"Amarás
o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu
entendimento e com toda a tua força! segundo mandamento é: Amarás o teu próximo
como a ti mesmo!"
Os doutores da Lei adicionaram aos Dez Mandamentos, cerca de 600 outros
os quais lhes garantiam privilégios que os enriqueciam cada vez mais.
Jesus resume os Dez Mandamentos e todos os preceitos, em apenas dois
mandamentos. Amar a Deus e ao próximo.
Amar a Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, significa amar
de verdade, com muita fé, sinceridade e dedicação.
Amar a Deus de todo o nosso entendimento, é agir de acordo
com o que sabemos, a respeito da palavra de Deus explicada por Jesus Cristo.
Exemplo. Se eu aprendi que é pecado maltratar o meu irmão, então em não vou fazer
isto, pois estou sabendo que é pecado. Por outro lado imaginemos que alguém não
soubesse que é pecado cobiçar a riqueza do próximo. Ele fez isso, então sua
falta seria atenuada.
Amar a Deus com toda a tua força significa que o jovem ou adulto em pleno
vigor físico e mental, tem muito mais condições de servir a Deus do que um
idoso, gasto pelo tempo. Então, enquanto é tempo, enquanto temos forças e
estamos lúcidos, façamos tudo o que pudermos pela causa do Reino, e pelo
próximo.
Amar o próximo como a ti mesmo, isso foi explicado pelo próprio Jesus em
outra oportunidade. É fazer ou desejar ao próximo exatamente o que desejamos e
fazemos para nós mesmos.
Jesus no Evangelho de hoje deixa bem claro o que em outra fala disse:
"Quero caridade e não sacrifício." Hoje Jesus afirma que "amar
o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e
sacrifícios".
Sal.
Muitas
pessoas acham que para serem salvas, é suficiente cumprir todas as suas
obrigações de ordem religiosa como a participação nas celebrações e atos
devocionais. O escriba do Evangelho de hoje afirma que amar a Deus e ao próximo
é melhor do que as práticas religiosas, no caso os holocaustos e os
sacrifícios, e Jesus confirma isso ao afirmar que ele não está longe do reino
de Deus. A nossa vida religiosa só tem sentido enquanto é um reflexo do amor
vivido concretamente, ou seja, enquanto é manifestação da nossa solidariedade.
Caso contrário, a religião se reduz a práticas mágicas, bruxarias, rituais
vazios, que nada acrescentam a ninguém e não nos aproxima de Deus(CNBB)
LEIA
MAIS
MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
1º
Amar a Deus sobre todas as coisas
"Amaras
ao senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o
entendimento".
"Amarás
o senhor teu Deus com todo o seu coração, com toda atua alma e com todas as
suas forças" (Dt - 6,5).
"Adorarás
o senhor teu Deus" (Mt - 4,10).
O primeiro mandamento convida o
homem a crer em Deus, a esperar nele e a amá-lo acima de tudo.
"Adorarás o Senhor teu
Deus"(MT 4,10). Adorar a Deus, orar-lhe, oferecer-lhe, o culto que lhe é
devido, cumprir as promessas e as votos que foram feitos a ele são os atos da
virtude de religião que relevam da obediência ao primeiro mandamento. O dever
de prestar um culto autêntico a Deus incumbe ao homem, tanto individualmente
como em sociedade. O homem leve poder professar livremente a religião, tanto
em particular como em público" A superstição é um desvio do culto que
rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria,
assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia.
A ação de tentar a Deus, em
palavras ou em atos, o sacrilégio, a sintonia são pecados de irreligião
proibidos pelo primeiro mandamento. Enquanto rejeita ou recusa a existência
de Deus, o ateísmo é um pecado contra o primeiro mandamento.
O culto às imagens sagradas está
fundamentado no mistério da encarnação do Verbo de Deus. Não contraria o
primeiro mandamento.
2º Não
tomar seu santo nome em vão
"Não
pronunciarás em vão o nome do senhor teu Deus" (Ex -20,7).
"Senhor
nosso Deus, quão prescreve respeitar o nome do Senhor. O nome do Senhor é
santo".
