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de Janeiro- Terça - Evangelho - Mc 2,23-28
Bom
dia!
Uma
das maiores dificuldades em se trazer alguém de volta esta no fato dela não
perdoar o seu próprio erro por ter tomado uma decisão contraria ao que sugeriam
e “quebrado a cara”. É tão duro levantar a cabeça novamente carregando sobre os
ombros os sinais do erro.
Antes,
porém torna-se importante explicar novamente um mecanismo de defesa chamado
RACIONALIZAÇÃO que à grosso modo, é tentar dar argumentos “corretos” para
justificar o incorreto. Um exemplo: ao sermos questionados sobre ter avançado o
sinal vermelho respondemos que o fizemos porque todo mundo faz; que vendo CD e
DVD pirata porque não consigo emprego… Podem parecer corretos, mas não
justificam.
A
racionalização só tem um problema: DEUS CONHECE A VERDADEIRA RAZÃO DOS NOSSOS
ATOS. Aquele que por ventura errou por infantilidade ou por imaturidade é bem
diferente de nós quando o fazemos de total e plena consciência e Deus sabe bem
a diferença. Uma boa parcela daqueles que habitam os presídios esta lá por um
ato infantil, um relapso, um descuido (…). Muita gente, mesmo não estando
presa, sofre calados pelos erros que cometeram e já não conseguem mais levantar
a cabeça!
“(…)
caso nossa consciência nos censure, pois Deus é maior do que nossa consciência
e conhece todas as coisas”. (I João 3, 20)
O
erro não deve ser mais importante que o acerto que se consegue no final.
Lembro
de um final de um capítulo da novela das oito, um rapaz dar um depoimento que
muito me comoveu. Dizia ele que tinha de tudo, mas perdeu em virtude das
drogas. Parecia impenetrável a qualquer conselho até que foi preso… Nenhuma
recomendação dada por sua mãe o convenceu a mudar até que um dia ao ser
visitado por ela no presídio. Lá, soube que ela precisou passar por uma revista
íntima dos policiais para vê-lo. Tamanho constrangimento o fez prometer que
nunca mais usaria drogas.
Pergunte
a mãe desse rapaz se ela se importa com o tempo que foi perdido tendo hoje o
filho de volta em seus braços?
Fariseus,
descrentes, preconceituosos, críticos, céticos, invejosos, (…), sempre estarão
preocupados com o milho colhido no sábado; fazem questão de não esquecer nossos
erros; observam cuidadosamente o sucesso dos outros e esquecem de ver que viver
a vida, é muito mais que isso.
Se
um filho de Deus erra, peca, se perde ou se desvirtua a quem ele poderia mais
magoar além dele mesmo e aos seus próximos? Por que um erro de outro chama
tanta a nossa atenção ao ponto de vermos os nossos próprios?
“(…)
Se alguém causou tristeza, não me contristou a mim, mas de certo modo – para
não exagerar – a todos vós. Basta a esse homem o castigo que a maioria dentre
vós lhe infligiu. Assim deveis agora perdoar-lhe e consolá-lo para que não
sucumba por demasiada tristeza. Peço-vos que tenhais caridade para com ele,
Quando vos escrevi, a minha intenção era submeter-vos à prova para ver se éreis
totalmente obedientes”. (II Coríntios 2, 5-9)
Precisamos
abrir mais nossos braços a quem deseja voltar. Não é por menos que o Senhor
cita Davi no evangelho de hoje como exemplo, pois foi aquele que muito errou,
no entanto foi também por Ele muito amado. Davi muito errou, mas seu saldo foi
muito positivo.
Existem
em nossas comunidades casais que já vivem outras uniões conjugais, que
infelizmente não deram certo. A igreja abre as portas para todos, mas eles
temem os nossos olhos; existem também pessoas que desconhecem as maravilhas da
nossa igreja porque não encontraram ninguém que lhes apresentassem; existem
jovens e adultos talentosos que poderiam fazer crescer nossas catequeses,
pastorais e movimentos, mas não tem chances para isso.
Portanto,
estenda a mão! Mude esse paradigma! Faça o bem!
Um
Imenso abraço fraterno!
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