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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A quem iremos? Só tu tens palavras de vida eterna-Claretianos

Domingo, 23 de Agosto de 2015
Tema: Vigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum
Josué 24,1-2a.15-17.18b: Nós serviremos ao Senhor: Ele é nosso Deus
Salmo 33: Vejam como o Senhor é bom
Efésios 5,21-32: O símbolo é magnífico e eu o aplico a Cristo e à Igreja
João 6,55.60-69: A quem iremos? Só tu tens palavras de vida eterna
55Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. 60Muitos dos seus discípulos, ouvindo-o, disseram: Isto é muito duro! Quem o pode admitir?61Sabendo Jesus que os discípulos murmuravam por isso, perguntou-lhes: Isso vos escandaliza?62Que será, quando virdes subir o Filho do Homem para onde ele estava antes?...63O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida.64Mas há alguns entre vós que não creem... Pois desde o princípio Jesus sabia quais eram os que não criam e quem o havia de trair.65Ele prosseguiu: Por isso vos disse: Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido.66Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele.67Então Jesus perguntou aos Doze: Quereis vós também retirar-vos?68Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.69E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus
Comentário

Josué organiza a grande assembleia de Siquém, como a reunião constitutiva do povo das tribos. É o ponto de partida de um movimento novo que arranca do Êxodo. O povo deve aceitar sua nova identidade teológica, cultural. É fundamental identificar o Deus do Êxodo: o que vê a opressão do povo, o que ouve o grito de dor e conhece seus sofrimentos, o que está decidido a descer para libertar o povo do poder dos opressores (Ex 3,7-8). O Deus de seus Pais, do Deus da História. As tribos procedem de diferentes origens culturais, religiosas, étnicas, porém agora se aglutinam, graças à fé neste Deus do êxodo, em um só povo: Israel. É a teologia. A fé em Javé e não o sangue quem os une para uma aliança tribal. O coração desta aliança tribal é a fé comum neste Deus dos pobres. Porém, supõe também identificar os deuses “estranhos” (cananeus e egípcios), imagens corrompidas de Deus, que geram escravidão e morte: um sistema de impostos, uma vida de escravos, uma religião opressora. Mudar esses deuses pelo Deus do Êxodo, fundando uma sociedade de leis para a vida, de partilha da terra, de culto novo baseado na páscoa é o tema central desta grande assembleia em Sequém. As tribos de Israel fazem um pacto de amor com este Deus dos pobres. Um casamento, como insinua a carta aos Efésios. “Uma Igreja dócil ao Messias, para fazê-la radiante, sem mancha, nem ruga, de grande beleza”.

As palavras de Jesus chocam com a mentalidade vigente. Há vinte séculos parecia inadmissível que uma pessoa pudesse comunicar uma mensagem tão exigente e tão libertadora. Hoje seguimos no mesmo plano: tratamos de adocicar as palavras de Jesus para que não firam nossos preconceitos. Com frequência queremos converter a palavra de Jesus no exercício de um conjunto de ritos. Porém, a palavra de Jesus nos desestabiliza, nos tira do “centro” ou do pino e nos leva a questionar a vida diária. Às vezes, inclusive, dizemos como os discípulos: “Este modo de falar é muito duro; quem pode aceita-lo? No obstante, se queremos seguir a Jesus a única reposta possível é um “sim” decidido, um “amém” confiante e generoso. Queremos segui-lo e ser como ele. Não desejamos contentar-nos com as recompensas que nos oferece o mundo, mas esperamos caminhar com o Nazareno a difícil e tortuosa via do povo de Deus na história.

Que útil seria examinar nossas eucaristias! Geram um “movimento de Jesus” em direção à utopia solidária do que ele chamava Reino? Vai mudando nosso modo de pensar e de agir? Tornam-nos capazes de identificar as outras presenças de Deus entre os deserdados da vida? O próprio Jesus, em cuja boca João colocou estas palavras: “Eu sou o pão da vida”, segundo Mateus também disse: “Tive fome e me deste de comer, cada vez que o fizeram com meus irmãos menores, era comigo mesmo com quem o estavam fazendo” (Mt 25,35).

Completamos nossa reflexão com as palavras de José Antônio Pagola: As perguntas são inevitáveis: Não estaria a Igreja necessitada de uma experiência mais viva e encarnada da ceia do Senhor do que a oferecido pala liturgia atual? Estamos tão certos de estar fazendo hoje o bem que Jesus quis que fizéssemos em sua memória? A litura que estamos repetindo desde séculos nos ajuda nestes tempos a viver o que viveu Jesus naquela ceia memorável donde se concentra, se recapitula e se manifesta como e para que viveu e morreu? É a liturgia que mais nos pode atrair a viver como discípulos seus ao serviço de seu projeto do reino do Pai?

Hoje parece que há uma oposição à reforma da missa. Contudo, cada vez será mais necessária se a Igreja quer viver do contato vital com Jesus Cristo. O caminho pode ser longo. A transformação será possível quando a Igreja sinta com mais força a necessidade de fazer memória de Jesus e viver do seu Espírito. Por isso também agora o mais responsável não é ausentar-se da missa, mas contribuir para a conversão a Jesus Cristo.

Oração


Ó Deus, Pai e Mãe de toda a humanidade, que em Jesus de Nazaré nos deu uma palavra luminosa que nos traz vida para o mundo, faze que toda a humanidade possa acolher a palavra pronunciada por Jesus para o nosso bem, e esteja atenta também a acolher e assimilar todas as muitas palavras que em outros tempos e em outros lugares e de muitas maneiras pronunciaste para alentar a vida no mundo. Tudo isto te pedimos, inspirados pelo Espírito de Jesus de Nazaré, filho teu, irmão nosso. Amém.

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