O segundo mandamento prescreve
respeitar o nome do Senhor. O NOME DO SENHOR É SANTO.
O segundo mandamento proíbe todo uso impróprio do Nome de Deus. A blasfêmia consiste em usar o Nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e dos santos de maneira injuriosa.
O juramento falso o invoca Deus como
testemunha de uma mentira. 0 perjúrio é uma falta grave contra o Senhor,
sempre fiel a suas promessas.
"Não jurar nem pelo Criador,
nem pela criatura, se não for com verdade, necessidade e reverência.
No Batismo o cristão recebe seu nome na Igreja. Os pais, os padrinhos e o pároco cuidarão que lhe seja dado um nome cristão. O patrocínio de um santo oferece um modelo de caridade e garante a sua oração.
O cristão começa suas orações e
suas ações pelo sinal-da-cruz "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém
Deus chama cada um por seu nome.
3º
Guardar os domingos e dias santos
"Lembra-te
do dia de Sábado para santificá-lo. Trabalharás durante seis dias e farás
todas as tuas obras. O sétimo dia, porém, é o Sábado do senhor, teu Deus. Não
farás nenhum trabalho" (Ex 20,8-10).
"O
Sábado foi feito para o homem e não o homem para o Sábado, de modo que o
filho do homem é senhor até do Sábado" (Mc 2,27-28).
"Guardarás
o dia de Sábado para santificá-lo" (Dt 5,12).
"No
sétimo dia se fará repouso absoluto em honra do Senhor" (Ex 31,15).
O sábado, que representava o
término da primeira criação, é substituído pelo domingo, que lembra a criação
nova, inaugurada com a Ressurreição de Cristo.
A Igreja celebra o dia da ressurreição
de Cristo no oitavo dia, que é corretamente chamado dia do Senhor, ou
domingo.
"O domingo... deve ser
guardado em toda a igreja como o dia de festa por excelência ". "No
domingo e em outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar
da missa.
"No domingo e nos outros dias
de festa de preceito, os fiéis se absterão da atividades e negócios que
impeçam o culto a ser prestado a Deus, alegria própria do dia do Senhor e o
devido descanso da mente e do corpo.
A instituição do domingo contribui
para que "todos tenham tempo de repouso e de lazer suficiente para lhes
permitir cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa.
Todo cristão deve evitar de impor
sem necessidade aos outros aquilo que os impediria de guardar o dia do
Senhor...
4º
Honrar pai e mãe
"Honra
teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o senhor,
teu Deus, te dá"(Ex 20,12).
"Era-lhes
submisso"(Lc 2,51).
"Honra
teu pai e tua mãe"(Dt 5,16; MC 7,8).
De acordo com o quarto mandamento,
Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e os que ele, para nosso
bem, investiu de autoridade.
A comunidade conjugal está fundada
na aliança e no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão
ordenados para o bem dos cônjuges, a procriação e a educação dos filhos.
"A salvação da pessoa e da
sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade
conjugal e familiar.
Os filhos devem a seus pais
respeito, gratidão, justa obediência e ajuda. O respeito filial favorece a
harmonia de toda a vida familiar.
Os pais são os primeiros
responsáveis pela educação de seus filhos na fé, na oração e em todas as
virtudes. Têm o dever de prover em toda a medida do possível as necessidades
físicas e espirituais de seus filhos.
Os pais devem respeitar e favorecer
a vocação de seus filhos.
Lembrem-se e ensinem que a primeira
vocação do cristão consiste em seguir a Jesus.
A autoridade pública deve respeitar
os direitos fundamentais da pessoa humana e as condições de exercício de sua
liberdade.
E dever dos cidadãos trabalhar com
os poderes civis para a edificação da sociedade num espírito de verdade, de
justiça, de solidariedade e de liberdade.
O cidadão está obrigado em
consciência a não seguir as prescrições das autoridades civis quando
contrárias as exigências da ordem moral. "E preciso obedecer antes a
Deus do que aos homens "(At 5,29)
Toda a sociedade baseia os seus
juízos e a sua conduta numa visão do homem e do seu destino. Sem as luzes do
Evangelho a respeito de Deus e do homem, as sociedades facilmente se tornam
totalitárias.
