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domingo, 3 de agosto de 2014

“E VÓS, QUEM DIZEIS QUE EU SOU”? - Olívia Coutinho

 

 Dia 07 de Agosto de 2014
 
Evangelho de Mt 16,13- 23

 

É pela fé que reconhecemos Jesus como o nosso Deus e Senhor, o que não é fruto do esforço humano, e sim, do acolhimento a este dom de Deus, que é a fé.
          Não basta reconhecer Jesus como o  Nosso Deus e Senhor e nem ser somente um admirador de suas palavras, é preciso comprometer-se com Ele, testemunhá-Lo no nosso dia a dia, aceitar o seu chamado, aderindo à sua proposta de vida nova!

Muitas vezes, professamos a nossa fé em Jesus, e até sentimos atraídos pelas suas palavras, mas quando tomamos conhecimento de que no seguimento a Ele, está incluida a cruz, tendemos a recuar,  um sinal de que ainda não temos uma fé suficientemente madura para aceitarmos o desafio da cruz!
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, vem nos despertar para a importância  de conhecer bem Jesus, de nos tornar  íntimos Dele. Sem aprofundarmos no conhecimento à Jesus, ficamos no superficial da fé, na lógica dos homens, não vamos compreender, que, para ganhar a vida, é preciso passar pela cruz, assim como Ele passou.
O texto nos diz, que Jesus, no desejo de saber se os seus discípulos  já haviam entendido o seu messianismo, lança-lhe duas perguntas:“Quem dizem o povo que eu sou? Para esta pergunta, surgiram várias resposta, afinal, é fácil responder em nome do outro, não compromete! Já  quando esta mesma  pergunta é direcionada aos próprios discípulos, vem o silencio, pois desta vez, a pergunta requer uma resposta pessoal que exige  comprometimento. 

Pedro foi o único que respondeu, e respondeu com firmeza: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.” Esta resposta  agradou Jesus, pois Ele  sabia que esta afirmação de Pedro, era fruto da sua convivência com Ele.

Pedro reconhece Jesus como sendo o Filho de Deus, mas ele ainda demonstrava não estar pronto para assumir o seu discipulado, pois ele ainda caminhava na obscuridade, carregando consigo a mentalidade do mundo, alimentando dentro de si, a idéia de um Messias glorioso, porém, sem a cruz.

Jesus, que conhece o interior das pessoas, percebe de imediato a dificuldade dos discípulos em aceitar o desafio da cruz. E no desejo de fazê-los compreender a importância de não fugir da cruz, insiste em afirmar que seria impossível segui-Lo, sem a cruz.

O seguimento à Jesus, inclui à cruz, porque a nossa  adesão a Ele, nos leva a atitudes que contrariam os opositores do projeto de Deus.

Jesus proíbe severamente aos discípulos de revelar a sua identidade a quem quer que fosse, afinal, um povo que esperava um Messias triunfalista com poderes políticos, jamais aceitaria um Messias na condição de servo, alguém que tivesse o olhar voltado para os pequenos! Jesus  sabia que não seria reconhecido como Filho de Deus, sem antes passar pela cruz!

Hoje, depois de ter passado pela cruz, de nos ter dado tão grande prova de amor, Jesus não precisa mais nos fazer perguntas como esta, mas Ele espera de cada um de nós, uma resposta de amor!

Façamos a nós mesmo uma pergunta: “O que temos feito da nossa vida, que custou a vida de Jesus? Com certeza, a nossa resposta chegará até Ele, não com palavras, mas com as nossas atitudes do dia a dia! São nas nossas ações do dia a dia, que vamos respondendo ao tão grande amor de Jesus por nós!

Carregar a cruz, não significa buscar sofrimento, e sim, assumir  as conseqüências de uma vida pautada no exemplo de Jesus, de uma vida coerente com o evangelho.

 

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

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