lucas, com suas
narrativas de infância de João Batista e de Jesus, no início de seu evangelho,
já apresenta um de seus temas fundamentais. Em Jesus, Deus se revela como o
Deus dos pobres, fracos e excluídos.
A escolha de Maria, uma jovem da periferia da Galiléia,
para ser a mãe de Jesus, Filho de Deus, nos revela que o projeto de Deus difere
dos projetos dos homens neste mundo.
O poder e o prestígio tão ansiosamente buscados, nada
significam para Deus. Maria viveu a humildade e o serviço e nisto identifica-se
com seu filho Jesus. O título de “rainha” aplicado a Maria não indica poder e
superioridade, mas sim amor que se doa cativa, e se comunica. Maria está
presente em nossos lares, nas alegrias e nos sofrimentos, nos confortando, como
mãe e companheira de caminhada no seguimento de Jesus.
Seu amor misericordioso é universal e a fonte da paz a
ser consolidada pelos laços de fraternidade e justiça entre todos, homens e
mulheres.
Unindo o Filho que se encarna e a Mãe que o acolhe,
aparece misteriosamente a obediência, o “Sim” de total disponibilidade ao Pai:
o sim eterno do Filho, que ecoa no tempo através do sim da Virgem Maria. Assim,
aparece o quanto a salvação do mundo e da humanidade manifesta-se na atitude de
obediência, o contrário da atitude do pecado original: a humanidade voltará
pela obediência Àquele de quem se afastou pela covardia da desobediência. O
Criador e a criatura, de modo admirável e incompreensível, comungam nessa
obediência ao plano amoroso de salvação.
Somos convidados a contemplar a atitude de fé, madura e
disponível de Nossa Senhora: crente porque se confia totalmente ao Senhor, como
Abraão, que partiu sem saber para onde ia (Hb 12,8): casamento, futuro, filhos,
tudo isso a Virgem Mãe deixou nas mãos de Deus, sem pedir explicações, sem
pedir provas, sem pedir garantias… Atitude madura porque humildemente procurou
compreender o quanto possível o plano de Deus a seu respeito para melhor aderir
a ele; atitude disponível, pela sua insuperável resposta ao convite do Senhor:
“Eis a Serva!” – Não se pertence a si própria, não considera sua vida e seu
destino a partir de seus interesses e projetos; ela se confia total e
absolutamente ao seu Senhor e Deus.
Concluindo diremos que a anunciação do anjo mostra a
dinâmica da fé e de Maria: sendo virgem, descobre-se grávida; perturba-se e tem
medo; descobre a mão de Deus ao Espírito Santo; toma consciência que o que
cresce em seus seios é o Divino; não duvida desta iluminação interior; apenas
pergunta como se fará isso. Aceita realidades que não se vêem. Ela creu, pois
para Deus nada é impossível. A fé consiste exatamente nisso: na antecipação das
coisas que se esperam, na prova das realidades que não se vêem. (Hb 11,1). Com
Maria digamos sim, à voz de Deus, e Jesus continuará nascendo em mim e em ti
todos os dias.
Vem Senhor Jesus, o coração já bate forte ao te ver, é
esta canção que quer preparar o nosso coração para adorar e bendizer o nome do
Senhor. Vem Senhor Jesus andar, curar e restaurar a vida, a vida que tem se
perdido no mundo sem Ti, vem Senhor Jesus, transformar a nossa vida! AMÉM.
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