5º Não
matar
"Não
matarás" (Ex20, 13).
Toda vida humana, desde o momento
da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi querida por si
mesma à imagem e á semelhança do Deus vivo e santo.
O assassinato de um ser humano é
gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador.
A proibição de matar não ab-roga o
direito de tirar a um opressor injusto a possibilidade de prejudicar. A
legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou
pelo bem comum.
Desde a concepção a criança tem o
direito á vida. O aborto direto, isto é, o que se quer como um fim ou como um
meio, é uma "prática infame" gravemente contrária à lei moral. A
Igreja sanciona com pena canônica de excomunhão este delito contra a vida
humana.
Visto que deve ser tratado como uma
pessoa desde a sua concepção, o embrião deve ser defendido em sua
integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano.
A eutanásia voluntária, sejam quais
forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É gravemente
contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu
Criador.
O suicídio é gravemente contrário à
justiça, à esperança e à caridade. E proibido pelo quinto mandamento.
O escândalo constitui uma falta
grave quando por ação ou por omissão leva deliberadamente o outro a pecar.
Por causa dos males e injustiças
que toda guerra acarreta, devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível
para evitá-la.
A igreja ora: "Da fome, da
peste e da guerra livrai-nos, Senhor.
A Igreja e a razão humana declaram
a validade permanente da lei moral durante os conflitos armados. As práticas
deliberadamente contrarias ao direito dos povos e a seus princípios
universais constituem crimes.
"A corrida armamentista é a
praga mais grave da humanidade, que lesa intoleravelmente os pobres".
"Bem-aventurados os que
promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5,9).
6º Não
pecar contra a castidade
"Não
cometerás adultério" Ex20, 14; Dt5, 17).
"Ouviste
o que foi dito:'Não cometerás adultério'. Eu, porém, vos digo: todo aquele
que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela
em seu coração" (Mt 5,27-28).
Ao criar o ser humano homem e
mulher, Deus dá a dignidade pessoal de uma maneira igual a um e outro. Cada
um, homem e mulher, deve chegar a reconhecer e aceitar sua identidade sexual.
Cristo é o modelo da castidade.
Todo batizado é chamado a levar uma vida casta, cada um segundo seu estado de
vida próprio.
A castidade significa a integração
da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal.
Entre os pecado gravemente
contrários a castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a
pornografia e as práticas homossexuais.
A aliança que os esposos contraíram
livremente implica um amor fiel. Impõe-lhes a obrigação de guardar seu
casamento indissolúvel.
A fecundidade é um bem, um dom, um
fim do casamento. Dando a vida, os esposos participam da paternidade de Deus.
A regulação da natalidade
representa um dos aspectos da paternidade e da maternidade responsáveis. A
legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios
moralmente inadmissíveis (por exemplo, a esterilização direta ou a
contracepção).
O adultério e o divórcio, a
poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do casamento.
7º Não
furtar
"Não
roubarás" (Ex20, 15; Dt5, 19).
"Nem
os ladrões, nem os avarentos. Nem os injuriosos herdarão o Reino de
Deus" (1Cor 6,10).
O sétimo mandamento prescreve a
prática da justiça e da caridade da administração dos bens terrenos e dos
frutos do trabalho dos homens.
Os bens da criação são destinadas a
todo o gênero humano. O direito à propriedade privada não abole a destinação
universal dos bens.
O sétimo mandamento proíbe o roubo.
O roubo é a usurpação de um bem de outrem contra a vontade razoável do
proprietário.
Toda a forma de apropriação e uso
injusto dos bens de outrem é contrária ao sétimo mandamento. A injustiça
cometida exige reparação. A justiça comutativa exige a restituição do bem
roubado.
A lei moral proíbe os atos que,
visando a fins mercantis ou totalitários, conduzem à servidão dos seres
humanos, à sua compra, venda e troca como mercadorias.
