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de Janeiro - Terça - Evangelho - Mc 3,31-35
Bom
dia!
Esse
evangelho é um dos “preferidos” pelos que não aceitam Maria, mas prefiro falar
e ganhar meu tempo com coisas boas à lembrar desse ou aquele irmão que
infelizmente perde seu tempo procurando máculas em Nossa Senhora (hunf!). Falam
de boca cheia de Ester, Ruth, (…), mas na escolhida por Deus para gerar seu
filho, descem a paulada. Um dia eles mudam…
Esse
evangelho, ao contrário do que parece, denota uma profunda intimidade de Jesus
com Maria. Revela muita disciplina, respeito e foco. Jesus mostra disciplina ao
explicar aos que se amontoavam que nem seus parentes, seus próximos, estavam
livres de cumprir regras ou leis. Mostra que ninguém, por qualquer que seja o
motivo, tem privilégio sobre a vontade do Pai. Jesus nunca perde o seu foco.
Quantas
vezes ouvi irmãos e irmãos falarem, por imaturidade, que sua fé é grande e Deus
tem operado muito em sua vida e um irmão rebater que ele que tem mais fé e Deus
sempre o ouve. Nunca ouviu isso? Ou quando ouvimos alguém dizer: “reze por mim,
pois sua fé é maior que a minha e Deus o ouvirá!”. Talvez não com essas
palavras, mas é mais comum do que pensamos!
Outro
ponto: Quando você aceita o chamado do Senhor a servir na construção do reino
de Deus, não convém escolher a quem. Deus o chama a olhar para a assembléia,
para os participantes do grupo, para aquela pastoral, para sua equipe como
sendo todos seus irmãos e suas irmãs, independente de rótulos ou identidades
pastorais. E é nesse momento que devemos pedir um coração sempre novo e
sensível aos clamores do Espírito Santo. Um coração bom, que se apaixone fácil,
um apaixonar-se por suas vidas, por suas rotinas, pela vida que levam…
Quando
estamos apaixonados nesse sentido e por esse compromisso, não temos tempo para
pensar em privilégios.
Imagino
o orgulho de Maria ao ver seu filho cercado de tanta gente. Pessoas que viam de
longe buscá-lO. Ela, em meio a tanta gente, meio que se escondia para ouvir seu
filho, pois era o próprio Deus falando (ela já tinha certeza disso). Quantos
irmãos padres imensamente ungidos e em intimidade com o Pai nos falam nas missas
e muitas vezes não os ouvimos? Quantos comentaristas (ou seria locutores de
rodeio) ou músicos que adoram aparecer e esquecer de quem é a festa que
celebramos? Quantos ficam brigando atrás de cargos de coordenação, IAC, CPC,
CE-CE-RERE-CE-CE, da vida, não pensando no irmão, mas na sua própria promoção?
Humildade
e Abandono irmãos são essenciais para viver e ser um cristão de fato!
A
Deus não importa quantos terços rezamos por dia, mas quantas ave-marias
dedicamos a rezar pelos irmãos! A Ele não importa quem prega, louva, canta, (…)
mas aquele que prega, louva e canta o que Ele pede! A Deus não importa seu
carro novo (pois Ele permitiu que você o adquirisse), mas a quantos você deu
carona… A Deus não importa o padre chato, o irmão difícil, a irmã intolerante;
mas o quanto você ainda se esforça a vê-los felizes, alegres e tentando
encontrar a paz. A Ele não importa o quanto você fala, o dom da sua oratória,
mas o quanto é capaz de se calar para ouvi-lo.
“(…)
Somos convidados pelo evangelho de hoje a descobrir a verdadeira família à qual
nós pertencemos: a família dos filhos e filhas de Deus, que procura conhecer e
por em prática a vontade do Pai e participar do seu projeto de construção do
mundo novo, da civilização do amor, sinal do Reino definitivo. Participar dessa
verdadeira família não significa negar a nossa família terrena, nem os nossos
relacionamentos sociais e afetivos, mas subordinar essas duas realidades à
realidade maior, que é a família dos filhos e filhas de Deus, fazendo, assim,
com que haja uma verdadeira hierarquia de valores na nossa vida, que subordina
o temporal ao eterno”. (Reflexão sugerida pela CNBB)
Jesus
não fez servos e sim discípulos! Pessoas que fossem desapegadas de si pelo
projeto do CAMINHO. Quem se faz servo, pense nisso! Maria era a mãe Dele, mas
maior que ela sempre foi o projeto. Se meu grupo é mais importante que a missa
algo esta errado e bem errado!
Por
fim! Deixemos Jesus falar! Apaixonem-se! Coragem!.
(…)
Coragem! Lutemos com valor por nosso povo e pelas cidades de nosso Deus. O
Senhor faça o que lhe parecer melhor! (II Samuel 10,12)
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