21 de agosto - Quinta - Evangelho
- Mt 22,1-14
Esta
parábola das bodas, registrada somente por Mateus, foi proferida por Jesus, em
Jerusalém, em sua última semana de vida sobre a terra. Essa última semana de
vida de Jesus, em Jerusalém, foi de conflito contra todos os líderes
religiosos: sacerdotes, escribas, fariseus, anciãos do povo. Na verdade, o
mentor desta guerra contra Jesus era Satanás que queria se opor ao plano de
Deus.
Na parábola das bodas, Jesus fala que o reino dos céus é semelhante a um
certo rei que celebrou as bodas de seu filho e enviou os seus servos a chamar
os convidados para as bodas. Estes, porém, não quiseram vir mesmo depois que o
chamado foi renovado, com a observação de que tudo já estava preparado. Houve
não só manifestação de indiferença como também até uso da violência contra os
servos do rei, alguns dos quais chegaram a ser mortos. O rei, então,
enfurecido, mandou seus exércitos, destruiu os homicidas e incendiou a cidade,
tendo, então, chamado pessoas de fora dos limites da cidade para participar das
bodas, sendo, então, recolhidos bons e maus. Com a festa nupcial cheia de
convidados, o rei foi observar os convidados e encontrou um homem sem trajes
nupciais que, depois de interrogado e nada ter dito, foi lançado às trevas
exteriores, onde há pranto e ranger de dentes. Por isso, concluiu Jesus, muitos
são chamados e poucos, escolhidos. Esta afirmação de Cristo deve ser verificada
dentro do contexto da parábola. O rei chamou muita gente, mas aqueles que
atenderam ao seu convite e participaram efetivamente da festa foram poucos, em
relação à população convidada. Havia muita gente no banquete, mas esta muita
gente era pouca em relação aos que haviam sido convidados. Do mesmo modo, os
salvos são poucos em relação a toda a humanidade, que foi convidada para a
salvação. O chamado é para todos, mas os escolhidos, ou seja, aqueles que
atenderam ao chamado e se trajaram convenientemente, são poucos. Vemos, pois,
que, ao contrário do que dizem alguns, este texto, ao invés de ser base para a
doutrina da predestinação, confirma que a escolha é resultado do exercício do
livre-arbítrio dos salvos.
De diversas maneiras o Senhor tem insistido conosco e, se não atendemos
ao seu chamado, corremos o risco de que chegue o dia em que talvez nem tenhamos
mais chance de sermos convidados. Outros ocuparão o nosso lugar. Porém, para
atender ao convite do Senhor, não nos basta apenas ir e estar presente.
Teremos, ao mesmo tempo, de assimilar a mentalidade do Evangelho, vestir a
veste branca dos ensinamentos do Senhor, porque do contrário, destoaremos.
Precisamos assumir de coração o nosso lugar na festa. Quantas pessoas nós
encontramos no meio da comunidade ou da Igreja que teimam em não acolher os
mandamentos de Deus e têm a sua concepção própria servindo muitas vezes de
pedra de tropeço para outros que desejam seguir as práticas evangélicas. Neste
caso, apesar de estarmos presentes de “corpo” poderemos ser enxotados e não
haver mais lugar para nós dentro do reino. Quando aceitamos o convite de Jesus
para participar do Seu reino precisamos nos desvencilhar de todos os nossos
conceitos e preconceitos e nos deixar guiar pelo Espírito Santo que nos
revestirá com a veste da santidade de Deus. Será que você também não é como
este homem da veste diferente que a todo momento se posiciona contrário e dá
testemunho falso dentro da sua família ou comunidade? Perceba como são as suas
reações e veja se você precisa se emendar. Porque a festa das Bodas do Cordeiro
não deixará de ser realizada se eu, ou você, recusarmos o convite para fazer a
Obra de Deus. Na Igreja, ninguém, mas ninguém mesmo é insubstituível. Nem
Moisés foi considerado insubstituível, até mesmo no momento em que mais Israel
precisava dele, que era a conquista de Canaã.
Os propósitos de Deus não são frustrados – Pela Bíblia sabemos que Deus
tem um plano, elaborado. E Ele trabalha de acordo com esse plano, zelando pelo
seu fiel cumprimento; sabemos que Deus remove todo e qualquer obstáculo que
tentar impedir a realização do seu plano, bem como substitui toda e qualquer
pessoa, grupos, povos, nações, denominações evangélicas, que se recusarem a
colaborar para a realização de seu plano.
Na parábola das bodas, o rei não adiou, e não cancelou a festa das bodas
de seu filho, devido a recusa de seus convidados, os quais, segundo ele, não
eram dignos. No dia determinado a festa nupcial ficou cheia de convidados. Os
que rejeitaram o convite ficaram de fora, perderam a oportunidade que lhes fora
oferecida; outros convidados ocuparam seus lugares, e a festa se realizou. Eu e
você, meu irmão, não somos insubstituíveis, seja qual for o trabalho que estamos
fazendo. Se nós recusarmos, Deus levantará outros, porque nada e nem ninguém
poderá impedir a realização do seu plano.
A festa das Bodas do Cordeiro não deixará de ser realizada se eu, ou
você, recusarmos o convite para fazer a obra de Deus. Na Igreja, ninguém, mas
ninguém mesmo, é insubstituível.
Pai, tendo respondido ao teu convite para ser discípulo do Reino, desejo
conformar toda a minha vida ao teu querer sendo fiel a ti para que não seja
excluído da festa nupcial. Pois com ou sem eu a festa não deixa de ser
realizada.
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