O domínio concedido pelo Criador
sobre os recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser
separado do respeito às obrigações morais, inclusive para com as gerações
futuras.
Os animais mais são confiados à
administração do homem que lhes deve benevolência. Podem servir para justa
satisfação das necessidades do homem.
A Igreja emite um juízo em matéria
econômica e social, quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação
das almas o exigem. Preocupa-se com o bem comum temporal dos homens em razão
de sua ordenação ao Sumo Bem, no fim último.
O próprio homem é o autor, o centro
e o fim de toda a vida econômica e social. O ponto decisivo da questão social
é que os bens criados por Deus para todos de fato cheguem a todos, conforme a
justiça e com a ajuda da caridade.
O valor primordial do trabalho
despende do próprio homem, que é seu autor e destinatário. Através de seu
trabalho, o homem participa da obra da criação. Unido a Cristo, o trabalho
pode se redentor.
O verdadeiro desenvolvimento
abrange o homem inteiro. O que importa é fazer crescer a capacidade de cada
pessoa de responder à sua vocação, portanto ao chamamento de Deus.
A esmola dada aos pobres é um
testemunho de caridade fraterna. é também uma prática de justiça que agrada a
Deus.
Na multidão de seres humanos sem
pão, sem teto, sem terra, como não reconhecer Lázaro, mendigo faminto da
parábola?
Como não ouvir Jesus que diz:
"Foi a mim que o deixastes de fazer" (Mt 25,45).
8º Não
levantar falso testemunho
"Não
apresentará um falso testemunho contra teu próximo" (EX 20,16).
"Ouvistes
também o que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus
juramentos para com o senhor" (Mt 5,33).
"Não
levantarás falso testemunho contra teu próximo" (EX 20,16).
"Os
discípulos de Cristo revestiram -se do homem novo, criado segundo Deus na
justiça e santidade da verdade" (Ef 4,24).
Os discípulos de Cristo
"revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus na justiça e santidade
da verdade" (Ef 4, 24).
A verdade ou veracidade é a virtude
que consiste em mostra-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da
duplicidade, da simulação e da hipocrisia.
O cristão não deve "se
envergonhar de dar testemunho de Nosso Senhor" (2Tm 1,8) em atos e
palavras. O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé.
O respeito à reputação e à honra
das pessoas proíbe toda atitude ou palavra de maledicência ou calúnia.
A mentira consiste em dizer o que é
falso com a intenção de enganar o próximo, que tem direito à verdade.
Toda falta cometida contra a
verdade exige reparação.
A regra de ouro ajuda a discernir,
nas situações concretas, se convém ou não revelar a verdade àquele que a
pede.
"O sigilo sacramental é
inviolável". Os segredos profissionais devem ser guardados. As
confidências prejudiciais a outros não devem ser divulgadas.
A sociedade tem direito a uma
informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça. E conveniente que
se imponham moderação e disciplina no uso dos meios de comunicação social.
As artes, mas sobretudo a arte
sacra, têm em vista, "por natureza, exprimir de alguma forma nas obras
humanas a beleza infinita de Deus e procuram aumentar seu louvor e sua glória
na medida em que não tiverem outro propósito senão o de contribuir
poderosamente para encaminhar os corações humanos de Deus".
9º Não
desejar a mulher(marido) do próximo(a)
"Não
cobiçaras a casa de teu próximo, não desejarás sua mulher, nem seu servo, nem
sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao seu
próximo" (Ex 20,17).
"Todo
aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério
com ela em seu coração" (Mt 5,28).
O nono mandamento adverte contra a
cobiça ou concupiscência carnal.
A luta contra a cobiça carnal passa
pela purificação do coração e a prática da temperança.
A pureza do coração nos permitirá
ver a Deus e nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus.
A purificação do coração exige a
oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar.
A pureza do coração exige o pudor
que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da
pessoa.
10º
Não cobiçar coisas alheias
"Não
cobiçarás coisa alguma que pertença ao teu próximo" (Ex 20,17).
