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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

-Quem é minha mãe, e meus irmãos-José Salviano

24 de Janeiro de 2017

Cor: Branco
Evangelho - Mc 3,31-35
Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.

Naquele tempo:
31Chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos.
Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo.
32Havia uma multidão sentada ao redor dele.
Então lhe disseram:
'Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura.'
33Ele respondeu:
'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?'
34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor,
disse: 'Aqui estão minha mãe e meus irmãos.
35Quem faz a vontade de Deus,
esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.' (CNBB)

Palavra da Salvação.

Jesus é nosso irmão, desde que façamos a vontade do Pai. Com isso queremos entender que não basta ir à missa, não basta rezar, não basta receber a Eucaristia, se vivemos uma vida de egoísmo, e de total falta de caridade.
Nunca seremos membros da sagrada família se vivermos uma vida plasmada na NOSSA VONTADE,  se pensarmos a agirmos somente de acordo com os nossos desejos e ambições.
Seremos a família de Jesus se nos comportarmos de acordo com as palavras do Evangelho, nas quais estão expressas a VONTADE DE DEUS.
No Evangelho de hoje, a primeira impressão que nos dá, é que Jesus foi grosseiro com a sua mãe. Porém, Ele quer nos mostrar que a dedicação para com o Reino de Deus é mais importante do que tudo, inclusive mais importante do que os pais e familiares.
Então, a resposta de Jesus quando lhe disseram que sua mãe e seus irmãos estavam lá fora querendo falar com Ele, não foi uma resposta rude ou mesmo grosseira. Mas sim, uma resposta de quem tem Deus em primeiro lugar em sua visa! É o que nós devemos copiar e seguir.

”Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”

Como sabemos, a vontade do Pai é que nos amemos uns aos outros. Ajudando, perdoando, colaborando, emprestando sem nos preocupar com o retorno, nunca prejudicando ninguém, sem fazer política de congelar alguma pessoa, sem passar os outros para traz, enfim, sem fazer nada daquilo que assistimos no cinema, nas novelas, no teatro, que nada mais é do que a retratação do que acontece na vida real no dia a dia.
Como é duro fazer a vontade do Pai! Um dia em seu sermão um padre disse que geralmente quando as pessoas vão ao confessionário, a preocupação número um é com os pecados da carne, ou seja, o comportamento sexual o nosso desvio de conduta . Esquecendo-se de que a caridade é muito mais importante. Discutimos com a esposa, com a sogra, com o vizinho, e depois estamos na fila da comunhão. Dependendo do tipo da discussão, se foi apenas reclamação sobre algum tipo de injustiça, até podemos comungar. Porém, se nos colocamos em posição de ofensas, desabafos de rancor, ameaças, graves ofensas verbais ou mesmo predisposição para brigar, sem que a outra pessoa tenha sido injusta, precisamos rever os nossos valores, nossos conceitos de pecado, precisamos consultar um sacerdote.
Muitos de nós já presenciamos cenas de discussões carregadas de ofensas sérias por ambas as partes, e no dia seguinte, estão todos na fila da comunhão.
Outro dia o pe. Ricardo falou em sua bela homilia: A fila para o confessionário, é n8ula, enquanto a fila da comunhão é cheia e grande!
Onde queremos chegar? Estamos tentando colocar aqui neste comentário, que nos esquecemos sempre de que a falta de caridade é o pecado mais grave depois da falta de fé. E geralmente passamos por cima disso, com a desculpa de que estamos corrigindo, educando, apenas dando ordens na administração da empresa, da escola etc. E o que acontece é que na verdade, ofendemos e magoamos gravemente as pessoas que às vezes não têm nenhum poder de fogo para nos enfrentar.
Não estamos querendo afirmar que os pecados da carne, não têm nenhuma importância para a nossa salvação. Nem tampouco queremos com estas palavras dizer que a promiscuidade está liberada.
Caríssimos. Vamos prestar mais atenção na nossa conduta para ver nos mínimos detalhes, se não estamos faltando com a caridade começando com os nossos familiares, na escola, no emprego, na rua, no trânsito.
Vamos avaliar também a nossa dedicação para com o Reino de Deus que também é nosso. Estamos sendo missionários, catequistas, cristãos de verdade, ou só na teoria?

Tenha um bom dia. José Salviano



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