"Onde
está teu tesouro, aí estará teu coração" (Mt 6,21). " (Ex 20,17).
O décimo mandamento proíbe a
ambição desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder.
A inveja é a tristeza sentida
diante do bem de outrem e o desejo imoderado de dele se apropriar. E um vício
capital.
O batizado combate a inveja pela
benevolência, a humildade e abandono nas mãos da Providencia divina.
Os fiéis de Cristo
"crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências"
(Gl 5,24); são conduzidos pelo
Espírito e seguem seus desejos.
O desapego das riquezas é
necessário para entrar no Reino dos Céus. "Bem-aventurados os pobres de
coração ".
Eis o verdadeiro desejo do homem:
"Quero ver a Deus". A sede de Deus é saciada pela água da Vida
Eterna.
MANDAMENTOS DA IGREJA
1º
Participar da missa ou culto aos domingos e dias santos
"Participar da missa inteira
nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de
trabalho"
Este andamento ordena aos fieis que
santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor (domingos) e
festas litúrgicas em hora dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria
e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em
que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que
possam impedir tal santificação desses dias. (CIC 2042)
Para entendermos melhor o que é a
missa:
A missa é a renovação do sacrifício
de Cristo na Cruz. É o mais importante ato que podemos participar, louvamos a
Deus e professamos nossa fé, apresentamos nossas ofertas simbolizando toda
nossa vida.
A missa é a fonte de todos os bens.
É a melhor das ORAÇÕES, é a rainha, como a chama S. Francisco de Salles.
A missa é a mais rica fonte de
bênçãos, quando participamos da Santa Missa nós participamos de vários
momentos de intimidade pessoal com o próprio Jesus, as orações, as mensagens
que nos são passadas nas Leituras, o Ofertório onde oferecemos tudo o que
somos, queremos, nossas doações etc..., e finalizando com a Comunhão
Eucarística, momento em que nós nos tornamos uma única pessoa em Jesus Cristo
Ressuscitado.
Voltando a assunto, este mandamento
nós ordena a participar de uma única celebração eucarística durante o dia em
que nós comemoramos a ressurreição do Senhor, o Domingo dia no qual por
tradição se celebra o Mistério Pascal. Quando não for possível ir no Domingo
este poderá ser substituído pela celebração do dia anterior, o qual antecipa
a celebração do Mistério Pascal.
Fazemos tantas coisas durante a semana, trabalhamos, estudamos, brincamos, saímos para nos divertir e tantas outras coisas que fazemos, tantas coisas nos são dadas durante a semana e só é necessário uma hora durante toda a semana, uma hora em um dia específico um dia no qual não trabalhamos, no qual muitas vezes ficamos sentados de frente a uma televisão vendo coisas que não nos ensinam nada, não nos fortalece em nada, que em nada vai nos ajudar quando estivermos realmente necessitados.
E o que nos é pedido? Apenas uma
hora de toda esta semana não sendo especificado nem a hora, a qual pode ser
adequada às nossas necessidades.
O que se diz em abster-se de
trabalhos e negócios o Catecismo da Igreja Católica é bem claro quando
completa dizendo "que possam nos impedir tal santificação", ele não
nos diz que não devemos parar de trabalhar, abandonar nossos serviços, apenas
que deixemos uma única hora para que possamos participar do banquete, da
festa da Eucaristia, para que possamos nesta única hora reabastecermos de
forças para enfrentar as dificuldades da Semana que se inicia.
Não é justo deixarmos de fazer tudo
o que fazemos apenas em 1 hora das 168 horas que nos é dada semanalmente para
que possamos agradecer, louvar, pedir e acima de tudo estabelecer esta
Comunhão com Jesus vivo na eucaristia, e recebermos todas as graças que são
derramadas durante esta mesma?
2º
Confessar-se ao menos uma vez ao ano
Este assegura a preparação para a
Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que continua a obra
de conversão e perdão do Batismo. (CIC 2042)
odos nós somos pecadores, sejamos
leigos, padres, bispos, nascemos todos do pecado, e pecamos todos os dias
contra Deus-Pai e contra nossos irmãos, seja por pensamentos impuros, maus
pensamentos, seja por atos ou omissões ou..., inúmeras são as formas de se
pecar, a e Madre Santa Igreja nos pede apenas que ao menos uma única vez ao ano,
reconheçamos que somos pecadores, passando por cima do nosso orgulho, do
nosso ego e nos confessando, ou seja, pedindo a Deus perdão pelos nossos
erros, nossas falhas e tudo mais que nos aperta o coração, e nos impede de
chegarmos mais próximos de Deus.
Quando nos confessamos nos
recebemos do sacerdote o sacramento da Reconciliação, o qual nos foi dados
por Cristo na Cruz, o sacramento que nos torna dignos de participarmos do
Corpo e Sangue do mesmo Jesus que desceu do céu, viveu no nosso meio em forma
humana de carne e osso, que sofreu, foi maltratado, condenado e sacrificado
para que nós tivéssemos por meio de sua crucificação a chance de entrar no
reino do céu.
Confessar não é uma obrigação do
cristão é uma graça que recebemos de Deus por meio de Cristo,
No momento da confissão o sacerdote ao qual confessamos, se torna o próprio Cristo, este não está ali para bisbilhotar, julgar, ou condenar ninguém este é apenas uma ponte que traz a graça do Perdão de Deus. A confissão é um coisa séria e sigilosa, a qual não sairá do círculo formado pelo confessor e o sacerdote, não é uma coisa da qual devemos ter medo, pois tudo o que é necessário e reconhecer que se errou e dizer ao sacerdote o qual não lhe pedirá nenhum detalhe do que foi feito, somente o necessário para entender e poder lhe dar as instruções (conselhos) para a verdadeira reconciliação.
3º
Comungar ao menos pela Páscoa
Garante um mínimo na recepção do
Corpo e do Sangue em ligação com as festas pascais, origem e centro da
Liturgia Cristã. (CIC 2042)
Para podermos entender um pouco
mais sobre o que é a Eucaristia vamos meditar um pouco!
O próprio Jesus disse em João 6-48:
"Eu sou o pão da vida. Se alguém comer deste pão viverá
eternamente".
A Eucaristia é o sacramento que
contém sob as espécies de pão e vinho, verdadeiro e substancialmente
presente, o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo,
para alimento de nossas almas. É o sacramento do Amor. É o dom dos dons feito
aos homens pelo amor extremo do Coração de Jesus.
Deus sendo riquíssimo, não teve
coisa maior para oferecer, dando-nos a Eucaristia. S. Agostinho.
Na Eucaristia está contido todo o
tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa e o Pão
Vivo que dá vida aos homens. Vat. II
A Eucaristia é a saúde da alma e do
corpo, remédio de todas as enfermidades. Cura os vícios, reprime as paixões,
vence as tentações, comunica maior graça e virtude, confirma na fé, fortalece
a esperança inflama e dilata a caridade. Imitação de Cristo.
Como vimos grandes são as graças
que recebemos, na Eucaristia e a Madre Santa Igreja nos pede apenas para que
comunguemos, ao menos uma vez ao ano, de preferência pela Páscoa da
Ressurreição do Senhor. Este mandamento é bem claro quando diz: "ao
menos uma vez", no mesmo Catecismo da Igreja Católica (CIC) no número
1389 recomenda vivamente ao fiéis que recebam a santa Eucaristia todos os
domingos e dias festivos, ou ainda com maior freqüência.
Isto quer dizer que nós pecadores,
leigos podemos e devemos participar mais das Santas Ceias que são realizadas
todos os dias em nossas Igrejas.
Nós os Católicos, somos, talvez, a
única religião onde podemos receber o Corpo e o Sangue de Jesus todos os dias
da semana, e podemos ainda encontrar a este mesmo Cristo Jesus exposto para
adoração, louvor, podermos pedir e até agradecer, na presença viva na
Eucaristia em diversas Igrejas onde se encontra exposto, e em todas as
Igrejas nos sacrários.
Mas para podermos receber
dignamente esta verdadeira Eucaristia e necessário estar purificados de todo
coração, e necessário termos nos preparado antes pelo Sacramento da
Reconciliação.
Quando uma alma recebe dignamente a
comunhão fica de tal modo transformada e mergulhada no amor divino, que não é
mais reconhecível em suas ações e palavras. Sto. Cura D'Ars.
Se compreendêssemos bem o valor da
comunhão, evitaríamos as menores faltas, para termos a felicidade de a
receber melhor possível, conservaríamos a nossa alma sempre pura. Sto. Cura
D'Ars.
4º
Jejuar e abster-se de carne, quando manda a santa Igreja
Determina os tempos de ascese e
penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos
fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração.
(CIC 2043)
Como diz o CIC o ato de jejuar e
abster-se de carne, bem como refrigerantes, bebidas alcoólicas e demais
outras formas de jejuar, tem como finalidade fazer com que nós tenhamos
controle sobre nossos instintos, sobre nossos desejos e nosso coração
buscando a santidade da carne e da alma.
Quando abrimos mão de coisas habituais estamos dando um pequeno passo para a verdadeira entrega, ao abandonarmos nossos vícios estamos dando um salto para a santificação de nosso ser. São Francisco de Assis abriu mão de tudo o que tinha para viver uma vida de doação, de serviço em favor dos irmãos mais necessitados, vivendo uma vida de pobreza, de jejum e penitência conseguiu a santificação e tornou-se digno de habitar o céu junto a Deus-Pai e todos os Santos.
Não fazer o que sempre fazemos no
dia-a-dia é acima de tudo um desafio pessoal, conseguir e um a conquista
pessoal que vale a pena apesar de todas as dificuldades.
Mas que festas são estas?
Em especial é o tempo da quaresma,
cada sexta-feira em memória da morte do Senhor, mas jejuar e abster-se não só
de carne como de tudo o que nos é comum, como TV, festas, entre outros não
tem data especial.
Sempre que se procura buscar a
santidade, a sabedoria e demais dons do Espírito sempre exigem de quem os
busca um sacrifício de sua vida, de seus modos e até mesmo de sua vida
pessoal passando por mudanças de hábitos e chegando até a forma de encarar as
coisas.
Viver a Santidade em nossas Vidas é um grande desafio que tentamos a todo momento vencer.
5º
Ajudar a Igreja em suas necessidades
Recorda aos fiéis que devem ir ao
encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias
possibilidades. (CIC 2043)
Este mandamento, nos faz lembrar
das necessidades materiais que a Igreja têm, e pede que cada um colabore
conforme sua possibilidade, sendo em material (produtos de limpeza, material
de secretaria, vestuário, etc...), humano (limpeza, manutenção elétrica,
hidráulica, entre outras) ou contribuindo financeiramente com o Dízimo.
Toda Igreja, seja a Católica ou
Protestantes, pedem o dízimo aos fiéis justamente para arcar com suas
despesas.
O mesmo Catecismo nos lembra que
"desde o início, os cristãos levam, com o pão e o vinho para a Eucaristia,
seus dons para repartir com os que estão em necessidade." Este costume
da coleta, sempre atual, inspira-se no exemplo de Cristo que se fez pobre
para nos enriquecer.
Os que possuem bens em abundância e o desejam, dão livremente o que lhes parece bem, e o que se recolho é entregue àquele que preside. Este socorre os órfãos e viúvas e os que, por motivo de doença ou qualquer outra razão, se encontram em necessidade, assim como os encarcerados e os imigrantes; numa palavra, ele socorre todos os necessitados" (CIC 1351)
Como podemos ver neste texto, a
Igreja não tem despesas somente com Casa de Deus, mas ela apóia e mantém
muitas obras que dependem desta colaboração que nos é pedido, se você nunca
ouviu falar em nenhuma obra que a sua Igreja apóia procure se informar nas
secretarias e você verá que tudo o que entra sai, e as vezes vai para bem
próximo de nós...
Faça a sua parte colabore, da
maneira que ti é possível e Deus em sua infinita bondade lhe recompensará,
experimente!
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